quinta-feira, 28 de agosto de 2014

"Se for pra dormir sozinho à noite
Eu não quero fechar meus olhos
Quero te dar tudo o que tenho para dar
Eu não estou contendo agora
Agora que eu estou perto de você novamente
Nada ao meu redor importa
Espero que se sinta assim também..."
- Recovery (Justin Bieber)



— Por que bebeu antes de conhecer minha irmã? — perguntou Harry, escondendo um sorriso. — Te pedi pra ser normal e não bêbado.
— Tive meus motivos — respondeu Niall. — Sabe qual foto ele me mostrou, Vee? Caramba, olha isso — falou, estendendo o celular dele para mim. — Agora imagine, como eu ficaria perto de você se não estivesse bêbado? Fala sério, eu precisava me soltar se quisesse uma chance — explicou, com a voz levemente embargada.

A foto que estava estampando a tela do celular de Niall é uma montagem de fotos que Harry tirou de mim no último final de semana que ele foi me visitar.


Olhei para Niall um pouco impressionada e um pouco assustada, ele não bebeu só por isso, não mesmo.

— Vamos fingir que engolimos sua desculpa, tudo bem Nialler? — brincou Louis. — Que tal irmos embora? O irlandês precisa de um banho e cama.
— Também acho — concordou Liam. — Você já está na... O quê? Décima cerveja? Isso é demais por hoje.
— Que se dane, eu quero ir na Demons — falou Niall, bebendo mais um pouco.
Demons? — perguntei a Harry.
— Uma balada próxima daqui, hoje, se não me engano, tem uma banda tocando lá — explicou calmamente. — Podemos ir, se você quiser, é claro.
— Sim, acho que podemos ir — concordei e olhei para Niall, ele estava quieto e ocupado com sua garrafa de cerveja.
— Ótimo, vamos ao Demons — murmurou Harry, alto o bastante para todos ouvirem.

Me encostei em minha cadeira e peguei a última fatia de pizza de chocolate, mordi e em seguida bebi minha cerveja, esse troço tem um gosto amargo e é horrível, mas dá para beber.
Desviei meu olhar para duas mesas de distância e Ansel estava olhando, novamente ele sorriu, mas desta vez não acenou, retribui seu sorriso e me perguntei o por que dele estar olhando tanto.
Voltei minha atenção para Harry, que se levantou e deixou algumas notas de dinheiro em cima da mesa, a conta está paga, então é hora de ir.
Me levantei e deixei minha garrafa vazia em cima da mesa, peguei minha jaqueta e a vesti, arrumei meu cabelo e segui Harry até à saída, os rapazes vieram logo atrás.
Andamos pelas ruas iluminadas de Londres e não demorou para que uma fila chegasse ao meu ponto de vista, a fila é provavelmente para a entrada da balada.
Harry ignorou a fila e continuou avançando pelas pessoas, parando somente para tirar fotos com algumas pessoas, assim como os rapazes atrás de mim, ao chegar próximo ao segurança, Harry acenou com a cabeça para ele e enlaçou minha cintura com o braço, o segurança abriu espaço e nós entramos.
Harry me soltou e segurou minha mão quando entramos, a balada estava cheia e uma música eletrônica tocava muito alto, olhei para trás e vi Niall bem atrás de mim, seguido por Liam, Louis e Zayn.
Niall sorriu de um jeito bobo e segurou minha cintura, me fazendo andar atrás de Harry, obedeci e continuei andando atrás do Hazza.
Um pouco mais tarde Harry estava na pista de dança junto com Zayn e Louis, Liam havia ido pegar cerveja e eu estava sentada na mesa junto de Niall, que estava tão quieto que me irritava.

— Por que não vai dançar? — perguntou ele, de repente.
— Dor de cabeça — falei massageando as têmporas, ele sorriu satisfeito. — E você?
— Bêbado, tão, tão bêbado que se eu me levantar acho que eu caio — falou, mas mesmo assim bebeu mais um gole de sua cerveja.
— Então por que ainda está bebendo?
— Porque é bom.

Encarei Niall como se ele fosse uma criatura de outro planeta, ele é louco, quero conhecê-lo quando ele estiver sóbrio, quem sabe assim ele seja mais sociável e menos idiota.
Ele sorriu novamente, como se estivesse curtindo uma piadinha secreta que só ele conhece, tentei ignorá-lo e bebi o resto da minha cerveja.

— Chega de beber, não acha? — perguntou uma voz atrás de mim, me virei rapidamente.
— Está me seguindo? — perguntei ao notar Ansel sorrindo angelicamente para mim.
— Até que isso não seria mau, mas não, não estou te seguindo, quer ver uma coisa? — perguntou, mudando de assunto, eu me ajustei no sofá que dividia nossas mesas para poder vê-lo melhor.
— Depende, ver o quê? — perguntei e ele sorriu, então me mostrou a língua, estava azul.


— Isso foi muito idiota? — perguntou, me vendo rir.
— Sim, isso foi muito idiota — concordei.
— Ótimo, dizem que caras legais fazem garotas rirem, se eu te fiz rir então eu sou um idiota legal, não é?
— Bela filosofia, mas acho que você pode melhorar — comentei, ele franziu a testa e fez uma careta.
— Essa bebida me deixou com a língua azul — mudou de assunto novamente e estendeu o copo com um líquido azul para mim. — Quer provar?
— Não, obrigada, já basta de álcool por hoje — falei, encarando o líquido azul e rindo.
— Azar o seu — brincou, dando de ombros. — Não é álcool mesmo — ele olhou para mim de uma forma traiçoeira e eu ri novamente, algo nele não me deixa parar de rir.
— Passe para cá — falei e peguei o copo de sua mão.

Cheirei o conteúdo do copo antes de tomar um gole, o líquido era bem gelado, mas desceu queimando por minha garganta, uma sensação gostosa tomou minha boca e meu estômago quando eu terminei de bebê-lo, olhei para Ansel e ele estava sorrindo, com certa expectativa brilhando em seus olhos.

— E então? — perguntou ansioso.



— Isso é muito bom — falei inclinando o copo mais uma vez para ver se ainda tinha algo dentro, Ansel riu. — Mas tem álcool.
— Culpado — falou, erguendo os braços. — Vou pedir mais, você aceita?
— É claro, isso é Blue Lagoon, não é?
— Sim, é sim, já volto.

Ele se levantou para ir buscar mais drinks e eu me virei para frente, Niall estava me encarando e pela sua expressão ele não parecia nada contente, ele se arrastou pelo sofá e só parou ao estar do meu lado.

— Tudo bem? — perguntei com um tom inocente.
— Quem era? — sua voz estava glacial.
— Um amigo.
— Seu amigo tem nome?
— Ansel, por quê?
— Ansel do quê? 
— Eu não sei. Qual o problema, Niall? — perguntei e um sorriso se abriu no canto de seus lábios.
— Nada. Não tenho nenhum problema.

Antes que eu pudesse falar mais alguma coisa um rapaz se aproximou e falou algo no ouvido de Niall e ele se levantou, cambaleando um pouco para os lados, ele se abaixou até meu ouvido e murmurou:

— Essa é para você — falou, com a voz embargada.

Niall se sentou em uma cadeira no centro do salão e lhe entregaram um violão, ajustaram o microfone na altura ele e ele começou a tocar uma música que eu conheço bem, Little Things, Harry costumava cantá-la pra mim quando ele passava alguns dias lá em casa.



Niall estava terminando a música quando Liam me avistou, os rapazes o seguiram e logo os quatro estavam ao meu lado, olhando Niall terminar sua apresentação.

— Niall está mais bêbado? — perguntou Louis.
— Sim, digamos que ele se empolgou mais ainda na bebida — expliquei sorridente, ainda vendo-o tocar as últimas notas no violão.
— Mas ele não desafinou — falou Harry orgulhoso, o salão inteiro foi tomado por som de palmas.

Antes que Niall voltasse ao sofá, Ansel voltou a se sentar atrás de mim e me cutucou, me virei novamente para ele e ele me entregou o copinho com o drink azul.

— Obrigada — falei sorridente e Harry inclinou o pescoço para ouvir.
— Nada, vamos virar juntos? Dá uma tontura incrível — falou divertido e eu assenti.

Antes que eu pudesse levar o copo à boca, Harry meteu a mão e retirou o copo de mim, o olhei incrédula e ele cheirou o conteúdo do copo.

— Conhece ele? — perguntou rudemente e Ansel ergueu as sobrancelhas, confuso com sua reação.
— Conheço sim.
— Desde quando? — insistiu bravo.
— Desde a pizzaria — respondi petulante e Harry riu desdenhoso.
— Não aceite bebidas de estranhos.
— Você acha que eu drogaria a bebida dela? — perguntou Ansel, calmo e levemente divertido.
— Eu sei lá, não te conheço. Faz um favor? Vai dar drinks pra outra garota — respondeu Harry, devolvendo o copo para Ansel.
— Desculpe — murmurei para Ansel, ele sorriu docemente.
— Não tem problema.

Harry me puxou, fazendo com que eu me levantasse e ele me fez sentar no outro lado do sofá, bem distante de Ansel, que me olhou tristemente e voltou a se virar pros amigos.
Cruzei os braços e fechei a cara, Harry é um idiota, Niall se sentou no único lugar vago no sofá, ao meu lado, seu hálito cheirava a cerveja e ele ainda estava zonzo.

— O que achou? — perguntou para mim.
— Muito bo. — comentei, ainda emburrada.
— Por que está brava?
— Porque o Harry é um babaca — resmunguei alto o bastante para Harry escutar e ele me olhou bem bravo.
— Não vou ser um babaca se você não agir feita uma criança burra.
— Harry — gritei o repreendendo.
— O quê? Não aceite bebidas de estranhos, toda vez que saímos juntos eu te digo isso e você nunca aprende.
— Ansel não é nenhum estranho.
— Aquele cara que te deu a bebida? — perguntou Niall.
— Ele já tinha te dado uma bebida antes? — guinchou Harry.
— Sim, qual o problema? Eu não estou caindo dura no chão agora, estou?
— Esse não é ponto. Já chega, vamos embora.
— Apoio — concordou Zayn.

Harry me puxou bruscamente, me fazendo levantar, ele segurou em meu cotovelo e foi me empurrando na frente, em direção à saída, Harry é muito bruto quando quer e no momento ele está me machucando.
Quando nos vimos fora da balada e um pouco distante do barulho, Harry finalmente me soltou, eu tirei minha jaqueta e joguei na cara dele.

— Vai se ferrar, Harry — gritei furiosa.

Saí andando pela rua e logo avistei a pizzaria, estava com o plano de pegar minha bolsa no carro de Harry, mas me lembrei de que somente ele tinha a chave, então me desviei do caminho da pizzaria e segui em direção ao Hyde Park, que não é muito distante.
Quando me vi sozinha caminhando pelo gramado bem cuidado do parque, eu me sentei em frente ao lago e fiquei olhando a água refletir a luz da lua, Harry me tira do sério, sempre me tirou.
Peguei meu celular do bolso de trás do meu jeans e disquei o número de Gemma, ela demorou um pouco, mas logo atendeu.

— Ei Vee, tudo bem? — perguntou com a voz sonolenta.
— Desculpa te acordar, Gem.
— Não, tudo bem, o que houve?
— Briguei com o Harry.
— Merda, aonde você tá? — perguntou, de repete preocupada.
— No Hyde Park.
— Sozinha? — gritou ela.
— Tecnicamente... Sim — murmurei arrependida.
— Não acredito, vou matar aquele idiota, espera bem ai que eu vou te buscar.
— Obrigada. — sussurrei.

Muitas das vezes que eu brigo com o Harry, eu e ele estamos fora de casa, então na maioria das vezes Gemma teve que me buscar em algum lugar específico tarde da noite.
Ela já até sabe que estou com problemas quando ligo depois das 11 horas da noite.
Um vento frio bateu em mim e puxei minhas pernas para junto do meu corpo, a fim de me esquentar, foi uma burrice jogar a droga da jaqueta no Harry.
Esperei uns 10 minutos, então a sombra de Gemma apareceu na outra extremidade do parque, me levantei e fui de encontro a ela.
Gemma sorriu para mim e abriu os braços para receber meu abraço.



— Não acredito que depois de três semanas é assim que te encontro, você sabe o que eu vou fazer com a cabeça do Harry? Vou esmagar com a porta da bendita Ferrari dele — falou irritada e começamos a caminhar na direção em que ela veio.
— Desculpa te ligar tão tarde — sussurrei, me sentindo culpada e ela riu.
— Não tem problema, já estou acostumada.
— Obrigada.
— Então, enquanto não chegamos em casa, por que não me conta o motivo da briga?
— Aceitei bebida de um estranho, mas ele não era tão estranho assim, conheci ele na pizzaria um pouco antes de irmos à balada — resumi a história e Gemma riu.
— Ele te machucou? — perguntou, prevendo o fim da história e eu assenti.
— Foi um grosso como sempre, olha, isso vai ficar roxo — falei, mostrando a região do meu braço onde ele apertou, estava avermelhado.
— Com certeza vai, é bom que amanhã ele sente remorso.

Seguimos até o carro de Gemma conversando, ela me falou do namorado e da noite dela, contei sobre a pizzaria e o humor bipolar do Niall, falei sobre o Ansel e como papai deu um chilique com a minha mudança, conversamos tão distraídas que o caminho até em casa passou voando.
Gemma digitou algo no teclado de segurando do portão de entrada e a mansão de Harry apareceu quando o portão se abriu, é uma bela casa, quando venho visitá-los eu tenho um quarto só pra mim.
Gemma estacionou na garagem e ambas saímos de seu carro, quando entramos em casa os rapazes estavam na sala, inclusive Harry, Gemma passou um braço pelos meus ombros e me empurrou escada à cima, ela se virou apenas quando Harry me chamou.

— Harry, amanhã eu acabo com você, agora vê se vai dormir — falou furiosa e Harry se sentou novamente.

Gemma abriu a porta do meu quarto e entrou junto comigo, ela conhece muito bem o meu gosto, foi ela quem decorou o meu quarto e é tão bonito.
Me joguei na minha cama e logo Gem caiu ao meu lado, olhei ao redor do quarto e notei minha mala lá, Harry já esteve aqui, me virei de lado e encarei Gemma, ela sorriu docemente e bagunçou meus cabelos.

— Amanhã vocês já estarão bem, é sempre assim.
— Eu sei, odeio essa rotina idiota — murmurei, colocando um travesseiro em meu rosto.

Ficamos conversando por mais uns 15 minutos, até ouvirmos batidas na porta, Gemma rapidamente se levantou para atender e eu me enrolei, fingindo estar dormindo.
Ela abriu a porta e soltou um suspiro de alívio, não demorou para se sentar ao meu lado e a porta se fechar.

— Harry te mandou aqui? — perguntou ela.
— Não, quer dizer... Sim, mais ou menos — murmurou Liam.



Hey girls,
foi rapidinho, em?
Que amor, adorei os oito coments.
Bem vindas leitoras novas, vcs são mais que bem vindas, assim como as antigas também rsrs
vcs sabem alguma novidade dos rapazes?
Ultimamente tô sem temo pra net e tô meio por fora, qualquer coisa me avisem, okay?
Amo vcs girls.
Que tal mais de 9 coments.??
Kisses, amoras <3


terça-feira, 26 de agosto de 2014

"Eu vou te levar onde você quer ir
Te pegar se você cair aos pedaços
Me deixe ser aquele que vai salvar você
Quebre os planos que tínhamos antes
Vamos ser imprevisíveis..."
- Unpredictable (5 Seconds Of Summer)




— Evie Grey, não se atreva a tocar em suas coisas — berrou Robin, me seguindo escada à cima até o meu quarto.
— Eu. Vou. Morar. Com. O. Harry — falei pausadamente, enquanto me escondia no refúgio de meu quarto.
— Não, eu disse não, não é porque você completou 18 anos que pode sair de casa e fazer o que bem entender da sua vida. EU AINDA SOU SEU PAI — gritou desesperado e Anne colocou a cabeça dentro do meu quarto, um sorriso divertido dançava em seus lábios.
— Ah, qual é, Rob? Vee já sabe o que faz, não é mais uma criancinha, acho que não tem nada de mau ela ir passar uns tempos com o Harry, conhecer um pouco da vida dele, fazer novos amigos, vai ser bom pra ele — tentou Anne, mas não conseguiu mudar a opinião dele.
— Eu não vou lançar minha filha sozinha nesse mundo louco, não quando eu sei que o Harry é tão irresponsável quanto ela — falou, vermelho de raiva, enquanto eu jogava minhas roupas dentro da mala grande em cima da minha cama.
— Robin, não seja tão cabeça dura, Harry não é irresponsável, Gemma está morando com ele há quase um ano, não vejo motivos para recusar esse privilégio à Vee.
— Mas eu vejo, ela não vai e pronto — berrou papai, decidido.
— Desculpe pai, mas o Harry chega em 10 minutos, se importa de me ajudar, Anne? — perguntei docemente e ela sorriu, se aproximando.
— Robin, você vai ajudar ou só vai ficar bufando? — provocou ela.
— Desde quando a minha opinião se tornou desnecessária e descartável nessa casa? Estou falando com as paredes ou com os cachorros do vizinho? — perguntou papai, completamente aborrecido.
— Eu já tomei minha decisão, respeito sua opinião sobre isso, pai, mas eu definitivamente vou morar com o Harry, ele é meu irmão, não é mesmo? O que tem de mais nisso?
— Ele mora em Londres — gritou nervoso e Anne riu novamente.
— Como se fosse do outro lado do mundo, é só uns 340 quilômetros daqui, fala sério Robin, deixe-a ir, ela precisa respirar novos ares — falou Anne, dobrando algumas peças de roupa.
— E, sem ofensas, Manchester não vai me ajudar, a cidade é ótima, muito boa, mas o que são 3 horas e meia de carro? Você pode me visitar todos os dias se quiser — falei, guardando meus itens pessoais na mala.
— Não tem jeito? — perguntou se rendendo, Anne e eu balançamos a cabeça negativamente, ele reprimiu uma risada e se sentou na ponta da minha cama. — Tudo bem, quero que me ligue assim que chegar lá.
— Pode deixar, farei isso, papai.

Robin e Anne me ajudaram a terminar minha mala e quando acabamos meu guarda-roupas estava completamente vazio, tive tempo de tomar um banho, vestir algo descente e enfiar a roupa suja em um canto separado da mala, então a buzina da Ferrari preta de Harry Styles tocou alto o suficiente para me fazer prender o cabelo mais rapidamente.
Desci as escadas correndo e minha mala já estava ao lado da porta, Harry entrou em casa e me olhou dos pés a cabeça, dei uma voltinha fazendo-o ver o que estava escrito em minha jaqueta varsity e ele riu.

— Deixe-me adivinhar: camiseta do Ramones, que eu te dei, jaqueta com o meu nome e um abraço super apertado, se eu não te conhecesse muito bem eu diria que você está tentando se redimir por me fazer dirigir 7 horas por você — falou Harry, sorrindo largamente.
— Primeiro, você só dirigiu 3 horas e meia, você ainda tem mais 3 horas e meia pela frente; e segundo, eu ainda estou devendo o abraço — murmurei esticando os meus braços e ele me apertou com sua força brutal, me levantando do chão.
— Ótimo, cadê o Rob e a minha mãe? Temos que voltar logo se quisermos chegar antes das seis, vamos falar com eles — ordenou, passando o braço pelos meus ombros e me guiando para a cozinha.

Na cozinha Harry abraçou Anne e meu pai, em seguida eu me despedi deles, prometendo visitá-los o quanto antes, sei que meu pai não é um grande fã dessa mudança, mas ele vai superar.
Segui Harry novamente e ele guardou minha mala no bagageiro de sua linda Ferrari, uma vez ele me deixou dirigir, quase matei a nós dois, mas foi incrível.
Harry deu a volta no carro e entrou pela porta do motorista, acenei uma última vez para papai e Anne e entrei no carro, coloquei o cinto de segurança e Harry acelerou, ele buzinou e logo não pude mais ver minha casa.
Enquanto Harry dirigia escutando o cd do Panic! At The Disco — que eu amo mais que ele e já implorei para ele me dar esse cd umas mil vezes, mas ele nunca me dá —, eu o olhei atentamente e me lembrei da nossa trajetória de 7 anos até agora, faz tempo que nos conhecemos, 7 anos para ser mais exata.
Girei meu corpo e me encostei na porta para poder ter uma visão privilegiada dele, ele olhou de relance para mim e sorriu, suas lindas covinhas apareceram.
Harry tinha 12 anos quando eu me mudei para Londres, ele era só um ano mais velho que eu, Gemma tinha 16 anos, agora ela está com 24, Harry 19 e eu 18; ela e Harry eram muito unidos e a minha chegada desestabilizou um pouco, já que tiveram que incluir uma nova irmã à vida deles, graças a Deus nos demos muito bem logo de cara.
Aos 15 anos Harry se inscreveu em um programa de talentos, chama-se The X-Factor, ele entrou em uma banda para continuar no programa e acompanhamos eles até o final e a banda ficou em terceiro lugar, mas eu não fazia questão de conhecer a banda, só estava lá pelo meu irmão, ainda penso assim até hoje, já se passaram 4 anos desde que a banda foi formada e eu ainda não conheci nenhum deles, Gemma, por outro lado, adora eles.
Então acho que agora é a minha deixa para conhecê-los, não tenho escapatória e Harry sempre me cobrou por não aceitar sair com ele e os outros 4 rapazes.

— No que está pensando? — perguntou Harry, me lançando vários olhares rápidos e se concentrando na estrada.
— Se você por acaso me deixaria dirigir — menti e ele riu.
— Quero chegar vivo em casa, às 7 temos de nos encontrar com os rapazes, em uma pizzaria perto de casa — explicou e trocou a música no rádio.
— Temos? Eu também? — perguntei manhosa e ele riu novamente.
— Claro que sim, marquei isso justamente para você conhecê-los, você vai nem que eu te arraste — falou autoritário e eu ri.
— Pelo menos a Gem vai?
— Não, ela vai sair com o namorado — resmungou e fez uma careta de desaprovação.
— Então só será eu e 5 marmanjos? — perguntei incrédula e ele assentiu.
— Não se preocupe, sou seu irmão mais velho, vou te proteger — brincou e eu mostrei minha língua para ele.
— Você só é mais velho por 1 ano.
— Ainda assim sou mais velho — gabou-se.
— Idiota — murmurei.

Às 3 horas seguintes eu tentei convencer Harry a me deixar dirigir, mas não obtive sucesso, já que estávamos quase atrasados para encontrar os amigos dele, Harry não parou em casa, como eu pensava, fomos direto para a tal pizzaria, onde os rapazes nos esperavam.
Harry saiu do carro e eu o acompanhei, ele entregou a chave para o manobrista e esticou a mão para mim, segurei firme em sua mão e ele me guiou para dentro da pizzaria, passei a mão pelos cabelos e os soltei do rabo-de-cavalo, foi bom ter prendido, já que o conversível de Harry me faria parecer um leão.
Nos aproximamos de uma mesa rodeada por rapazes e com duas cadeiras vagas, Harry cumprimentou os rapazes e puxou a cadeira para que eu pudesse me sentar, ele se sentou ao meu lado e os rapazes esperaram que ele me apresenta-se.

— Gente, essa é minha irmãzinha mais nova...
— Por 1 ano — interrompi e ele riu.
— Evie, mas chamem ela de Vee, ela odeia Evie — explicou aos rapazes, que me olhavam sorridentes.
— Muito prazer Vee, sou Liam, esses são Louis, Zayn e Niall — falou o rapaz ao meu lado, apontando para cada um deles, forcei um sorriso simpático e os cumprimentei.
— Seja bem-vinda à Londres, você vai gostar daqui — falou Zayn.
— Obrigada, espero que sim — concordei timidamente.
— Já pediram? — perguntou Harry, enquanto tirava a jaqueta.
— Já, duas pizzas, uma Portuguesa e uma meio a meio, de Chocolate e Mussarela — respondeu Louis, lendo o menu.
— Pedimos cerveja, você bebe, Vee? — perguntou Liam.
— Sim, eu bebo.
— Mas não devia, acabou de completar 18? — perguntou Louis.
— Bebo desde os 16, culpe o Harry — falei indiferente e apontei para Harry.
— Induzindo a menina para o mau caminho, que feio, Harold — resmungou Zayn, fazendo careta.
— A decisão de continuar foi dela, apenas pedi pra ela experimentar — defendeu-se, dando de ombros.
— Com licença, eu vou ao banheiro — interrompi e me levantei.

Dei as costas para a mesa e procurei o banheiro, enquanto caminhava me perguntei por que o rapaz loiro não falava, será se ele é mudo? Não pode ser, afinal, ele canta na banda.
Estava tão distraída com o rapaz que nem notei que havia esbarrado em um cara, só notei quando senti suas mãos segurando minha cintura, mãos fortes e másculas, peito forte e ombros largos, seus cabelos tinham um tom meio castanho alourado, olhei para ele assustada e ele me colocou de pé.

— Desculpe — murmurei, ainda assustada e ele sorriu.
— Não tem problema.
— Obrigada por... Ah... Não me deixar cair — agradeci, envergonhada.
— Eu seria um completo idiota se permitisse isso — respondeu, com um sorriso sedutor dançando em seus lábios. — Sou Ansel.
— Sou Vee, prazer em te conhecer.
— Digo o mesmo.

Ele me lançou um último sorriso estonteante antes de sair andando, segui meu caminho para o banheiro feminino e me encarei no espelho, nem me lembro mais o que vim fazer aqui, lavei minhas mãos e tentei moldar meu cabelo, depois voltei até a mesa e olhei em volta, Ansel estava há duas mesas de distância, sentado com alguns amigos, ele sorriu pra mim e me deu um breve aceno com a mão, sorri e me virei para Harry, que estava olhando na mesma direção que eu.

— Quem é? — perguntou, de repente interessado.
— Acho que o nome dele é Ansel, não sei — dei de ombros indiferente, e peguei um pedaço da pizza, que já havia chegado.
— Conhece ele de algum lugar? — perguntou Zayn.
— Acabei de encontrá-lo a caminho do banheiro — expliquei e mordi minha fatia.
— Então você não o conhece — disse Harry.
— Conheço, ele me disse o nome dele e eu disse o meu, nos conhecemos agora — afirmei e peguei minha garrafa de cerveja.
— Ela não deixa de estar certa — murmurou Liam.
— E você? Não fala? — perguntei, ao notar o rapaz loiro me olhando.
— Falo, claro — respondeu indiferente.
— Isso é estranho, Niall não costuma ser tão quieto — observou Louis, pensativo.
— Só estou pensando, okay? Nada demais.
— Pensando em quê? — murmurei, me inclinando sobre a mesa para me aproximar dele.
— Pensando em muitas coisas — respondeu também se inclinando e quase encostando minha testa na dele. — Você não faz ideia.
— Diga uma delas — sussurrei, como se estivesse compartilhando um segredo somente para ele.
— Não posso dizer, só mostrar — falou misterioso, me fazendo rir.
— Mostre-me então.

Eu não liguei para os rapazes assistindo nossa conversa, eu só queria saber o motivo desse rapaz estar me olhando tão pensativo, quero saber o que ele sabe e eu não sei, o que ele pensa de mim.
Niall abriu um sorriso angelical e segurou minha nuca me puxando para beijá-lo, tudo aconteceu tão rápido que quando dei por mim meus lábios já estavam grudados nos de Niall.



Mas o beijo não durou muito, pois ao notar o que estava acontecendo Harry simplesmente agarrou o pescoço de Niall e o puxou de volta para se sentar na cadeira, olhei para Niall, embasbacada, isso sim é que é um cara de atitude.
Harry cruzou os braços e mandou um olhar glacial para Niall, que simplesmente levantou os ombros e mordeu um pedaço de sua fatia de pizza.

— O quê? Ela cedeu — falou Niall.
— Não tenho culpa, ele me pegou desprevenida — defendi-me, quando o olhar do Harry me encontrou.
— Dois idiotas, vocês dois — falou Harry, irritado.
— Só porque eu beijei sua irmã? Fala sério, Harry — desdenhou Niall. — De qualquer forma, ela não se lembra — ele deu de ombros novamente.
— Não me lembro do quê? — perguntei interessada, ele olhou para mim, sorriu e voltou sua atenção para a fatia de pizza. — Me diga, Niall — exigi, ficando impaciente, ele apenas riu para mim, ou de mim, não sei ao certo.



— Talvez um dia... — falou, novamente misterioso. Eu o odeio.
— Estou começando a te odiar — murmurei, lhe lançando um olhar raivoso.
— Também te amo — brincou, piscou e mandou um beijo para mim, revirei meus olhos em resposta.



— Uau!! Niall não é assim todos os dia. Bebeu antes de sair de casa, Nialler? — perguntou Zayn, lhe dando tapinhas nas costas.
— Talvez... — respondeu fazendo uma careta.
— Quantas? — perguntou Liam.
— Umas 3 ou 5... Por ai — resmungou e pegou sua garrafa de cerveja.
— Por que bebeu antes de conhecer minha irmã? — perguntou Harry, escondendo um sorriso. — Te pedi para ser normal e não bêbado.





Hello girls, tudo bem?
Eu estou péssima, não consegui nem ao menos 5 comentários,
o que tá havendo?
Dessei jeito fica difícil postar cedo.
Vamos tentar d enovo?
Mais de 5 coments.??
Okay, amo vcs, divas <3


sexta-feira, 22 de agosto de 2014




Niall e Vee correram para trás das árvores frondosas e grandes do jardim da casa da família Grey, que é composta por Robin, o pai de Vee, e Evie, a própria Vee; os jovens precisavam de privacidade, o que não poderia conseguir com a família de Niall e de Vee juntas.
O pai e a mãe de Niall, e os primos de Vee estavam espalhados pelo espaçoso quintal da casa da família Grey, todos animados e sorridentes, todos comendo e bebendo, comemorando algo desconhecido por Niall e Vee, Robin tem uma novidade, mas não contará antes do por-do-sol, então tudo o que podem fazer até lá é esperar.
Niall guiou Vee pela mão e os dois se esconderam atrás de uma grande árvore, depois de verificarem se não estavam sendo visto, os dois se abraçaram, ficar sozinhos sempre foi um hábito difícil para o jovem casal, já que Robin, o pai de Vee, acha que não é muito correto uma menina de 11 anos namorar tão cedo, então, na frente da família, Niall e Vee não passam de bons amigos que cresceram juntos e continuam alimentando uma linda e inocente amizade.
Niall, com seus 13 anos, é uma menino doce e carismático, seus olhos azuis fazem um par perfeito com seus lindos cabelos castanhos claros, suas bochechas rosadas, típicas de um Irlandês, são a coisa mais fofa em um rapaz, Vee não consegue acreditar na sorte que teve de conseguir ficar justo com Niall, já que ele conquista todas as garotas da escola que ambos frequentam, mas quando Vee aborda esse assunto tudo o que Niall diz é:

— Nenhuma delas me conhece como você, por que eu escolheria alguém que não fosse minha melhor amiga? — Vee se derretia todas às vezes que ele dizia isso, não pode culpá-la, já que Niall é um amor de garoto.

Vee se equilibrou nas pontas dos pés e beijou Niall, quando ela voltou a olhar seu lindo rosto pálido ela viu as bochechas de Niall corarem, isso sempre acontece quando ela o beija, talvez ele fique tímido, ou somente goste de tomar a iniciativa, Vee nunca soube o que era ao certo.
Niall deslizou suas mãos pela cintura de Vee e a abraçou, beijando-a em seguida, mas ambos tomaram um susto ao ouvir a voz grossa de Bob Horan chamar por Niall, o pai dele sempre tivera o grande hábito de interromper os dois, não que fizesse por mal, mas por simplesmente escolher a hora errada para procurar por Niall.
Niall agarrou a mão de Vee e os dois correram pelo gramado, soltaram as mãos antes de chegar perto das pessoas reunidas formando um círculo e Robin no meio dele, hora da grande notícia.
Niall ocupou uma cadeira vaga ao lado de George, primo de Vee, e Vee pegou a mão estendida do pai, ficando em pé ao lado dele.
Robin respirou fundo, então abraçou os ombros de Vee e olhou para os rostos familiares que os cercavam, Vee não imaginaria que em tão pouco tempo ela já não os veria novamente.

— A notícia que eu queria revelar a vocês é que Vee e eu vamos nos mudar para Londres. — Vee se engasgou com a própria saliva e olhou incrédula para o pai, que sorria de orelha a orelha, obviamente feliz.
— Londres? Mas é... Tão longe daqui. — resmungou Niall.
— A Irlanda não é mais o suficiente, papai? — perguntou Vee, com seus grandes olhos verdes marejados pela súbita mudança.
— Sim, querida, sim, com certeza é. — tentou se redimir Rob, mas o estrago estava feito, as lágrimas já escorriam pelo rosto pequeno e frágil de Vee, que estava aterrorizada só por pensar em se afastar de todos que ela conhecia.
— Com certeza seu pai tem um bom motivo, Vee, espere ele se explicar antes de se desesperar. — tentou consolá-la Maura, a mãe de Niall.
— Lembra-se da Anne, querida? — perguntou Robin retoricamente, já que não esperava uma resposta de Vee — Vamos nos casar em breve e concordamos que fica mais fácil eu me mudar para Londres, já que ela tem dois filhos e ficaria complicado trazer sua família para cá.
— Mas, papai, nós... Não podemos deixar tudo aqui. — tentou falar Vee, mas sua voz falhou no final da frase e ela caiu em um choro angustiante e correu para os braços de Maura, que a aguardava com os braços esticados.
— Dê um tempo a ela. — pediu Maura a Robin — Isso é tudo muito repentino.

Robin olhou pesaroso para a sua filha nos braços de Maura, ver como sua filha estava triste e devastada com a notícia partiu seu coração, mas nada ele poderia fazer, já que a data da mudança estava marcada e ele já conseguira uma transferência de seu emprego para Londres.
Robin assentiu lentamente com a cabeça e se aproximou alguns passos de sua filha, que chorava compulsivamente abraçada à Maura.
Vee permitiu que seu pai lhe abraçasse por cerca de 5 segundos, então se virou e correu para dentro de sua casa, sendo seguida por Niall.
Os dois entraram no quarto de Vee e o garoto trancou a porta, para não serem perturbados, na privacidade do quarto Niall a abraçou e consolou-a até que a menina estivesse mais calma, mudar para Londres é algo tão inevitável quanto a saudade que ambos já sentiam um do outro.




Hey girls, tudo bem?
Espero que sim.
Viram o vídeo do desafio do gelo do Liam??
Awwwnnn que graça, se ñ viram olhem no ig dele,
a coisa mais fofa do mundo :3
Consingo mais de 5 coments.?
Obrigada minhas divas, amo vcs <3

segunda-feira, 18 de agosto de 2014



Vee e Niall foram separados muito jovens, a saudade e a tristeza foi tanta para Vee que com o passar dos anos ela esqueceu completamente de sua vida na Irlanda, mas Niall não.
E, como se o destino lhes desse uma segunda chance, eles voltam a se encontrar, disposto a ajudar Vee a se lembrar deles, Niall tenta reviver cada pequena memória, a fim de fazê-la se lembrar dele, a fim de fazê-la amá-lo novamente, mas o que ele não sabe é que esse sentimento não desapareceu junto com suas lembranças.

Nome da Fic: I'm Yours
Autora: Mia Horan (Mia Melo)
Gênero: One Direction, Ansel Elgort, Gemma Styles...
Classificação: +14 anos
Iniciada: 18/08/2014
Terminada: Sim
Personagens:
sábado, 16 de agosto de 2014

"Acordando para o que as pessoas falam
E está ficando mais tarde a cada manhã
Então eu percebo que é quase meio-dia
E eu tenho perdido metade da minha vida jogando ela fora
Dizendo que cada dia deveria ser um novo dia
Para fazer você sorrir e encontrar uma nova forma
De me apaixonar, eu poderia ter me apaixonado..."
- Falling In Love (McFly)


1 ano depois...

Estacionei o carro no estacionamento do apartamento e saí, abri a porta traseira e tirei a pequena Summer da cadeirinha de bebê, mesmo com 4 meses ela é a menininha mais esperta que já vi, Louis e Lerie fizeram um bom trabalho.
Como a madrinha da Summer eu cuido dela a maior parte do meu tempo livre, enquanto Lerie e Louis estão na faculdade Liam e eu cuidamos dela, Liam também é o padrinho dela, mas cuidamos dela como se fosse nossa filha, já que passamos tanto tempo com ela quanto os pais, mas eles também passam bastante tempo com ela.
Coloquei minha bolsa no ombro e ajustei Summer em meus braços, tranquei o carro e subi as escadas até o apartamento, Liam estava no sofá quando eu entrei, joguei minha bolsa ao lado dele no sofá e coloquei Summer no cercadinho perto de Liam, ele ficou brincando com ela enquanto eu tirei minha jaqueta e os saltos, acabei de trazê-la do pediatra, Lerie devia cuidar disso, mas ela teve que fazer uma prova surpresa, então restou para mim.
Me sentei no sofá ao lado de Liam e ele me puxou para seus braços, o abracei e ele me beijou demoradamente, depois de tanto tempo eu ainda o amo incondicionalmente.

- Como foi lá? -perguntou quando enfim nos separamos.
- Tudo bem, nossa menininha cresceu 10 centímetros desde a última consulta, estamos progredindo, não é, Summer? -perguntei fazendo uma careta para ela, que sorriu em resposta.
- Ela está crescendo rápido demais, daqui a pouco já está na escolinha, depois vai estar no colegial, então vão chegar os rapazes e as preocupações, as dores de cabeça, ela vai começar a chegar tarde em casa, vai conhecer um garoto metido a badboy e vai nos deixar loucos. Será se um dia vou superar todo esse drama da adolescência? -perguntou ofegante me fazendo rir.
- Por enquanto vamos apenas nos preocupar com a infância dela, deixe a adolescência para quando for a hora. -falei e engatinhei para seu colo- Mas lembre-se que você era o tipo badboy e deixou meus irmãos loucos. -lembrei e ele riu.
- Ainda bem que essa fase passou e eles me amam agora.
- Eu não diria que eles te amam, mas gostam de você, isso é o bastante. -ele riu novamente e me selou.
- Isso é o bastante. -concordou sorridente.

Louis e Lerie entraram conversando e interrompendo nossa conversa, os dois foram diretamente até o cercadinho e pegaram a Summer para paparicá-la, Liam aproveitou a deixa e correu lá pra dentro, acho que para o quarto.
Ele voltou pouco depois, ainda estava sem camisa e com uma calça de moletom que pendia abaixo de seus quadris, deixando-o extremamente sexy, esse homem me mata.
Louis se sentou ao meu lado com a Summer no colo e Lerie atravessou a sala em direção a cozinha, que é divida da sala somente por um balcão, uma cozinha estilo americana.
Liam atravessou a sala e depois voltou ao mesmo lugar que estava antes, ele repetiu a caminhada mais umas duas vezes e com um dedo no queixo, estava pensativo e estava me deixando louca com esse andar sem sentido, até que ele parou abruptamente e me olhou, senti um calafrio percorrer meu corpo, ele está aprontando alguma coisa.
Me sentei ereta no sofá e cruzei as pernas esperando uma bomba vinda dele.
Em questão de segundos Liam deslizou até o chão e se postou de joelhos a minha frente, levei as mãos a boca tentando tampar o grande 'O' de surpresa que se formou.

- O que está fazendo? -perguntei assustada, ele estava sério, muito sério, Lerie voltou correndo para ver a cena.
- O que acha que estou fazendo, Flor? -perguntou sarcástico e uma sombra de seu magnífico sorriso atingiu seus lábios, mas ele não sorriu.
- Levante-se, agora, por favor, Liam, levante-se. -pedi me pondo de pé imediatamente, mas ele permaneceu de joelhos a minha frente, uma onda de pânico me invadiu, ele não vai fazer isso, não, ele não vai.
- Casa comigo, Flor? -pediu e seus olhos brilharam em minha direção, ele estendeu a mão e nela estava uma caixinha de veludo vermelho aberta e dentro tinha um lindo anel solitário, isso é um diamante? Ele só pode estar brincando!!!!
- Ah, meu Deus! -gemeu Lerie tendo a visão do anel.
- Liam, está louco? -perguntei não conseguindo esconder um sorriso, mas ele não sorriu, ele está tenso esperando minha resposta.
- Você foi a única flor que encontrei no meio de tantos espinhos, aceite, Kat, por favor. -pediu Liam. 

Me lembrei da primeira vez que ele me chamou de Flor, me lembrei da primeira vez que ele me disse essa frase.

"Flor? -perguntei intrigada, um pequeno sorriso se abriu em seus lábios."
"Sim, você é a única Flor que eu encontrei no meio de tantos Espinhos..."

Meu coração parou de bater por um mísero segundo e retornou a bater com força total, vê-lo ajoelhado diante de mim, segurando aquela bendita caixinha com aquele bendito anel; ele está delirando, eu estou delirando, isso não é real, ou é real? Ele está mesmo me pedindo em casamento? Não, ele não está... Sim, ele está.

- Liam, não... -comecei, mas ele me interrompeu antes de continuar.
- Não me diga que é cedo, não me diga que estamos nos precipitando, eu sei que não estamos, só se passou um ano, eu sei que é pouco, mas você não sabe há quanto tempo eu venho guardando esse anel, você não sabe que desde o nosso 3º mês de namoro que eu venho treinando te fazer esse pedido, pelo amor de Deus, Kat, aceite, aceite ou vou enlouquecer. -falou e parou para tomar fôlego, caramba, ele está pensando nisso há 9 meses? Inacreditável.
- Aceite de uma vez, mulher. -ordenou Louis e Summer bateu as palminhas, contente.
- O que está esperando? -perguntou Lerie, mais nervosa que eu.
- Diga de uma vez, Kat, aceite, por favor. Case-se comigo? -perguntou novamente, uma onda de calafrios percorreu meu corpo, como quando ele entrou na sala todo tenso.
- Levante-se do chão. -pedi decidida e ele enrugou a testa, indeciso.
- Primeiro diga que sim, então eu me levanto. -insistiu pacientemente.
- Levante-se da droga do chão, por favor. -pedi novamente.
- Me responda, Flor, você me deixa louco, sabia? -franzi o nariz com sua insistência e me sentei no chão em frente a ele, cruzei as pernas e o desafiei com um olhar, ele riu, mas a tensão ainda estava fluindo de cara poro de seu corpo.
- Você é tão, tão teimosa.
- E você é um louco.
- Você me deixa louco, completamente doido, você me transformou em um cara instável e completamente maluco de amor por você, como consegue me enrolar e me deixar tão assustado ao mesmo tempo? Pare de me torturar e me diga de uma vez. -insistiu ainda de joelhos, meus olhos estavam batendo em seus ombros, mas eu levantei meu rosto para nivelar nossos olhares.
- Não vou responder enquanto você estiver ajoelhado, não vê que não gosto de te ver assim? Sente-se pelo menos. -pedi.
- Não, eu quero fazer do jeito tradicional...
- Mas eu não gosto do tradicional. -o interrompi e ele riu.
- Você é a garota mais teimosa que já conheci na vida, você me manipula como se eu fosse uma marionete, e por quê? Simplesmente porque eu sou louco por você. -resmungou enquanto se sentava de pernas cruzadas em minha frente, a caixinha com o anel ainda aberta em sua mão- E agora? Você aceita se casar comigo? -perguntou definitivamente e eu deixei que o maldito sorriso tomasse meus lábios- Eu adoro fazer você sorrirmas responda de uma vez. -insistiu impaciente.
- Eu aceito, Sim, eu aceito. -gritei e ele riu, Summer bateu palminhas e gritou também, contagiada com meu entusiasmo.
- Ah, finalmente. -suspirou aliviado e retirou o anel da caixinha- "Minha Flor" -ele leu o que estava escrito dentro do anel e me mostrou, ele pegou minha mão direita e deslizou o anel pelo meu dedo anelar- Para sempre minha Flor. -falou e me puxou para seus braços.

Nos beijamos ali no chão, ele sentado de pernas cruzadas e eu debruçada sobre ele, aproveitando o doce gosto dos seus lábios, eu realmente amo isso.

- Deus, vocês são o casal mais enrolado que conheço. -resmungou Louis tentando controlar as mãos de Summer, que ainda estavam se chocando e ela gritando.
- Felicidades, ah, meu Deus, deixe-me ver seu anel. -guinchou Lerie correndo em minha direção, estiquei minha mão para que ela pudesse ver e ela gritou de excitação- Ai que lindo, meu Deus, Liam, isso é lindo demais! -exclamou extasiada olhando o anel em meu dedo.

Ignorando totalmente a Lerie, Liam começou a cantar, aquela música, meu Deus, ele canta tanto essa música pra mim, Sweet Caroline novamente, eu adoro essa música, eu adoro ele.

- Essa será a nossa música de casamento. -falou antes de recomeçar a cantar e eu caí em seus braços o abraçando e escutando sua linda voz novamente.

- "Hands, touching hands, reaching out
Touching me, touching you
Oh, sweet Caroline
Good times never seem so good
I've been inclined to believe they never would

And now I, I look at the night,
And it don't seem so lonely
We fill it up with only two, oh
And when I hurt
Hurting runs off my shoulder
How can I hurt when holding you?" 

Em seus braços mais uma vez eu chorei ao ouvi-lo cantar para mim, me pergunto se algum dia ele vai deixar de me surpreender, se algum dia eu vou deixá-lo de amar, isso parece tão impossível, tão inimaginável, eu o amo tanto...


                                                           The End...                                                         
  

"Mãos, mãos se tocando, estendidas
Me tocando, tocando você
Ah, doce Caroline
Bons tempos nunca parecem tão bons
Eu estive propenso a acreditar que eles nunca seriam

E agora eu, eu olho para a noite
E esta não me parece tão solitária
Nós vamos preenchê-la com apenas duas pessoas
E quando me machuco
A dor se deixa correr por meus ombros
Como posso estar machucado estando com você?"







Por: Milinha Malik. Tecnologia do Blogger.

Cupcakes Visitantes ♫♫

Translate

Talk to me!!

Instagram

Instagram

Seguidores

Agenda!