segunda-feira, 7 de dezembro de 2015


Olá amores,
eu não abandonei o blog, se é que estão pensando isso.
É que estou com uma crise de imaginação, como vocês já sabem.
Mas no momento eu estou conseguindo escrever uma fic e eu a postarei assim que terminá-la, ok?
Peço que tenham um pouquinho de paciência comigo, sou uma mera mortal, afinal =)
Amo vcs <3



terça-feira, 24 de novembro de 2015

"Por um feitiço que não pode ser quebrado
Uma gota deve ser suficiente
Garoto, você pertence ao meu lado
Eu tenho a receita, se chama magia negra..."
— Black Magic (Little Mix)



O dia começara lindo, Josh me fez ligar para Noah e avisar que estávamos na campina fazendo um piquenique na beira do lago, então quando eles chegassem mais tarde poderiam nos encontrar lá.
E seguimos todos para preparar o piquenique, as garotas corriam para todos os lados, os rapazes resmungavam direto que estávamos demorando, por fim terminei a cesta de piquenique com a ajuda de Brook e nós partimos.
Nós montamos o piquenique, tomamos banho no lago, nos secamos, cantamos, rimos e nada de Noah chegar com Will e Jason, eu já ia ligar para ele de novo quando eu vi a silhueta ao longe.
Eu tive um sobressalto quando vi os meus pais chegarem de fininho e se juntarem a nós no piquenique, mas o que é isso? Meus pais deviam estar em Londres!
E, no segundo em que desviei minha atenção para eles, Josh se ajoelhou em minha frente, fiquei estática, petrificada, apavorada! Meu Deus, Josh, Não!

— Josh... — murmurei em um aviso implícito, ele sorriu timidamente.

Então a ficha caiu, quando ouvi sem querer a conversa dele com Eiden no escritório, era sobre isso que eles falavam, eles estavam planejando isso tudo. Socorro!

— Não se assuste, por favor, nem fuja. Ouça a minha proposta primeiro — ele pediu, meu couro cabelo começou a pinicar de ansiedade. Todos estavam em silêncio, prendendo a respiração junto comigo para ouvir Josh.
— Estou ouvindo — sussurrei arredia.
— Allin, não faz muito tempo que você estava comigo, me escutando falar da minha vida, dos meus problemas, e você me ouviu, me apoiou, me disse que eu não precisava me preocupar, porque eu não tinha apenas o Brook. Você me disse que também seria a minha família, que ficaria comigo e me amaria da mesma forma como eu a amo, isso me marcou profundamente e eu estou com isso na cabeça há bastante tempo — ele falou, ouvi minha mãe suspirar, ao contrário de mim, que prendia a respiração. — Eu sei que já foi um grande desafio pra você assumir um relacionamento, mas você está indo muito bem, nós estamos indo muito bem. Eu também sei que faz muito pouco tempo que estamos juntos, mas eu nunca me senti assim antes, eu sinto que você é uma pessoa permanente em minha vida, que se eu precisar você vai estar ao meu lado, assim como eu estarei ao seu — Josh fez uma pausa, respirou fundo e meteu a mão no bolso do short, ele tirou de lá de dentro um anel fino e delicado, muito bonito, prendi a respiração novamente e arregalei os olhos involuntariamente, não, ele não faria isso. — Eu reuni as nossas famílias e os nossos melhores amigos hoje, Allin, porque eu queria que todos estivessem presentes quando eu te fizesse esse pedido. Apesar de saber que eu receberei um não e que vou morrer de vergonha na frente de toda essa gente — os rapazes riram, Josh corou um pouco e sorriu —, eu preciso tentar, entende?
— Josh, por favor... — gemi apavorada, ele segurou minha mão direita com força e me olhou suplicante, não resisti e deixei que ele prosseguisse. 
— Você está aflita, posso sentir e ver isso — ele sussurrou. — Mas não me deixe na mão, por favor. Eu posso fazê-la feliz, você sabe.
— Eu sei — murmurei assentindo, isso me fez relaxar um pouco.
— Eu posso filmar isso? Sério, eu realmente quero filmar o Josh levando um fora, vai ser inacreditável —brincou Noah ao fundo, minha mãe lhe deu um tapa e resmungou algo inaudível que fez todos rirem.
— Não se preocupe, já estou filmando desde o começo — avisou Eiden, só então percebi que ele estava com a câmera do celular virada para nós, desviei o olhar de volta para Josh.
— Tudo bem, vamos apressar o inevitável, então... — murmurou Josh, respirando fundo e esticando o anel para mim. — Casa comigo, Allin?

Eu já sabia que ele diria isso, mas, porra, eu não estava pronta para ouvir. Não mesmo.
Ele sabe, assim como eu, que foi um desafio e tanto eu conseguir assumir um relacionamento sério, vencer o meu medo de perder alguém em quem eu estava aprendendo a confiar. Estamos juntos oficialmente não tem nem 3 semanas e ele me vem com essa? Caramba, isso é loucura! 
E os meus pais? Meu Deus, nem eles percebem o quanto isso é insano? Eles vão mesmo permitir que eu me case com um cara que eu conheço a pouco mais de 3 meses? Ninguém aqui é racional o suficiente pra ver o quanto isso é doido?
Fechei os olhos, pensei um pouco, então olhei para o anel estendido para mim. Era maravilhoso, feito todo de platina, tinha um único diamante no topo e era de uma marca caríssima, gemi ao pensar o quanto deve ter custado esse anel da Tiffany & Co, Josh é louco, completamente louco. Aquele era um Tiffany Setting! Isso é um absurdo!

— Esse é um Tiffany Setting? Você é maluco? — murmurei angustiada, ele olhou para o anel, em seguida para mim.
— Pensei que você ia gostar de algo mais clássico, mas podemos escolher outro juntos, se você quiser — ele disse, se remexendo desconfortável e ansioso.
— O problema não é o anel... — sussurrei em meio a um suspiro, ele assentiu.
— Eu sei. O problema é o pouco tempo em que estamos juntos. Eu sei disso, mas eu não me importo, eu estive com você tempo o suficiente para saber que é você. É você que eu quero ao meu lado para o resto da minha vida. Quero compartilhar a minha vida com você, Allin.
— Então me diga, o que fizemos na noite em que nos conhecemos? Aquela de que eu não me lembro — pedi baixinho, esperando que ninguém, além dele, escutasse.
— Nós dormimos — ele disse, no mesmo tom que eu. — Na verdade, você dormiu, eu fiquei a noite toda em claro, vigiando seu sono, te vendo sonhar. Foi incrível. A noite mais incrível que eu tive em muito tempo — ele falou seria e sinceramente, suspirei e balancei a cabeça, ele arregalou os olhos ligeiramente. — Então?

E eu me lembrei da cartomante que eu visitei há tempos, ela me avisou para aceitar, para dizer sim. A voz dela assombrou meus ouvidos enquanto eu fechava os olhos e tentava me decidir. "Allin. Diga sim, não importa o que aconteça, diga sim. Todos merecem uma segunda chance, mesmo que nunca tenham tido a primeira, realmente".

— Sim, Josh, eu me caso com você — cuspi rapidamente as palavras, orgulhosa de mim mesma por conseguir dizê-las em voz alta. Suspirei quando ele se levantou em um salto e me tomou em seus braços, me apertando com força.
— É sério? Mesmo? — ele perguntou cético, me olhando nos olhos e deixando transparecer a sua insegurança para mim.
— Chame um padre e amanhã mesmo eu me caso com você — brinquei sorrindo docemente, ele riu e deixou escapar um suspiro aliviado ao me beijar intensamente.
— Eiden, vá à cidade e me traga um padre imediatamente — brincou Josh, virando a cabeça para ver o amigo, que sorria largamente.

Todos bateram palmas e eu estiquei a mão para Brook, que se juntou a nós dois em um abraço apertado e nos desejou felicidades. Josh beijou e abraçou o irmão e eu fui falar/brigar com a minha família por não me contarem anda.
Depois de passar pelos braços de todos os meus amigos e família e ouvir parabéns de todos os lados, eu finalmente voltei para o par de braços que realmente me importava.
Josh estava radiante, sorria tanto que as minhas bochechas ficaram dormentes por ele.
Ele me abraçou forte, me aninhou, e eu senti que tinha feito a escolha certa.
Josh era o melhor para mim, na verdade, o único desde que o conheci.
E que se dane o pouco tempo que tivemos juntos, pra mim já é o suficiente, eu me casaria com ele hoje mesmo só para provar que eu não me importo mais, que eu cansei de quebrar a cabeça com coisas minuciosas e sem importância. Eu quero é ser feliz com quem me faz feliz. E Josh e Brook agora são a prioridade na minha vida.





sexta-feira, 20 de novembro de 2015

"Eu frequentemente penso sobre onde eu errei
E quanto mais eu faço, menos eu sei
Mas eu sei que eu tenho um coração inconstante e amargo
E um olho errante, e um peso em minha cabeça
— Don't You Remember (Adele)



— Você tem uma casa no campo? — perguntei divertida.
— Em Derbyshire, é uma velha casa enorme aonde os meus pais adoravam perder a maioria do tempo de folga deles, basicamente cresci lá, com Brooklyn correndo atrás de mim pelos campos verdes e floridos — debochou Josh, mas logo ele abriu um sorriso terno e adorável, meu coração se encheu de amor... Amor?... Não, não amor!... Se encheu de felicidade, isso!
— Uau! Derbyshire — assobiei impressionada, ele riu. — São o quê? Três horas de viagem até lá?
— É, até que é perto — ele deu de ombros e colocou a caneca vazia na pia.
— Vamos passar quanto tempo lá? — perguntei, me animando com a ideia.
— O tempo que precisarmos. O tempo que você quiser, garotinha — ele disse, tocando meu queixo levemente e me dando um selinho casto nos lábios, sorri involuntariamente.

Derbyshire... É... Ser a namorada do chefe parece ter suas vantagens...


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Depois de uma semana longa de planejamentos, na sexta-feira Josh, Brook e eu partimos para Derbyshire. Keny e Neev iriam no sábado com Eiden e até domingo Will, Noah e Jason se juntariam a nós. Josh decidiu que, por não termos data de volta, Castiel iria conosco, afinal Brook não poderia se descuidar dos estudos nem mesmo nas férias, o que eu achei patético. São férias, deixa o garoto descansar! Mas como é o Josh quem manda, Brook e eu não tivemos muitas chances de fazer um protesto pacífico.
Nós levamos três horas e meia de carro até a casa deles em Derbyshire, com Castiel nos seguindo no próprio carro; quando saltei pra fora do carro de Josh a primeira coisa que fiz foi me esticar completamente e respirar fundo, o ar fresco do campo era uma alegria para os meus pulmões. Quando vi a casa deles fiquei boquiaberta. Era enorme e muito bonita, com a floresta ao redor, a casa é um pouco distante de centro comercial e é um pouco isolada, foi feita para quem gosta de sossego durante as férias.

— Meu Deus, que casa maravilhosa — murmurei surpresa, Josh e Brook pararam ambos em cada lado meu e sorriram.
— Que saudade desse lugar — disse Brook, a voz nostálgica e emocionada.
— Faz uns bons anos que não aparecemos por aqui — concordou Josh.
— Vocês deviam se divertir bastante aqui — falei pensativa, os dois assentiram automaticamente e Castiel se juntou a nós.
— Uau, que lugar legal! — ele disse cruzando os braços e admirando a casa.
— Sejam bem vindos ao nosso humilde chalé — brincou Brooklyn, acenando a mão em direção à mansão.
— Vamos pegar as malas e entrar, antes que escureça — disse Josh e todos nós voltamos para os carros, afim de pegar nossas bagagens.

Josh abriu o bagageiro do Range Rover e tirou a mochila de Brook, a minha mala e a dele para fora, logo nos encontramos na escadaria da casa com Castiel, que tinha trago uma mochila igual a de Brook.

— Quem cuida desse casarão quando vocês não estão? — perguntei vendo Josh sacar um molho de chaves e abrir a porta principal.
— Um caseiro e a esposa dele, eles moram aqui, são incríveis, você vai adorá-los — respondeu Josh, sorrindo ternamente.

Soltei um suspiro maravilhado quando entramos na casa, era absolutamente incrível, tudo muito bem decorado e bonito, era delicado e rústico, como uma casa de férias para uma família feliz. Mais uma vez eu tive um vislumbre da infância de Josh e Brook nesse lugar, com os pais deles. Deve ser tão doloroso para eles voltarem aqui sem os pais.
Brook largou a mochila no sofá da sala e logo um casal veio nos receber, fui apresentada ao Sr. e a Sra. Kenton, que são muito gentis e adoraram rever Brooklyn e Josh.
Depois de um bom tempo de conversa fiada, a Sra. Kenton foi terminar o jantar para a gente e Josh se sentou no sofá com o Sr. Kenton, em uma conversa descontraída sobre tudo em geral, Brook decidiu mostrar a casa para Castiel e eu, mas antes de segui-lo para fora da sala, eu percebi o olhar nostálgico e tristonho que Josh lançava ao redor.



Brook tagarelou durante 30 minutos enquanto nos mostrava cada canto da casa e eu dei graças quando me sentei exausta ao lado de Josh no sofá, ele passou os braços ao meu redor e me abraçou enfiando a cabeça em meus cabelos e respirando fundo.

— Então, conheceu tudo? — ele perguntou baixinho.
— Sim, é maravilhoso, sua mãe era uma grande arquiteta — murmurei impressionada, ele sorriu e assentiu.
— Sim, ela era grandiosa e perfeita em tudo o que ela fazia, eu a admiro tanto — ele murmurou, se inclinando e apoiando o queixo na mão, parecia perdido em lembranças.



— Como ela se chamava? — perguntei sutilmente, tentando conhecer mais sobre ele.
— Amberly Mayhen — ele balbuciou e eu finalmente entendi o porquê da empresa se chamar Amberly Ink.
— Seu pai quis homenageá-la? — perguntei comovida, ele sorriu e assentiu.
— Uma homenagem e tanto, sempre que ele falava a respeito do trabalho os olhos da minha mãe brilhavam. Ele era apaixonado pelo o que fazia, quase tanto quanto era apaixonado pela família — sussurrou Josh. — E eu estou fazendo o máximo que posso para sentir um terço daquela paixão. Eu quero que ele se orgulhe de mim — sua voz falhou e meus olhos se encheram de lágrimas, espelhando os dele.
— Eu tenho certeza que ele já se orgulha, é só ver o Brook, às vezes eu penso que não poderia ver alguém que te admira mais do que o seu irmão, ele é o espelho do seu pai, sei disso — murmurei dando tapinhas carinhosos em seu joelho, ele desviou o olhar desfocado até encontrar o meu, e abriu um sorriso lento e tímido.
— Literalmente, ele se parece muito com o meu pai — disse Zayn. — Ele é tudo o que eu tenho agora — ele mordeu o lábio, os olhos perdidos, fitando algo além de mim.



— Não é não. Você tem a mim também — murmurei docemente e me enrosquei nele, que riu e me abraçou apertado.
— Eu sou um sortudo por isso — ele falou, fechei os olhos e senti o seu cheiro maravilhoso.

Depois do jantar, os rapazes e eu nos reunimos para assistir tv na sala. Eu me sentei no sofá com Josh, e Brook e Cast sentaram-se no chão. Decidimos dividir os quartos, para que quando o pessoal chegasse já estivesse tudo arrumado.

— São cinco quartos e dez pessoas, então serão duas pessoas para cada quarto — falou Brook, fazendo as contas nos dedos.
— Bom garoto, estamos fazendo progresso, já aprendeu a contar! — brincou Castiel, dando tapinhas no ombro de Brook e nos fazendo rir, exceto Brooklyn, que revirou os olhos e xingou ele.
— Castiel pode ficar no meu quarto comigo, mas terá que dormir no tapete — disse Brook, dessa vez foi Cast que revirou os olhos. — Eiden, Keny, Noah e Neev podem ficar com os dois quartos de hóspedes, Will e Jason podem dividir o seu quarto, Josh.
— E nós vamos ficar aonde? — perguntou Josh, se referindo a eu e ele.
— No quarto da mamãe e do papai, claro — rebateu Brook, com naturalidade e um leve dar de ombros, Josh não pareceu muito à vontade com a ideia, mas concordou. — Uma hora ou outra você vai ter que assumir esse lugar, Josh, então é melhor começar logo com isso.
— Eu sei, Brook. Só preciso me acostumar com isso, tudo bem? Eu estou tentando! — resmungou Josh.
— E está fazendo um ótimo trabalho, então continue assim — disse Brook, Josh conseguiu conter um sorriso de satisfação e balançou a cabeça.

A lareira estava acesa e a temperatura na sala estava muito agradável, nós assistimos filmes atrás de outros e viramos a madrugada com os rapazes brincando, se provocando e se divertindo. Brook planejou o itinerário do dia seguinte e continuou acordado até muito depois que todos já havíamos dormido. Ele estava tão empolgado, era adorável de se ver.


►►►


À mesa do café da manhã — que a sra. Kenton havia caprichado —, os rapazes conversavam empolgados, enquanto eu comia e assistia a animação deles divertida. Faltando pouco para as 10 horas, ouvimos o barulho de carro e eu sabia que era Eiden e as garotas.
Saltei da cadeira imediatamente, alisei a roupa e corri pra porta, pronta para receber as minhas amigas. Josh me seguiu e juntos encontramos Eiden, Neev e Keny tirando as malas do carro.

— Ei, cara, dá uma mãozinha aqui! — pediu Eiden, se esforçando para puxar a mala de Keny para fora do bagageiro, Josh riu e correu ao auxílio do amigo.
— Meninas! — guinchei e elas correram para me abraçar, mas eu percebi que as duas estavam mais interessadas em olhar a casa atrás de mim do que realmente me abraçar, então eu me afastei e dei alguns tapas nas duas, que começaram a rir.
— Nossa, Josh tem bom gosto mesmo — disse Keny, revirei os olhos, mas sorri.
— Vão se arrumar, vamos sair pra caminhar em 15 minutos, talvez paremos em algum lago, então coloquem biquínis — avisei empurrando as duas para dentro da casa.
— Sim, senhora! — brincou Neev.

Enquanto as garotas se arrumavam eu liguei para Noah e nós conversamos bastante, ele disse que chegaria na manhã seguinte com Will e Jason.
Guardei o celular e fui encontrar os rapazes na cozinha, Eiden e Josh já estavam lá com Brook e Cast.

— Caramba, como elas demoram — resmungou Eiden, ri e lhe joguei uma uva, ele se inclinou e a pegou com a boca, cesta!
— Bom garoto — comemorei, ele me mandou língua.
— Noah, Will e Jason chegam quando? — perguntou Josh, digitando algo em seu notebook, ele está trabalhando em plenas ferias!!!
— Amanhã de manhã. Josh, você não tirou férias? — resmunguei impaciente, ele ergueu um olhar culpado para mim e sorriu inocentemente.
— É um assunto super importante, antes de sairmos pra caminhar eu termino, não se preocupe — ele disse e voltou a se concentrar no trabalho, revirei os olhos e bebi meu café.

Quando acabei eu subi correndo as escadas e encontrei as garotas no quarto de hóspedes, elas estavam terminando de se arrumar, eu pedi que se apressassem e voltei para a cozinha, mas ouvi Josh e Eiden conversarem enquanto voltava, os dois estavam no escritório que ficava embaixo da escadaria, foi quase inevitável não ouvi-los.

— Você o trouxe? — perguntou Josh.
— É maravilhoso, você tem bom gosto — ouvi Eiden dizer.
— Eu sei, cadê, deixe-me vê-lo! — ouvi um suspiro vindo de Josh e minha curiosidade aguçou mais ainda. 
— Ela vai adorar — disse Eiden. Ela, que Ela? Quem vai adorar o quê?
— Eu sei. Falou com todos? — perguntou Josh.
— Eu fiz tudo o que você mandou, está tudo certo, relaxe Josh — ouvi a voz exasperada de Eiden, em seguida ouvi passos atrás de mim, as garotas desciam rindo e eu tratei de disfarçar.

Levei elas até a cozinha e elas comeram algo rapidamente, quando todos estavam prontos nós saímos de casa e começamos a nossa trilha.
Mas eu passei o dia inteira encucada, louca de curiosidade, querendo saber sobre o que Josh e Eiden conversavam no escritório.






segunda-feira, 16 de novembro de 2015

"Oh, ele me compra um espinho antes de me comprar uma rosa
Me cobre em pó antes de me cobrir de ouro
Ele está tentando, sim..."
— I'm In Love With A Monster (Fifth Harmony)



— Então, o que quer comigo, Mayhen? — perguntei divertida.
— Eu estava pensando em terminar o que começamos hoje mais cedo, lembra-se? — ele sussurrou aproximando sua boca da minha, senti meu estômago dar cambalhotas. Puta merda!
— Acho que você precisa refrescar a minha memória, baby — murmurei, segurei seu rosto com ambas as minhas mãos e colei seus lábios nos meus.



A princípio Josh ficou surpreso com a minha iniciativa, mas logo se recuperou e envolveu-me com seus braços longos e rígidos e me empurrou lentamente até a cama. Mas, antes que ele me fizesse deitar, eu o virei e o empurrei, ele caiu deitado na cama, me encarando com olhos brilhantes e arregalados, um sorriso malicioso escapava de seus belos lábios avermelhados, sua respiração estava descompassada e ele estava apetitoso usando aquele jeans escuro.
Subi na cama e montei de pernas abertas em seu colo, Josh levantou o dorso até ficar com seu nariz grudado no meu, suas mãos trilharam minhas coxas, quadril e bunda, até subirem pelas minhas costas levantando a minha camiseta, quando ele finalmente conseguiu passá-la pela minha cabeça e jogá-la no chão, ele pareceu satisfeito, sorrindo feito um menino que acabara de ganhar um brinquedo novo, ele parecia adorável e loucamente sensual.
Eu voltei a empurrá-lo e fiquei sobre ele só de short jeans e sutiã, o beijei forte e intensamente, suas mãos voltaram para as minhas coxas, acariciando minha pele nua e subindo até a minha bunda, ele apertou com vontade me fazendo gemer em sua boca, satisfeito ele deslizou a mão pelas minhas costas, tocando e acariciando minha pele quente sob seus dedos, meu corpo estava pegando fogo, o mesmo fogo que exalava dele.



Josh agarrou firme em minha cintura e tomou impulso, me virando na cama e ficando por cima de mim, o volume em sua calça causava uma fricção maravilhosa em minha virilha e eu comecei a rebolar e levantar o quadril, em busca de mais; mais dele, mais de seu volume, mais daquele atrito gostoso do seus jeans roçando em mim, mais de seu corpo colado ao meu.

— Josh, por favor — gemi puxando seu jeans, tentando fazê-lo tirar, Josh riu.
— Xiii... Calma, garotinha — ele sussurrou em meu ouvido, então segurou minhas duas mãos e as colocou acima da minha cabeça, fiquei imobilizada, abraçando sua cintura com minhas pernas. — Quietinha, baby... — ele disse, segurou meus pulsos com uma mão só e com a outra ele tocou meu rosto, acariciou minha pele e desceu a mão pela minha barriga.

Habilidosamente ele desabotoou o meu short com uma mão só, sorrateiro e ágil ele deslizou a mão para dentro do meu short, fazendo eu me contorcer quando seus dedos tocaram o meu ponto mais íntimo e prazeroso. Josh acariciou meu clitóris, girando os dedos, e conforme seus dedos se moviam o meu quadril se movia junto, respondendo ao ritmo dele. Ele deslizou um dedo para dentro de mim e o tirou, arrancando um arquejo profundo dos meus lábios, ele voltou a deslizar o dedo para dentro de mim e, a essa altura, eu já estava completamente fora de mim, louca de desejo, querendo apenas aliviar a tensão que se contorcia em meu ventre.

— Josh... — gemi novamente, em um apelo desesperador.

Enquanto seu dedo estava entrando e saindo de mim, me levando à loucura, Josh desceu seus lábios pelo meu pescoço, beijando e mordendo a minha clavícula até chegar aos meus seios, presos pelo sutiã, Josh soltou meus pulsos tempo o suficiente para poder afastar o bojo do meu sutiã e livrar meus seios, então seus lábios envolveram o bico do meu seio esquerdo, e seu dedo ainda ali embaixo, entrando e saindo de mim, fazendo eu me contorcer com tanto estimulo. 



Meus seios, seus lábios, seus dedos, minha visão estava turva e eu senti a eletricidade percorrer meu corpo, fazendo eu me arquear e me contorcer em um orgasmo alucinante, me deixando ofegante e desnorteada.
Quando voltei a mim Josh já tinha tirado a mão do meu short e estava sorrindo satisfeito, ele abriu o fecho do meu sutiã e eu me contorci para ajudá-lo a tirar, achando injusto a minha semi-nudez, eu arranquei a camisa dele rapidamente, deixando seu belo peitoral nu.

— Muito bem, meu amor, você é incrível — ele sussurrou, trazendo seus lábios de volta aos meus.
— Você pode, por favor, tirar essa droga de calça? — exigi impaciente, Josh gargalhou alto.
— Tudo bem, Srta. Hanks, você é quem manda — ele se levantou e despiu a calça jeans junto com a cueca, ficando gloriosamente nu, tive vontade de segurar seu membro em minhas mãos e tive que resistir ao impulso de me ajoelhar aos seus pés, me concentrei então em tirar o meu short.

Josh veio ao meu auxílio, eu levantei o quadril e ele puxou o meu short jeans pra baixo junto com a minha calcinha, logo os jogou no chão junto com as nossas roupas.


Antes de voltar para a cama Josh fuçou nos bolsos de sua calça e tirou de lá dois pacotes laminados, duas camisinhas, ele jogou um dos pacotes em cima do criado-mudo e me mostrou o outro, estiquei a mão para pegá-lo e abri o pacote com os dentes, me ajoelhei na cama e Josh se sentou na beirada, seu membro estava rígido e duro, fitei Josh, não contendo um sorriso, ele inclinou a cabeça, me mandando fazer logo o serviço. Segurei na pontinha do preservativo e o deslizei pelo membro maravilhoso de Josh, que fechou os olhos ao sentir minhas mãos ao redor dele, quando acabei dei um beijinho na ponta e Josh gemeu antes de se voltar rapidamente para mim, me jogando na cama novamente.
Josh voltou a se deitar em cima de mim, seu peso me pressionando contra a cama, o acolhi entre as minhas pernas e Josh posicionou seu membro, entrando vagarosamente em mim, ergui o quadril, o acolhendo com prazer, e ele moveu o quadril, começando a se mover de verdade.
Sua boca buscou a minha e eu o beijei com ardor, tentando oprimir os gemidos que escapavam da minha boca, cravei minhas unhas em suas costas, o arranhando, e ele soltou um gemido grave e excitante.



E eu senti a sensação maravilhosa novamente das minhas entranhas se comprimindo, a eletricidade percorrendo meu corpo, e tive o meu segundo orgasmo, apertando Josh entre os meus braços com força, enquanto ele urrava em resposta, tendo o seu próprio alívio.
E eu apaguei em seguida, relaxada e exausta, abraçada a Josh, me perguntando vagamente se ele também havia dormido.


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Não sei por quanto tempo apaguei, mas quando eu abri os meus olhos Josh ressonava baixinho, aninhado sobre os meus seios, olhei em volta desnorteada e vi o relógio no criado-mudo, apaguei por 30 minutos.
Voltei minha atenção para Josh, ele parecia relaxado e feliz, sorria durante o sono e seu cabelo estava bagunçado, ele fica muito bem com o cabelo pós-foda. Acariciei seus fios negros ternamente e ele se mexeu, resmungou um pouco e levantou a cabeça, com os olhinhos semi-cerrados e um sorriso embriagado nos lábios.

— Bom dia, garotinha — ele murmurou docemente, me fazendo rir.
— Por que você me chama assim? — perguntei divertida, ele se inclinou para me dar um beijo nos lábios.
— Porque você é a minha garotinha — ele disse, então caiu pro lado, completamente nu, e puxou o cobertor. Ele parecia disposto a voltar a dormir.

Me levantei relutante da cama e peguei o meu roupão de cetim na poltrona, o vesti e me virei para ver Josh, ele estava deitado na cama, com os olhos quase fechados, me assistindo andar pelo quarto.

— Eu vou descer e comer alguma coisa, quer algo? — perguntei docemente, resistindo ao impulso de deitar ao lado dele e abraçá-lo pelo restante da vida.
— Eu realmente queria que você deitasse comigo e cochilasse um pouco — ele murmurou preguiçoso.
— Depois, agora eu preciso comer — murmurei teimosa, ele riu.
— Tudo bem, vai descendo que eu vou daqui a pouco — ele disse em meio a um bocejo.


— Ok, não demore! — falei mandando-lhe um beijo no ar, ele fez um bico adorável e acenou.

Deixei o meu quarto e, enquanto caminhava pelo corredor, apertei mais o nó do meu roupão. Desci as escadas cantarolando uma música nova do Bieber e, ao passar pela sala, vi o pessoal espalhado pelo chão, conversando e assistindo tevê.
Entrei na cozinha e vi Noah e Will devorando o resto da lasanha que tinha ficado na travessa, fiquei assustada por já ter acabado e decepcionada por não terem lembrado de Josh e eu.

— Ei, vocês não deixaram pra mim? — perguntei manhosa, os dois se viraram para me encarar e Will engasgou com refrigerante.
— Cadê a sua roupa? — resmungou Noah.
— Eu... Hum... Estava tomando banho — gaguejei rapidamente, os dois semicerraram os olhos, me encarando céticos.
— E o Josh tomou banho com você? — Will perguntou acidamente.
— Não é da sua conta — sibilei irritada.
— Humm... Eu acho que você tocou na ferida — provocou Noah.
— Vão se danar, vocês dois! — resmunguei impaciente.

Olhei em volta na cozinha, completamente furiosa, cega demais para enxergar o que eu queria. Noah então abriu a porta do forno e lá dentro tinha dois pratos de lasanha, peguei os dois e coloquei dentro de uma bandeja grande, juntamente com duas latas de coca-cola. Eu é que não vou ficar aqui pra aturar esses dois. Então marchei de volta para o meu quarto, deixando os dois gargalhando na cozinha.
Passei despercebida pelo pessoal que estava na sala, assim como quando estava indo para a cozinha; corri escada acima e entrei em meu quarto, Josh ainda estava de preguiça na cama e sorriu debilmente ao me ver, coloquei a bandeja em cima da penteadeira e me joguei na cama ao lado dele.

— Voltou, garotinha? — ele perguntou risonho, me puxando para os seus braços e me abraçando forte.
— Sim, não estou com paciência o suficiente para aturar as gracinhas de Noah e Will — murmurei afundando o rosto em seu pescoço e inspirando profundamente, seu cheiro é divino.
— Então fique aqui comigo, baby — ele disse docemente, me fazendo derreter pela enésima vez hoje em seus braços.


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Ao chegar no trabalho na manhã seguinte, eu notei que havia algo errado. Josh havia passado a noite comigo mas levantara cedo para ir se arrumar pro trabalho e Keny me deu uma carona até à Amberly Ink.
Coloquei as minhas coisas na minha mesa e, pelas portas de vidro, vi Brook lá dentro da sala de Josh, junto com um homem alto, esguio, de ombros largos e cabelos loiros. Bati na porta antes de entrar.

— Brook? Tudo bem? Onde está Josh? — perguntei curiosa, olhando em volta da sala e parando meus olhos no rapaz ao lado de Brook, ele sorriu.
— Oi cunhadinha, meu irmão ainda não chegou, mas já está a caminho. Esse é o meu novo tutor, apesar de eu ter gostado da Mac — resmungou Brook, o rapaz ao lado dele riu e balançou a cabeça em negativa, concordo com ele, Brook é um caso perdido. — Castiel Moseley, esta é a minha querida Allin Hanks.
— Muito prazer, minha querida Allin Hanks — brincou Castiel, Brook revirou os olhos, mas não conteve um sorriso.
— O prazer é todo meu, Castiel, eu espero que você consiga aturar o Brook — provoquei, alisei o vestido e sorri alegremente, estamos livres da sósia de Scarlett Johansson!
— Vou dar o meu máximo — sorriu Castiel.
— Meu Deus, Allin, este vestido está fantástico em você, por que não vira de costas para eu poder olhar a sua bunda? Aproveite e vá buscar biscoitos, estou morrendo de fome — revidou Brook, sorrindo malicioso, lhe mandei a língua e saí da sala, indo preparar o café de Josh.
— Vai se danar, Brooklyn! — resmunguei tentando esconder o meu divertimento.

Fechei a porta ao sair e segui para a cozinha, preparei bastante café, enchi a minha caneca e também xícaras para os rapazes, coloquei alguns cookies em um potinho e levei a bandeja para servir os rapazes. Josh já estava lá com eles.

— O Café chegou — murmurei empurrando a porta com a cintura, Josh se apressou para vir me ajudar.
— Olá, baby — ele disse, dando-me um selinho casto nos lábios, me surpreendendo, pois temos visita. — Já conhece Castiel Moseley, o novo tutor de Brooklyn? — perguntou Josh, todo sorridente.
— Sim, já conheci — assenti sorridente para Castiel, que sorriu de volta para mim. — E aqui está o café de vocês, rapazes — murmurei colocando a bandeja sobre a escrivaninha de Brook —, eu vou buscar o seu, Mayhen — falei virando-me para o meu chefe, ele sorriu e manteve a porta aberta para que eu saísse.

Mas Josh não aguardou na sala, ele me seguiu até a cozinha e me assistiu deliciado enquanto eu servia café na caneca habitual dele.
Tentei parecer normal, mas fica difícil quando se tem um homem maravilhoso olhando para mim, me vigiando como se fosse um falcão e eu uma presa em potencial, é perturbador.

— Fale alguma coisa, baby — pedi quando o silêncio tornou-se insustentável, ele sorriu vitorioso.
— Estou planejando fazer uma viajem com Brooklyn e Eiden — ele contou —, como seu chefe tirará umas curtas férias, então eu acho que você também vai tirar, o que acha de vir conosco?
— Estou trabalhando há pouco mais de 2 meses, é loucura eu já ganhar férias — resmunguei lhe entregando a caneca e pegando a minha.
— Dá licença que eu sou o chefe por aqui?! — reclamou Josh, com um ar levemente ofendido, o que me fez rir. — E eu digo que você ganhará férias, e ponto!
— Tudo bem, chefinho — rendi-me divertida, ele relaxou os ombros.
— E aí, vai viajar conosco? — ele insistiu, então bebeu um gole de seu café e me encarou com seus lindos olhos castanhos por cima da caneca.
— Depende... — murmurei docemente, piscando para ele, que fez uma careta.
— Depende do quê? — ele perguntou impaciente.
— Eu realmente gostaria que as meninas fossem conosco — falei pensativa, ele sorriu largamente.
— Já vi tudo. Era meio óbvio que Keny iria por causa de Eiden. Agora Neev também vai e com ela terá que ir o Noah, porque os dois não se separam, para completar Noah vai querer levar o amigo, Jason, e obviamente Will. Minha casa de campo vai ficar lotada — disse Josh, fingindo um ar entediado, mas eu via a animação em seus olhos.
— Você tem uma casa no campo? — perguntei divertida.
— Em Derbyshire, é uma velha casa enorme aonde os meus pais adoravam perder a maioria do tempo de folga deles, basicamente cresci lá, com Brooklyn correndo atrás de mim pelos campos verdes e floridos — debochou Josh, mas logo ele abriu um sorriso terno e adorável, meu coração se encheu de amor... Amor?... Não, não amor!... Se encheu de felicidade, isso!






quinta-feira, 12 de novembro de 2015

"Eu mal posso esperar pra me apaixonar por você
Você mal pode esperar pra se apaixonar por mim
Isso não pode ser só um amor de verão, você verá
Isso não pode ser só um amor de verão..."
— Summer Love (Justin Timberlake)



— Ele é legal — sussurrou Will quando Josh desapareceu de nossa vista.
— Como? — fingi não ter escutado, ele revirou os olhos e riu.
— Vá sonhando que eu vou dizer isso duas vezes! — ele ironizou e deu a volta para entrar no jipe.

Entrei no carro e peguei meu celular para enviar o endereço para Josh, Will já sabia aonde era o apartamento, então não precisei ensiná-lo o caminho.
O prédio era incrível, enorme, luxuoso e todo espelhado, se nós tivéssemos conseguido um apartamento ali por conta própria nós três nunca conseguiríamos pagar a mensalidade, mas Keny convenceu o pai dela a comprar o apartamento e alugá-lo por um preço muito mais razoável para a gente, agora com os nossos três salários nós conseguimos pagar a mensalidade e ainda sobra pras coisas da casa e para a gente também. Digamos que tivemos um empurrãozinho para começar a nossa vida.
Will e eu passamos na recepção para pegar a chave e subimos até o décimo andar para conferir o apartamento antes de trazermos as minhas coisas. Era enorme. Um apartamento duplex muito espaçoso e já mobiliado, confesso que recebemos muito mais que uma ajuda do sr. Turner, ele praticamente está dando uma casa pra gente morar.
sala de estar e jantar era monumental, cabia meu quarto, o banheiro conjunto e o quarto de Noah somente ali, tinha vidraças enormes que dava para a vista de um parque lindo e não muito distante, que, se não me engano, é uma parte do St. James Park , fiquei extasiada ao ver, Will riu e fechou a minha boca enquanto me arrastava para ver a cozinha do apartamento.
cozinha não era muito diferente da sala, era grande e muito bem arquitetada, com móveis muito bonitos e, sinceramente, caros. Eu deveria ter imaginado que Keny não viveria em um lugar nada menos que luxuoso.
Para completar o primeiro andar tinha um banheiro principal, que era grande e bonito, tinha até uma banheira. E um lounge.
Lounge era uma graça, era pequeno mas tinha espaço o suficiente para reunirmos a família ou alguns amigos, era aconchegante e eu já me imaginei sentando em uma daquelas cadeiras com um livro na mão e uma música agradável tocando no aparelho de som.
Eu achei o primeiro andar um pouco exagerado para somente três garotas, mas Keny está acostumado com lugares grandes e bonitos, Neev e eu podemos nos acostumar com isso, só não podemos nos acomodar, porque é provável que nenhuma de nós duas consiga manter um estilo de vida como esse depois que não morarmos mais com Keny.
Will me guiou escadaria acima até o segundo andar do apartamento, era composto por três quartos — os três com banheiros inclusos — e uma sala pequena com uma tevê e poltronas confortáveis. Logo descobri que os quartos tinham a mesma decoração e que Neev, Keny e eu teríamos que trabalhar neles para deixá-los com as nossas caras.

— Gente, isso é muito grande — murmurei me jogando em uma das poltronas da mini sala de estar do segundo andar.
— Keny quem escolheu, eu pensei que você já tivesse visto o lugar — disse Will, sentando-se na poltrona ao lado.
— Não, é a primeira vez que venho aqui. Estou impressionada, tenho que agradecer ao seu pai por estar alugando esse lugar por um pechincha pra gente — murmurei baixinho, Will riu.
— Não esquenta com isso, ele queria Keny em um lugar descente, por isso tratou de fazer isso tudo pra alojar vocês perto o suficiente de casa. Ele fez isso comigo quando me mudei pela primeira vez, até eu tomar as rédias da minha vida de vez — contou Will, sorri docemente para ele, sei como é realmente ser independente, ao contrário de Keny eu não tenho que morar perto de casa caso precise voltar. Eu saí de casa e agora tenho que aprender a viver longe de lá.
— Josh chegou — murmurei vendo a mensagem que acabara de receber no celular.
— Vamos descer pra pegar as coisas, então — disse Will, levantando-se de um pulo e estendendo a mão para me puxar junto.

Nós descemos até o estacionamento no subsolo, Brook e Josh estavam ao lado do Jipe, aguardando pacientemente. A primeira coisa que fiz foi abraçar Brook bem forte, em seguida dei um tapa igualmente forte em seu braço, ele reclamou, mas sorriu.

— Eu tenho a impressão que mereci isso — ele murmurou sorridente.
— Isso foi por deixar o seu irmão sozinho com aquela mulherzinha — sibilei em um sussurro, ele assentiu e riu.
— É, eu mereço isso — ele concordou alisando o braço onde eu bati.
— Vamos lá, eu quero conhecer sua casa nova — disse Josh, passando o braço ao redor da minha cintura e beijando o topo da minha cabeça.
— Vamos levar logo as coisas lá pra cima. Cada um pega três caixas, exceto a mocinha, que levará duas — mandei língua pra Will, que riu e continuou —, eu me viro com as duas malas — disse ele, todos assentiram e ele distribuiu as caixas entre Brook, Josh e eu.

Segurei a porta do elevador para todos entrarem e nós conseguimos levar todos as minhas coisas pro apartamento em uma viajem só, como os quartos eram iguais eu não tive muito o que escolher, os rapazes colocaram as caixas em cima da cama e começamos a tirar tudo de dentro. Em poucas horas o quarto já estava um pouco mais parecido comigo, eu troquei as cortinas, colei alguns posters de bandas, coloquei porta-retratos e vaso decorativos, o quarto ficou uma graça.
Passava de uma da tarde quando eu acabei de decorar o quarto, os garotos já tinham me abandonado há um hora para saírem para comprar comida, já que eu estava ocupada demais e também não sabia cozinhar e nenhum deles se candidatou para fazer isso, na verdade eu acho que nenhum deles sabe cozinhar.
Eu desci as escadas e nem bem tinha me sentando no grande sofá para assistir tv quando a campainha tocou, resmunguei comigo mesma e me levantei para ir atender.
Abri a porta e vi Will, Josh e Brook conversarem animadamente entre si, como velhos amigos, fiquei feliz de ver que ele se deram bem. Brook abriu um largo sorriso e levantou três sacolas do restaurante Nando's para que eu pudesse ver.

— Nossa, vocês demoraram isso tudo só para ir ao Nando's? — reclamei pegando as sacolas.
— A fila estava enorme — disse Josh, fazendo um voz inocente e piscando algumas vezes para acentuar o ar inocente.
— Jura? E serviram torta de morango na fila também? — desdenhei me controlando para não rir da cara de surpresa dos três.
— Como você sabe que a gente comeu torta? — perguntou Will.
— Dá pra sentir o cheiro da calda de morango de longe — murmurei seguindo para a cozinha, os três me seguiram.
— Só comemos um pedaço pra enganar o estômago, ainda estamos morrendo de fome — disse Brook.
— Ótimo, me ajudem a pôr a mesa então — pedi desembalando a comida.

Os rapazes procuram talheres, pratos e copos nas gavetas e nos armários da cozinha, enquanto eu abria as embalagens e sentia o aroma delicioso do arroz branco de forno acompanhado de frango empanado e um macarrão com molho muito bonito, dividi a comida em quatro pratos, Will pegou uma coca-cola de dois litros que tinha na geladeira e serviu nos quatro copos altos de vidro.
Me sentei em um dos bancos altos do balcão e ataquei o meu prato, estava morrendo de fome e a comida do Nando's é muito deliciosa, me lembrei de Noah, ele adora comer no Nando's.

— Acabou com o quarto, boneca? — perguntou Will, Brook franziu a testa contrariado, porque ele também me chama assim.
— Sim, agora eu só quero deitar naquele imenso sofá e ficar de preguiça até as garotas chegarem — murmurei e dei uma mordida no frango em seguida.
— Eu tenho que trabalhar um pouco, posso usar o seu notebook? Não quero ter que ir pra casa — pediu Josh, assenti rapidamente, eu também não quero que ele vá.
— Eu também tenho que trabalhar, pena que não posso fazer isso por computador — resmungou Will. — Mas eu volto com a Keny à noite.
— Beleza, somos você e eu, boneca, vamos ver um filme de terror ou algo assim — empolgou-se Brook, afastando o prato vazio e pegando o copo de coca-cola.
— Socorro! — sussurrei temerosa, os rapazes riram.

Depois que acabamos de comer, Will lavou a louça e Josh e Brook secaram e guardaram tudo, enquanto eu fiquei os provocando durante o processo.
Então levei Will até a porta e nos despedimos com um abraço apertado e a promessa que ele voltaria mais tarde.
Ao voltar pra sala Josh já estava acomodado no sofá com o meu notebook no colo e Brook estava procurando um filme legal na aba de terror do Netflix.
Concordamos em assistir A Forca, Brook me explicou que o Charlie Challenge foi criado para divulgar esse filme e só isso já me deu medo, quem sabe assim eu consiga ficar sem dormir sozinha por uma semana.
Ao longo do filme, enquanto eu pulava de tempos em tempos no colo de Brook por causa dos sustos, eu percebi que diversas vezes Josh se desligava do trabalho e ficava olhando para Brook e eu, ele esboçava um sorrisinho satisfeito e, estranhamente, aquilo me agradou.
Na metade do filme Josh largou o notebook e puxou minhas pernas para o seu colo, decidindo ver A Forca conosco. E, enquanto Charlie perseguia o casal, eu me agarrei aos braços de Brook e Josh e fechei os olhos, não aguentando ver se quer a sombra do fantasma.
Quando o filme acabou eu me enrosquei em Josh enquanto ele procurava outro filme e Brook foi fazer pipoca pra gente.

— Que tal Mad Max: Estrada da Fúria? — ele perguntou.
— Pra mim está bom — concordei mordendo levemente seu braço, ele riu e jogou o controle remoto na mesinha de centro, ao mesmo tempo que agarrava os meus braços e me imprensava no sofá, ficando por cima de mim e me imobilizando.
— E assim? Está bom? — ele perguntou, sua voz ficando mais grave e sensual, meus pelos da nuca se eriçaram quando ele abaixou a cabeça e começou a mordiscar a pele sensível do meu pescoço.
— Oh, sim... — murmurei fechando os olhos e suspirando. — Seu irmão está na cozinha — lembrei de repente, Josh ignorou o meu aviso.
— Ele gosta de você, o filho da mãe — sussurrou Josh, distribuindo beijos pela minha clavícula e subindo até o meu queixo —, mas quem é que não gosta, afinal! — ele resmungou e seus lábios chegaram aos meus, envolvi meus braços ao redor de seu pescoço e o puxei para mim, o abraçando forte ao mesmo tempo em que sua boca exigia atenção da minha.
— Oh, oh, oh! Olhem a intimidade, tem um menor no recinto! — Reclamou Brook, nos assustando de repente.

Josh resmungou alguns palavrões baixinho antes de sair de cima de mim e me puxar junto, Brook sorria perversamente ao se sentar ao meu lado novamente, divertido em nos interromper.

— Então, que filme vamos ver? — ele perguntou risonho, Josh revirou os olhos e deu play no filme.


►►►

No fim da noite a casa estava cheia de gente, Neev e Keny corriam para cima e para baixo, espalhando os seus pertences e arrumando os seus quartos, Noah estava na sala com Jason, Will, Brook e Josh, todos assistindo ao jogo de futebol com cervejas nas mãos, Eiden e eu estávamos preparando uma caçarola enorme de lasanha para dar pra tanta gente. Eiden cantarolava uma música adorável enquanto espalhava o macarrão pela caçarola e eu tirava o molho de carne moída do fogão.

— Que linda, que música é essa? — perguntei espalhando uma camada generosa de molho por cima do macarrão na caçarola.
— Hazel, do Phillip Phillips — ele disse colocando queijo e presunto na lasanha.
— É adorável, pode cantar mais, por favor? — pedi distraidamente, concentrada em terminar de montar a lasanha.
— É claro que posso. — Ele sorriu, se afastou para me ver cozinhar e recomeçou a cantar — "But I know that / The sun will shine for me / Even when the skies are grey / But I feel like I'm missing something...."
— Maravilhoso — murmurei encantada, ele riu e fez uma reverência exageradamente elegante.
— Disponha, baby.

Quando acabei de montar a lasanha, Eiden abriu o forno e colocou a caçarola lá dentro, eu lavei as minhas mãos e peguei duas cervejas na geladeira, entreguei uma a Eid e nós fomos para a sala assistir ao jogo com os rapazes.
Paris Saint Germain jogava contra o Manchester United e eu assumi o meu lado do sofá que torcia pro PSG, ao lado de Noah, Jas e Brook. Eiden, Josh e Will eram os torcedores do Manchester e ficavam soltando piadinhas para provocar os outros, já que o Manchester estava ganhando de 1 a 0.
Me acomodei no braço do sofá e Noah passou o braço ao redor da minha cintura enquanto dava um gole em sua cerveja, Will gritou um palavrão para à tv, porque o camisa 12 do Manchester havia perdido a posse de bola para um jogador do PSG.
Keny desceu as escadas correndo e saiu do apartamento, provavelmente para descer até o estacionamento para pegar algo que havia esquecido, Eiden a seguiu com o olhar e só voltou a olhar pra tv quando ela sumiu de vista. Eu vi o brilho nos olhos dele quando avistou Keny e eu soube naquele momento que aquele homem incrível estava se apaixonando pela minha amiga, e eu fiquei muito feliz por ela.

— Passa essa bola, caralho! — reclamou Noah, David Luiz apareceu na tela, correndo com a bola em seu pé e eu fui à histéria.
— David!!!! Uhuuullll!!! Vai, meu amor!!!! — gritei empolgada, seis cabeças masculinas viraram-se para me encarar, voltei a me sentar e sorri inocentemente para eles. — O que foi? — perguntei docemente.
— Meu Amor? — perguntou Josh, arqueando uma sobrancelha e me encarando sério, me contive para não rir.
— Ciúmes, baby? — devolvi a pergunta, ele revirou os olhos, deu um longo gole em sua cerveja e voltou a se concentrar no jogo.
— Eu diria que isso que dizer sim — provocou Brook, sorrindo para o irmão, que o ignorou completamente.
— Bem, não tem como eu adivinhar, não é? — murmurei dando de ombros e me levantando, os rapazes continuaram com as cabeças viradas em minha direção, inclusive Josh. — Eid, pode ficar de olho no forno, por favor? Eu vou subir e ver se as garotas precisam de ajuda — pedi, ele assentiu veemente.
— Claro, não se preocupe — disse Eid.
— Depois me digam o resultado — falei apontando para a tv, eles assentiram em conjunto.

Corri escada acima e entrei em um dos quartos com a porta aberta, Neev estava pendurando um quadro na parede e tomou distância para ver se ele estava bem alinhado. Ela suspirou impaciente e voltou a mexer no quadro, até achar que está perfeito.

— Uau, você fez um belo trabalho — elogiei, ela virou-se pra me ver e sorriu.
— Obrigada, eu acho que acabei aqui, vamos descer? Estou morrendo de fome — ela disse guardando o celular no bolsa da calça.
— Acho que a lasanha já está quase pronta, vamos procurar a Keny? — perguntei a seguindo para fora do quarto.
— Siga-me os bons! — Neev falou em um tom engraçado, me fazendo rir.

Keny já tinha voltado pro quarto dela e estava colocando seus livros em uma estante, Neev e eu aguardamos que ela terminasse e então descemos, no meio da escadaria nós encontramos Josh subindo, ele sorriu ao nos ver.

— Posso falar com você? — ele perguntou a mim, as garotas soltaram risinhos, parecendo adolescentes.
— Vocês podem ir comer, não esperem pela gente — falei, empurrando as duas rudemente para continuarem descendo as escadas, elas se foram rindo.
— Posso ter você por um minutinho agora? — provocou Josh, sorri e o puxei pela mão até o meu quarto, tranquei a porta ao entrarmos e ele riu.
— Então, o que quer comigo, Mayhen? — perguntei divertida.
— Eu estava pensando em terminar o que começamos hoje mais cedo, lembra-se? — ele sussurrou aproximando sua boca da minha, senti meu estômago dar cambalhotas. Puta merda!






Por: Milinha Malik. Tecnologia do Blogger.

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