quarta-feira, 10 de setembro de 2014

"Você deve ser à prova de fogo
Porque ninguém me salva, baby, da maneira que você salva
Porque ninguém conhece você, baby, do jeito que eu conheçoE ninguém te ama, baby, do jeito que eu amo"
- Fireproof (One Direction)




— Você não se lembra, não é? — perguntou tristemente.
— Eu quero muito me lembrar, mas... — lamentei.
— Por que você esqueceu? O que aconteceu? Por que se esqueceu de nós? — perguntou Niall indignado e senti ódio de mim mesma por permitir-me esquecer disso.
— Eu não sei, por favor me ajude, eu quero me lembrar — implorei a ele, mas ele negou com a cabeça.
— O que posso fazer? Eu não sei o que eu poderia fazer pra te ajudar a lembrar.

Niall se levantou transtornado e saiu da sala, olhei em volta e todos estavam tão assustados quanto eu, esse tempo todo Niall veio guardando tudo consigo mesmo, ninguém imaginava, muito menos eu.
Me levantei e peguei meu celular, que estava pairando na mão de Harry, segui para a cozinha e digitei o número do meu pai no celular, esperei o telefone chamar três vezes e então meu pai atendeu.

— Papai? — murmurei baixinho.
— Sim, querida, tudo bem? — sua voz soou preocupada.
— Não. Pai, o que aconteceu antes de nos mudarmos para Londres? Onde morávamos? Quem eu conhecia? Por que não me lembro de nada disso? — falei rapidamente e ele suspirou.
— Vee, é uma longa história — falou calmamente.
— E por que eu não me lembro dessa longa história? Por que eu sinto como se faltasse um pedaço importante da minha vida? Eu preciso desse pedaço, pai, estou passando por um momento que requer muito esse pedaço, eu não posso seguir sem saber o porque eu não sei dessa parte da minha vida, eu quero saber, por favor — pedi segurando as lágrimas, papai suspirou novamente.
— Não podemos falar sobre isso por telefone...
— Eu vou até aí, chego em 4 horas — falei apressada.
— Não, Vee, é tarde, descanse e amanhã eu vou até aí.
— Não posso descansar, pai, eu preciso saber o que está acontecendo, eu quero saber, chego aí logo — falei decidida e desliguei em seguida, sem esperar uma resposta.

Me apoiei na mesa e respirei profundamente, algo está errado, algo está muito errado, eu deveria me lembrar de toda a minha vida e não só da parte em que me mudei para Londres, o que me fez esquecer 11 anos da minha vida? Por que nunca percebi isso antes?
Subi as escadas correndo, ao chegar no meu quarto eu vesti uma calça jeans, coloquei uma jaqueta mais quente, peguei minha carteira e voltei para baixo, passei na sala apenas para pedir as chaves do carro de Harry ou de Gemma, mas eles já estavam me aguardando no fim da escadaria.

— O que vai fazer? — perguntou Harry.
— Eu preciso saber o que está acontecendo, vou dirigir até Manchester e conversar com meu pai, um de vocês pode me emprestar o carro? — perguntei nervosa e Gemma apertou os lábios em uma linha fina.
— Você não pode ir sozinha — falou ela. — Vamos com você.
— Não, vou fazer isso sozinha, pode me emprestar o carro, Harry? — perguntei, notando que Gemma não se renderia.
— Só se me deixar ir com você — falou Harry decidido e eu bufei.
— Tudo bem, mas só um de vocês.
— A Ferrari só tem lugar para dois, te ligamos quando chegarmos lá, Gem — falou Harry, já vestindo a jaqueta e abrindo a porta da frente para que eu passasse. — Vá ajudar o Zayn a cuidar do Niall, ele precisa.
— Tudo bem, vou cuidar dele — concordou deprimida.

Dei um abraço em Gem e saí pela porta indo em direção a garagem, entrei na Ferrari e Harry logo se sentou ao lado do motorista.
Antes de pegarmos a estrada em direção a Manchester, Harry passou no drive-drue do Starbucks e comprou café expresso para nos manter acordados.

— O que acha que está acontecendo? — perguntei, pegando um dos copos de café.
— Não sei, Robin deve ter uma boa explicação pra tudo isso, não é? Você se lembra do que exatamente? Você se esqueceu de tudo ou só do Niall? — perguntou, prestando atenção na estrada.
— Me esqueci dos primeiros onze anos da minha vida, a única coisa de que lembro é de entrar na sua casa, depois tenho apenas flashes do casamento dos nossos pais e da nossa infância — murmurei, forçando minha mente a lembrar de algo mais.
— Ele vai ter uma explicação para isso, se não tiver nós vamos procurar um psicólogo que tenha, a última coisa que eu quero é ver você se torturando por não se lembrar de nada.
— Eu quero me lembrar, quero muito, eu não acredito que possa ter me esquecido do Niall, não propositalmente — falei, sentindo novamente a vontade de chorar.
— Relaxa, beba o café e tente não pensar nisso durante as próximas três horas, você vai enlouquecer se continuar remoendo isso na sua cabeça — aconselhou e ligou o rádio para ajudar a me distrair.

Relaxei meu corpo no banco de couro e descansei minha cabeça no vidro da janela, bebi meu café lentamente enquanto escutava as músicas do cd de Harry, hoje ele escolheu McFly, as músicas deles me relaxam.

|☼|☼|☼|

Saí do carro e parei em frente à porta de casa sem ter coragem de entrar, Harry parou atrás de mim e colocou a mão em minha cintura, me impulsionando para a frente, girei a maçaneta e entrei, meu pai estava na sala e Anne estava junto dele. Ela se levantou assim que nos viu e veio direto nos abraçar, ela é uma mulher pequena, mas seus braços são longos o bastante para abraçar Harry e eu juntos, na verdade sempre coube Harry, Gemma e eu em seus braços, mas Gemma não está aqui.
Ela levou Harry para a cozinha e eu me sentei ao lado do meu pai no sofá, ele me abraçou brevemente e a tensão se instalou entre nós, ele sabe por que estou aqui, ele tem que começar a falar.

— Ainda não acredito que você dirigiu três horas e meia, só pra chegar até aqui, sabe quanta irresponsabilidade é dirigir durante a madrugada por algo tão insignificante? — falou rudemente.
— Insignificante? — perguntei, perdendo a calma, — Pai, minha vida pode ser insignificante para você, mas para mim não é, você por acaso se lembra de Niall Horan? — perguntei nervosa e ele franziu a testa.
— Me lembro dele sim — respondeu cauteloso.
— Ah, que ótimo — desdenhei. — Você se lembra dele, MAS EU NÃO — gritei, irritada. — Por que eu não me lembro dele, pai?
— Por que isso é tão importante? — perguntou calmo, ele balançou a cabeça sem me encarar e respirou fundo.
— Porque eu sei que o Niall foi importante para mim, mas eu não sei o porque, me diga, por favor — implorei mais calma.
— Você se lembra da sua mãe? — perguntou de repente.
— Não tenho como me lembrar, eu tinha um ano quando ela se foi — murmurei tristemente.
— É, exatamente, mas a chave de tudo o que você quer saber é Ela.
— O quê? Como assim?
— Sua mãe ficou comigo apenas um ano e onze meses, tempo o bastante para nos conhecermos e então sabermos que ela estava grávida, quando você completou um ano ela achou que eu seria capaz de cuidar sozinho de você, então ela foi embora — contou e senti seu pesar.
— Simplesmente se foi? — perguntei surpresa
— Sim, simplesmente se foi, um dia eu cheguei em casa e as malas dela estavam na porta, então eu falei: “Ei, o que é isso, Lerrie?”, ela sorriu melancolicamente, segurou a alça da mala e foi em direção à porta, então ela se virou para mim e disse: “Eu sei que você é capaz, então eu preciso ir.”, foi tudo o que ela me disse, em seguida desapareceu — papai suspirou e um sorriso lento e preguiçoso dançou em seus lábios, como se ele estivesse se lembrando dela. — Ela ficou tempo o bastante para me dizer o que eu precisava saber sobre ela e sobre você.
— Como assim sobre mim?
— Você é a filha dela, ela não era ‘normal’, então você herdou um pouco da anormalidade dela — falou e riu, como se tivesse acabado de contar uma piada que só ele entendia. — Ela parecia normal para mim, mas quando ela me contou eu quase pirei, é surreal demais.
— Vamos direto ao ponto, pai, por favor — pedi, não aguentando vê-lo se lembrar dela e falar coisas que só ele entende.
— Sua mãe era um anjo — falou e sorriu. — Literalmente — acrescentou ele, eu o encarei como se ele fosse louco.
— O que quer dizer com ‘anjo’ e ‘literalmente’? — perguntei assustada.
— Ela era, ou ainda é, o meu anjo da guarda, eu não sabia quando a conheci, mas depois de um tempo ela me contou, na verdade ela me contou dois meses depois que descobriu que estava grávida, eu achava que ela estava ficando louca, então ela me provou que estava dizendo a verdade, eu a vi voar e a vi me proteger inúmeras vezes de coisas que poderiam ter me matado.
— Um anjo da guarda? Como assim, pai? — perguntei aturdida e ele riu.
— Eu também fiquei confuso, cinco meses antes de ela ir embora ela começou a me prevenir que você herdaria algumas coisas dela, coisas anormais, mas ela nunca me disse que coisas, quando você completou onze anos eu a vi de novo, ela apareceu no meu sonho, ela costumava fazer isso quando ainda estávamos juntos — ele sorriu melancólico, novamente se lembrando dela.
— O que ela disse? — perguntei, não aguentando o suspense.
— Ela me disse: “Robin, querido, você fez sua escolha, mas a sua escolha irá fazer muito mal a Vee, então eu quero sua permissão para fazê-la esquecer de tudo que irá machucá-la, quando vocês saírem da Irlanda eu vou apagar parte de sua memória, apenas o bastante para que ela recomece a vida ao lado de você e de Anne, apenas o bastante para que ela não sofra mais.”, eu me lembro como se fosse ontem, ela estava linda, como antes, não havia envelhecido nada e continuava radiante e deslumbrante como antes, eu sabia que quando eu te contasse sobre a mudança você ficaria muito mal, então eu lhe dei a minha permissão, ela te fez esquecer tudo, menos que você tinha uma mãe e que sua mãe tinha ido embora, tive que ficar com você em Liverpool por alguns meses, para te dizer coisas o bastante para você não ficar assustada e nem desconcertada quando chegasse aqui em Manchester.

Fiquei quieta por um longo tempo, tentando assimilar tudo o que ele me disse, minha mãe é um anjo, isso é loucura demais, ela apagou minha memória, com que direito? Era a minha memória, ela não podia fazer isso.

— Eu quero minha memória de volta, eu quero saber da minha vida — guinchei irritada e papai riu.
— Eu achei que ia querer isso, mas eu não sei o que fazer, você é a filha dela, você é a herdeira dela, não eu — explicou calmamente.
— O que eu tenho que fazer? — choraminguei irritada e triste.
— Ela nunca me disse nada sobre isso, ela apenas fez e eu nunca mais a vi.
— Que droga, o que eu faço, pai? O Niall é importante pra mim, eu quero saber o que aconteceu, eu preciso, ele cobra isso tanto quanto eu me cobro.
— Ele pode te ajudar, afinal, ele viveu tudo com você, apesar de eu não aceitar, não é? — falou e sua voz soou tão paterna e protetora que eu senti uma imensa vontade de abraçá-lo, essa voz me lembra de quando eu lhe apresentei meu primeiro namorado.
— Você não gostava dele? — perguntei, me aconchegando no sofá.
— Ele era um bom garoto, comportado, estudioso, os pais dele eram meus amigos há anos, mas eu achava que você era muito nova pra ter um namoradinho, 11 anos, fala sério Vee, você era uma criança.
— Mesmo assim nós ficamos juntos? — perguntei esperançosa e papai balançou a cabeça positivamente.
— Vocês eram tão persistentes, sempre que alguém dava as costas vocês dois desapareciam —ele riu. — Niall era um bom garoto, mas eu não estava preparado para chamar alguém de genro, você era tão nova.
— Ela realmente apagou minha memória? — perguntei em descrença. — Ele era importante pra mim e ela simplesmente o apagou de mim?
— Não acho que ela tenha realmente apagado, sei lá, acho que ela somente bloqueou suas lembranças para que você pudesse ser feliz, afinal, você era tão apegada a ele e a família dele que quase me forçou a te deixar com eles quando anunciei que íamos nos mudar.
— Não acredito que você permitiu isso, eu quero vê-la, como faço para vê-la? — perguntei, me sentindo irritada de novo e, acima de tudo, violada.
— Eu não faço a mínima ideia, ela nunca mais me procurou desde então — respondeu indiferente. — Fala com ele, pede pra ele te ajudar a tentar se lembrar, sei lá, ele viveu com você e não eu, eu não sabia aonde vocês dois se metiam quando sumiam, eu nem ao menos sabia que estavam realmente juntos.

Levantei-me do sofá e segui para a cozinha, Harry e Anne estavam quietos, ambos com canecas de chá na mão, joguei a jaqueta de Harry para ele e o mesmo ergueu as sobrancelhas especulativamente.

— Estou pronta para ir — falei, tentando controlar meu aborrecimento.
— Não acha melhor passar à noite aqui, querida? — perguntou Anne preocupada.
— Não, desculpe Ann, realmente preciso ir — ela assentiu e Harry se levantou.
— Tchau, mamãe — falou e a beijou na bochecha.
— Tchau amor, tchau Vee — falou, enquanto me abraçava. — Mantenha a calma e se cuide.
— Tudo bem, obrigada, mãe — murmurei e ela abriu a boca, assustada por eu finalmente chamá-la assim.
— Ah, querida, eu te amo — falou, me abraçando mais forte.
— Eu também amo você, obrigada.

Harry estava sorridente quando voltamos para o carro, até eu estou, nunca chamei Anne de mãe e foi bom finalmente chamá-la assim, mas o aborrecimento de toda a descoberta me abateu.
Fizemos a viagem em silêncio, Harry não me perguntou o que aconteceu, mas ele percebeu que eu não estava bem, então ele apenas ligou o rádio e me deixou pensar.
Isso é tudo muito surreal, se minha mãe foi um anjo da guarda, ou ainda é, então o que eu herdei dela? O que eu tenho de anormal? Além da minha memória alterada acho que não tenho nada de anormal.
Errado. 
Uma voz doce e melodiosa disse em minha cabeça, mas não fui eu que pensei isso, então o que está acontecendo? Olhei para Harry, mas obviamente não foi ele que disse isso.
Diga o que quer saber e eu responderei
A voz disse novamente, eu estou ficando louca, é definitivo.
Fechei meus olhos com força e tentei não pensar nessa voz, é algo insano, eu estou ouvindo vozes, essa conversa não me fez bem, estou apenas cansada, são 3 horas da madrugada e eu só preciso dormir. 
Olhei de relance para Harry e ele sorriu, mas não me olhou.

— Vamos chegar logo, então você vai poder dormir e colocar seus pensamentos em ordem, espero que não tenha descoberto algo chocante demais — murmurou, focado na estrada.
— Chocante é pouco para nomear o que eu descobri — sussurrei, mais para mim do que para ele.
— Quer me contar? — perguntou docemente.
— Preciso entender primeiro, depois te conto, prometo.
— Tudo bem, concordo com você, sei que você vai encontrar um jeito. Acho que o Niall é importante pra você, assim como é evidente que você é pra ele.
— Eu não sei, também sinto que ele é muito importante para mim, mas não sei o porquê.
— Você vai descobrir, eu sei que vai.

O silêncio reinou entre nós dois e eu tentei me manter acordada durante toda a viagem, para Harry não correr o risco de cochilar também, meu pai sempre me falou que dirigir à noite é perigoso pelo fato dos cochilos, então eu fico acordada sempre que posso.
Mas depois de trinta minutos eu acabei cochilando, quando acordei Harry estava me pegando nos braços, olhei em volta e reconheci o terreno de sua casa, voltei a repousar minha cabeça em seu ombro e dormi novamente.

|☼|☼|☼|

Acordei 1 hora da tarde, dormi bastante, levando em consideração que fui dormir lá pelas 5 ou 6 horas da manhã, não me lembro, só me lembro de Harry me trazer no colo até o quarto, então eu apaguei de vez.
Me arrumei, a fim de andar pela casa e encontrar Niall para conversar com ele, mas não o encontrei em canto algum, quando cheguei na cozinha Gemma estava terminando de almoçar.
Gemma largou os talheres e me olhou assustada, há algo errado.

— O que foi? — perguntei preocupada.
— Você está... Radiante, o que aconteceu? Pensei que estaria detonada — murmurou, me encarando fixamente.
— Não, estou bem, só preciso ver o Niall, aonde encontro ele? — perguntei ansiosa e ela enrugou a testa.
— Ele foi pra gravadora com o Harry...
— Ótimo, me leve até lá — ordenei, a interrompendo.
— Mas...
— Agora, Gem, por favor — pedi manhosa e ela bufou ao se levantar.
— Você vai ficar me devendo essa.

Gemma finalmente estacionara o carro em frente a gravadora Syco, depois de longos 10 minutos, ela saiu do carro e me seguiu quando entrei na gravadora, ela apontou para o elevador e eu corri até o mesmo antes que ele fechasse, ela entrou logo em seguida e apertou o botão de número 10.
Esperei impaciente enquanto o elevador subia lentamente, parando repetidas vezes para acolher mais pessoas de terno e gravata, Gemma colocou uma mão no meu ombro e isso indicava para eu me acalmar, está tão na cara assim?
Finalmente o décimo andar chegou e Gemma me puxou para fora do elevador, caminhamos pelo corredor e Gemma parou em frente à uma porta e girou a maçaneta, entrei na sala e logo vi Louis e Zayn rindo em um canto, Liam estava sentado atrás de uma bateria, Harry estava brincando com uma guitarra e Niall estava sentado no sofá, afinando um violão, Amy estava ao lado dele, senti toda minha ansiedade se esvair ao vê-la ali com ele.

— Vou embora — murmurei, ameaçando dar meia volta, mas Gemma me empurrou para entrar de novo.
— Vou distraí-la, agora vá lá e fale com ele — ordenou autoritária.
— Vee, Gem, o que fazem aqui? — perguntou Harry, vindo ao nosso encontro.
— Eu precisava falar com a Amy, imaginei que ela estaria aqui, e a Vee queria falar com o... O Zayn — falou indecisa.
— Comigo? — perguntou Zayn surpreso.
— O que houve, Gem? — perguntou Amy docemente.
— Preciso ir ao shopping... Ah, compras, que acha de ir comigo?
— Claro, preciso mesmo ir, nos vemos depois, amor — Amy se inclinou e beijou Niall nos lábios, revirei meus olhos em reprovação e me recompus antes que ela visse.
— Até mais, gente — se despediu Gemma. — Acabe logo com isso — sussurrou para mim.
— O que quer com o Zayn? — perguntou Harry.
— Ela não quer falar comigo, idiota, vamos nessa — Zayn empurrou Harry para à saída e ao passar por mim ele beijou minha bochecha.
— Até mais — murmurou Liam, seguindo os dois.
— Cuide dele, ele não deu um único sorriso a manhã inteira e eu usei todas as armas que tinha — sussurrou Louis, antes de beijar minha testa e correr atrás dos rapazes.

Louis fechou a porta ao passar, Niall continuou afinando o violão, como se nem tivesse me notado, me aproximei lentamente e me sentei ao lado dele no sofá, ele continuou fingindo não me notar.

— Me desculpe — murmurei, segurando seus dedos, que seguravam as cordas do violão.
— Pelo o quê? — perguntou e finalmente me olhou.
— Eu não queria me esquecer, meu pai não me disse muita coisa, mas o que ele me disse só comprova que eu não queria isso, você era importante para mim — murmurei apelativa e ele apertou os lábios em uma linha fina.
— Por que se esqueceu, então?
— Você não acreditaria em nada do que ele me disse, nem eu mesma acreditei, mas eu preciso descobrir mais coisas antes de te contar, preciso ter certeza absoluta do que aconteceu.
— Conte-me, não importa o quão absurdo seja, eu quero saber à verdade.
— Meu pai me disse que eu tenho um bloqueio em minha mente, algo está bloqueando meus onze anos de memória, ele disse que isso era para não me deixar sofrer por me mudar para Londres, disse que era para o meu bem — resumi o máximo que pude da verdadeira história, soou um tanto ridículo, mas é no que posso pensar por enquanto.
— Um bloqueio? Isso não faz sentido — sussurrou incrédulo.
— Eu sei, mas foi o que ele me disse — suspirei. — Eu preciso da sua ajuda, Niall, você viveu comigo a maior parte desse tempo e eu preciso que me ajude — implorei e ele me encarou indiferente.
— Não, eu não vou fazer isso — sussurrou, voltando a olhar para o violão.
— Por quê? Niall, por favor, você é... É minha única esperança, por favor — pedi desolada e ele riu, mas seu riso não possuía graça, era mais um riso desdenhoso.
— Você não entende, eu acho que se você não se lembra, então é porque não é para ser, não está no nosso destino ficarmos juntos — murmurou dolorosamente.
— Niall, eu quero me lembrar, é da minha vida que estamos falando, você é o único que pode me ajudar, não estou te pedindo em casamento ou algo assim, só estou pedindo para que você me ajude, por favor — implorei novamente e ele suspirou.
— Eu sofri tanto, Vee, foi horrível para mim, eu não quero reviver tudo isso, eu finalmente segui em frente e eu sei que se eu aceitar tudo que eu fiz será em vão, eu gosto da Amy, ela é uma garota legal e eu sofri muito até encontrar alguém que lacrasse a droga do buraco que você deixou no meu peito, se eu aceitar te ajudar eu vou magoá-la, porque eu ainda te amo, é obvio isso, eu não quero magoar ela — falou desolado e minha boca de abriu em descrença.
— Por favor — foi tudo o que eu consegui dizer.




Heeeeeyyyyyy girls!!!
Vocês ouviram Fireproof??
Segura o forninho Geovana, porque essa música é lacradora!!!!!!!!
Quase pirei quando escutei, se só essa música é perfeita assim imagine o álbum inteiro.
Four vai ser foda!!!!!!
kkkkkk Bom, em homenagem comecei o cap. de hoje com a tradução dessa perfeição de música, é a parte que mais me tocou, porque eles, definitivamente, me salvaram e me identifico com essa parte da música.
Bjos girls, amo vocês demaaaaaais, comentem, pleaseee <3


8 comentários:

Sou como uma escritora, lanço o livro para ser comprado;
Vocês são os compradores e os comentários o pagamento u.u
Faço isso de coração e amo, mas preciso do seu comentário <3

Por: Milinha Malik. Tecnologia do Blogger.

Um Amor Real

Sinopse
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