terça-feira, 26 de agosto de 2014

"Eu vou te levar onde você quer ir
Te pegar se você cair aos pedaços
Me deixe ser aquele que vai salvar você
Quebre os planos que tínhamos antes
Vamos ser imprevisíveis..."
- Unpredictable (5 Seconds Of Summer)




— Evie Grey, não se atreva a tocar em suas coisas — berrou Robin, me seguindo escada à cima até o meu quarto.
— Eu. Vou. Morar. Com. O. Harry — falei pausadamente, enquanto me escondia no refúgio de meu quarto.
— Não, eu disse não, não é porque você completou 18 anos que pode sair de casa e fazer o que bem entender da sua vida. EU AINDA SOU SEU PAI — gritou desesperado e Anne colocou a cabeça dentro do meu quarto, um sorriso divertido dançava em seus lábios.
— Ah, qual é, Rob? Vee já sabe o que faz, não é mais uma criancinha, acho que não tem nada de mau ela ir passar uns tempos com o Harry, conhecer um pouco da vida dele, fazer novos amigos, vai ser bom pra ele — tentou Anne, mas não conseguiu mudar a opinião dele.
— Eu não vou lançar minha filha sozinha nesse mundo louco, não quando eu sei que o Harry é tão irresponsável quanto ela — falou, vermelho de raiva, enquanto eu jogava minhas roupas dentro da mala grande em cima da minha cama.
— Robin, não seja tão cabeça dura, Harry não é irresponsável, Gemma está morando com ele há quase um ano, não vejo motivos para recusar esse privilégio à Vee.
— Mas eu vejo, ela não vai e pronto — berrou papai, decidido.
— Desculpe pai, mas o Harry chega em 10 minutos, se importa de me ajudar, Anne? — perguntei docemente e ela sorriu, se aproximando.
— Robin, você vai ajudar ou só vai ficar bufando? — provocou ela.
— Desde quando a minha opinião se tornou desnecessária e descartável nessa casa? Estou falando com as paredes ou com os cachorros do vizinho? — perguntou papai, completamente aborrecido.
— Eu já tomei minha decisão, respeito sua opinião sobre isso, pai, mas eu definitivamente vou morar com o Harry, ele é meu irmão, não é mesmo? O que tem de mais nisso?
— Ele mora em Londres — gritou nervoso e Anne riu novamente.
— Como se fosse do outro lado do mundo, é só uns 340 quilômetros daqui, fala sério Robin, deixe-a ir, ela precisa respirar novos ares — falou Anne, dobrando algumas peças de roupa.
— E, sem ofensas, Manchester não vai me ajudar, a cidade é ótima, muito boa, mas o que são 3 horas e meia de carro? Você pode me visitar todos os dias se quiser — falei, guardando meus itens pessoais na mala.
— Não tem jeito? — perguntou se rendendo, Anne e eu balançamos a cabeça negativamente, ele reprimiu uma risada e se sentou na ponta da minha cama. — Tudo bem, quero que me ligue assim que chegar lá.
— Pode deixar, farei isso, papai.

Robin e Anne me ajudaram a terminar minha mala e quando acabamos meu guarda-roupas estava completamente vazio, tive tempo de tomar um banho, vestir algo descente e enfiar a roupa suja em um canto separado da mala, então a buzina da Ferrari preta de Harry Styles tocou alto o suficiente para me fazer prender o cabelo mais rapidamente.
Desci as escadas correndo e minha mala já estava ao lado da porta, Harry entrou em casa e me olhou dos pés a cabeça, dei uma voltinha fazendo-o ver o que estava escrito em minha jaqueta varsity e ele riu.

— Deixe-me adivinhar: camiseta do Ramones, que eu te dei, jaqueta com o meu nome e um abraço super apertado, se eu não te conhecesse muito bem eu diria que você está tentando se redimir por me fazer dirigir 7 horas por você — falou Harry, sorrindo largamente.
— Primeiro, você só dirigiu 3 horas e meia, você ainda tem mais 3 horas e meia pela frente; e segundo, eu ainda estou devendo o abraço — murmurei esticando os meus braços e ele me apertou com sua força brutal, me levantando do chão.
— Ótimo, cadê o Rob e a minha mãe? Temos que voltar logo se quisermos chegar antes das seis, vamos falar com eles — ordenou, passando o braço pelos meus ombros e me guiando para a cozinha.

Na cozinha Harry abraçou Anne e meu pai, em seguida eu me despedi deles, prometendo visitá-los o quanto antes, sei que meu pai não é um grande fã dessa mudança, mas ele vai superar.
Segui Harry novamente e ele guardou minha mala no bagageiro de sua linda Ferrari, uma vez ele me deixou dirigir, quase matei a nós dois, mas foi incrível.
Harry deu a volta no carro e entrou pela porta do motorista, acenei uma última vez para papai e Anne e entrei no carro, coloquei o cinto de segurança e Harry acelerou, ele buzinou e logo não pude mais ver minha casa.
Enquanto Harry dirigia escutando o cd do Panic! At The Disco — que eu amo mais que ele e já implorei para ele me dar esse cd umas mil vezes, mas ele nunca me dá —, eu o olhei atentamente e me lembrei da nossa trajetória de 7 anos até agora, faz tempo que nos conhecemos, 7 anos para ser mais exata.
Girei meu corpo e me encostei na porta para poder ter uma visão privilegiada dele, ele olhou de relance para mim e sorriu, suas lindas covinhas apareceram.
Harry tinha 12 anos quando eu me mudei para Londres, ele era só um ano mais velho que eu, Gemma tinha 16 anos, agora ela está com 24, Harry 19 e eu 18; ela e Harry eram muito unidos e a minha chegada desestabilizou um pouco, já que tiveram que incluir uma nova irmã à vida deles, graças a Deus nos demos muito bem logo de cara.
Aos 15 anos Harry se inscreveu em um programa de talentos, chama-se The X-Factor, ele entrou em uma banda para continuar no programa e acompanhamos eles até o final e a banda ficou em terceiro lugar, mas eu não fazia questão de conhecer a banda, só estava lá pelo meu irmão, ainda penso assim até hoje, já se passaram 4 anos desde que a banda foi formada e eu ainda não conheci nenhum deles, Gemma, por outro lado, adora eles.
Então acho que agora é a minha deixa para conhecê-los, não tenho escapatória e Harry sempre me cobrou por não aceitar sair com ele e os outros 4 rapazes.

— No que está pensando? — perguntou Harry, me lançando vários olhares rápidos e se concentrando na estrada.
— Se você por acaso me deixaria dirigir — menti e ele riu.
— Quero chegar vivo em casa, às 7 temos de nos encontrar com os rapazes, em uma pizzaria perto de casa — explicou e trocou a música no rádio.
— Temos? Eu também? — perguntei manhosa e ele riu novamente.
— Claro que sim, marquei isso justamente para você conhecê-los, você vai nem que eu te arraste — falou autoritário e eu ri.
— Pelo menos a Gem vai?
— Não, ela vai sair com o namorado — resmungou e fez uma careta de desaprovação.
— Então só será eu e 5 marmanjos? — perguntei incrédula e ele assentiu.
— Não se preocupe, sou seu irmão mais velho, vou te proteger — brincou e eu mostrei minha língua para ele.
— Você só é mais velho por 1 ano.
— Ainda assim sou mais velho — gabou-se.
— Idiota — murmurei.

Às 3 horas seguintes eu tentei convencer Harry a me deixar dirigir, mas não obtive sucesso, já que estávamos quase atrasados para encontrar os amigos dele, Harry não parou em casa, como eu pensava, fomos direto para a tal pizzaria, onde os rapazes nos esperavam.
Harry saiu do carro e eu o acompanhei, ele entregou a chave para o manobrista e esticou a mão para mim, segurei firme em sua mão e ele me guiou para dentro da pizzaria, passei a mão pelos cabelos e os soltei do rabo-de-cavalo, foi bom ter prendido, já que o conversível de Harry me faria parecer um leão.
Nos aproximamos de uma mesa rodeada por rapazes e com duas cadeiras vagas, Harry cumprimentou os rapazes e puxou a cadeira para que eu pudesse me sentar, ele se sentou ao meu lado e os rapazes esperaram que ele me apresenta-se.

— Gente, essa é minha irmãzinha mais nova...
— Por 1 ano — interrompi e ele riu.
— Evie, mas chamem ela de Vee, ela odeia Evie — explicou aos rapazes, que me olhavam sorridentes.
— Muito prazer Vee, sou Liam, esses são Louis, Zayn e Niall — falou o rapaz ao meu lado, apontando para cada um deles, forcei um sorriso simpático e os cumprimentei.
— Seja bem-vinda à Londres, você vai gostar daqui — falou Zayn.
— Obrigada, espero que sim — concordei timidamente.
— Já pediram? — perguntou Harry, enquanto tirava a jaqueta.
— Já, duas pizzas, uma Portuguesa e uma meio a meio, de Chocolate e Mussarela — respondeu Louis, lendo o menu.
— Pedimos cerveja, você bebe, Vee? — perguntou Liam.
— Sim, eu bebo.
— Mas não devia, acabou de completar 18? — perguntou Louis.
— Bebo desde os 16, culpe o Harry — falei indiferente e apontei para Harry.
— Induzindo a menina para o mau caminho, que feio, Harold — resmungou Zayn, fazendo careta.
— A decisão de continuar foi dela, apenas pedi pra ela experimentar — defendeu-se, dando de ombros.
— Com licença, eu vou ao banheiro — interrompi e me levantei.

Dei as costas para a mesa e procurei o banheiro, enquanto caminhava me perguntei por que o rapaz loiro não falava, será se ele é mudo? Não pode ser, afinal, ele canta na banda.
Estava tão distraída com o rapaz que nem notei que havia esbarrado em um cara, só notei quando senti suas mãos segurando minha cintura, mãos fortes e másculas, peito forte e ombros largos, seus cabelos tinham um tom meio castanho alourado, olhei para ele assustada e ele me colocou de pé.

— Desculpe — murmurei, ainda assustada e ele sorriu.
— Não tem problema.
— Obrigada por... Ah... Não me deixar cair — agradeci, envergonhada.
— Eu seria um completo idiota se permitisse isso — respondeu, com um sorriso sedutor dançando em seus lábios. — Sou Ansel.
— Sou Vee, prazer em te conhecer.
— Digo o mesmo.

Ele me lançou um último sorriso estonteante antes de sair andando, segui meu caminho para o banheiro feminino e me encarei no espelho, nem me lembro mais o que vim fazer aqui, lavei minhas mãos e tentei moldar meu cabelo, depois voltei até a mesa e olhei em volta, Ansel estava há duas mesas de distância, sentado com alguns amigos, ele sorriu pra mim e me deu um breve aceno com a mão, sorri e me virei para Harry, que estava olhando na mesma direção que eu.

— Quem é? — perguntou, de repente interessado.
— Acho que o nome dele é Ansel, não sei — dei de ombros indiferente, e peguei um pedaço da pizza, que já havia chegado.
— Conhece ele de algum lugar? — perguntou Zayn.
— Acabei de encontrá-lo a caminho do banheiro — expliquei e mordi minha fatia.
— Então você não o conhece — disse Harry.
— Conheço, ele me disse o nome dele e eu disse o meu, nos conhecemos agora — afirmei e peguei minha garrafa de cerveja.
— Ela não deixa de estar certa — murmurou Liam.
— E você? Não fala? — perguntei, ao notar o rapaz loiro me olhando.
— Falo, claro — respondeu indiferente.
— Isso é estranho, Niall não costuma ser tão quieto — observou Louis, pensativo.
— Só estou pensando, okay? Nada demais.
— Pensando em quê? — murmurei, me inclinando sobre a mesa para me aproximar dele.
— Pensando em muitas coisas — respondeu também se inclinando e quase encostando minha testa na dele. — Você não faz ideia.
— Diga uma delas — sussurrei, como se estivesse compartilhando um segredo somente para ele.
— Não posso dizer, só mostrar — falou misterioso, me fazendo rir.
— Mostre-me então.

Eu não liguei para os rapazes assistindo nossa conversa, eu só queria saber o motivo desse rapaz estar me olhando tão pensativo, quero saber o que ele sabe e eu não sei, o que ele pensa de mim.
Niall abriu um sorriso angelical e segurou minha nuca me puxando para beijá-lo, tudo aconteceu tão rápido que quando dei por mim meus lábios já estavam grudados nos de Niall.



Mas o beijo não durou muito, pois ao notar o que estava acontecendo Harry simplesmente agarrou o pescoço de Niall e o puxou de volta para se sentar na cadeira, olhei para Niall, embasbacada, isso sim é que é um cara de atitude.
Harry cruzou os braços e mandou um olhar glacial para Niall, que simplesmente levantou os ombros e mordeu um pedaço de sua fatia de pizza.

— O quê? Ela cedeu — falou Niall.
— Não tenho culpa, ele me pegou desprevenida — defendi-me, quando o olhar do Harry me encontrou.
— Dois idiotas, vocês dois — falou Harry, irritado.
— Só porque eu beijei sua irmã? Fala sério, Harry — desdenhou Niall. — De qualquer forma, ela não se lembra — ele deu de ombros novamente.
— Não me lembro do quê? — perguntei interessada, ele olhou para mim, sorriu e voltou sua atenção para a fatia de pizza. — Me diga, Niall — exigi, ficando impaciente, ele apenas riu para mim, ou de mim, não sei ao certo.



— Talvez um dia... — falou, novamente misterioso. Eu o odeio.
— Estou começando a te odiar — murmurei, lhe lançando um olhar raivoso.
— Também te amo — brincou, piscou e mandou um beijo para mim, revirei meus olhos em resposta.



— Uau!! Niall não é assim todos os dia. Bebeu antes de sair de casa, Nialler? — perguntou Zayn, lhe dando tapinhas nas costas.
— Talvez... — respondeu fazendo uma careta.
— Quantas? — perguntou Liam.
— Umas 3 ou 5... Por ai — resmungou e pegou sua garrafa de cerveja.
— Por que bebeu antes de conhecer minha irmã? — perguntou Harry, escondendo um sorriso. — Te pedi para ser normal e não bêbado.





Hello girls, tudo bem?
Eu estou péssima, não consegui nem ao menos 5 comentários,
o que tá havendo?
Dessei jeito fica difícil postar cedo.
Vamos tentar d enovo?
Mais de 5 coments.??
Okay, amo vcs, divas <3


8 comentários:

Sou como uma escritora, lanço o livro para ser comprado;
Vocês são os compradores e os comentários o pagamento u.u
Faço isso de coração e amo, mas preciso do seu comentário <3

Por: Milinha Malik. Tecnologia do Blogger.

Um Amor Real

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