sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

"Aquele tempo ficou pra trás
Se eu nunca fui feliz ali
Resolvi pensar em nós
Vou te levar daqui..."
- Te Levar (Charlie Brown Jr.)



— Tenho que voltar para a casa dele em dois dias — sussurrei tristemente, ele se afastou para me olhar nos olhos.
— Por quê? — perguntou indignado.

Cerrei os dentes ao me lembrar das palavras de Justin: "Ou você volta para mim, ou seu queridinho já era.", não consegui responder à pergunta do Louis, então fechei meus olhos e balancei a cabeça.

— Fale comigo, por favor, Anna, me diga o que está acontecendo — pediu ele, respirando fundo para se acalmar.
— Eu não posso — lamentei, sentindo meus olhos se umedecerem novamente.
— Você pode confiar em mim, sabe disso, por favor — pediu novamente, levando à mão até meu rosto e acariciando-me.

Estiquei minha mão e toquei seus lábios, ele fechou os olhos e eu me inclinei para beijá-lo, ele segurou meu rosto com ambas as mãos e aprofundou o beijo, senti como se fosse uma despedida, porque era uma despedida!


— Eu amo você, Louis, apenas lembre-se disso — pedi docemente, ele assentiu levemente com a cabeça e se afastou.

Louis abriu a porta e, antes de sair, ele olhou para mim, fechou os olhos e falou alto o suficiente para que eu pudesse ouvir:

— Eu amo você, Anna, mesmo que esteja me deixando por ele.

Louis saiu e fechou a porta atrás de si, deixei meu corpo cair na cama e escondi meu rosto no travesseiro, gritei novamente, mais forte e mais alto que na última vez, talvez porque agora seja real, eu o deixei. Ah, merda, eu o deixei!
Não demorou para que Sara entrasse no meu quarto e se deitasse ao meu lado, puxando-me para seus braços e me consolando.



Deixei que ela cuidasse de mim, acariciasse meus cabelos e beijasse minha testa, dizendo que tudo ficaria bem. Deixei que ela me iludisse enquanto todo o meu mundo desmoronava, enquanto Louis ia embora, e logo eu voltaria para a casa do Justin, pelo menos o Harry estará lá, eu não ficarei sozinha.
Com meus pensamentos dispersos eu adormeci gradativamente...

****


Acordei com um sobressalto, no meu sonho eu sentia estar sendo vigiada e ao acordar entendi o motivo, Justin estava sentado na ponta da cama, olhando-me calmamente, ele abriu um sorriso tímido e inclinou a cabeça para o lado.

— Bom dia, querida — murmurou docemente.
— O que você quer? — vociferei mal-humorada, ele passou a mão pelo o cabelo e encarou-me travesso.



— Pronta para ir? — perguntou tentando conter a animação, revirei os olhos e puxei o cobertor até a cabeça, evitando olhá-lo.
— Eu pensei que tivesse dois dias — murmurei exasperada, ele riu.
— Já se passou um, não quero esperar até amanhã.

Tomei um susto ao ouvi-lo falar que já se passara um dia desde que ele estivera ali, tirei o cobertor da cabeça e peguei meu celular na cômoda. Ah, meu Deus! Eu dormi 18 horas direto. Meu trabalho!
Saltei da cama e corri até o banheiro, escutei a doce risada de Justin e por um momento esqueci da ameaça dele, lembrei-me de quando ainda estávamos juntos e do seu humor infantil e adorável pela manhã, quando acordávamos e ele me fazia rir.
Quando saí do banheiro, já de banho tomado e vestida, encontrei Jus no quarto, ele estava concentrado em fazer girar uma bola de basquete — que estava escondida embaixo da minha cama — no dedo, ele parecia bem entretido com aquilo.



— Ei, me dá uma carona até o trabalho? Estou quase atrasada — murmurei pegando minha bolsa e o celular.
— Pensei que iríamos para casa — murmurou jogando a bola embaixo da cama novamente.
— Preciso trabalhar, podemos pegar minhas coisas depois que eu sair do trabalho — falei impaciente, ele concordou.
— Tudo bem, vamos lá, então.

Jus abriu a porta e segurou-a para que eu pudesse sair, ignorei seu cavalheirismo habitual, pois estou muito brava com ele, segui direto para a sala, não havia ninguém lá.
Segui Justin até o estacionamento do prédio, onde encontramos o seu Maseratti branco, ele tem tantos carros, até desisti de contar quantos.
Ele deu partida no carro e em menos de dois segundos estávamos na rua, a caminho da cafeteria, o carro era tão potente que, quando Justin pisou no acelerador, eu fui comprimida contra o banco, virei a cabeça para ver Jus e revirei os olhos em reprovação.

— Estou puta da vida com você — falei, ele assentiu e franziu a testa.
— Eu sei, desculpe, mas sinto tanto a sua falta, nunca senti isso antes, é assustador para mim — murmurou ele, concentrado na estrada.
— Por que só agora? Por que só oito meses depois? — perguntei indignada.
— Tentei viver sem você, a Soraia serviu de consolo por um tempo, mas ela foi embora e foi quando tudo desandou, passei a ver você pelos corredores da casa, na biblioteca, lendo; na cozinha, com a Gail; no piano, com o Harry. Eu estava enlouquecendo — explicou calmamente.
— Então resolveu me ameaçar? Boa estratégia, Jus. Como se sente sabendo que amo outro, mas estou sendo coagida a viver com você? Isso é ridículo — falei exasperada, ele riu.
— Só quero você pra mim, foda-se o mundo, foda-se aquele ladrão, babaca, do Harper — irritou-se Justin.

Justin parou o carro em frente a cafeteria, saí do carro bravíssima e bati a porta com força, ouvi o gemido de desgosto do Justin, e segui pisando duro para dentro da cafeteria.
Vi, através da janela, que Justin estava balançando a cabeça exasperado, ele sabe como estou brava, sabe que não vai ser fácil, ou até mesmo possível, me fazer viver em harmonia com ele.
Acenei com a cabeça para alguns clientes que já estavam ali e percebi que Ethan não estava na mesa de costume, o que era incomum, atravessei o balcão e encontrei Dane, ele sorriu, mas sua expressão endureceu ao perceber o quanto eu estava nervosa.

— O que aconteceu, docinho? — perguntou preocupado.
— O seu cunhado, ele me tira do sério — resmunguei indo para os fundos da loja.
— O que ele te fez? — perguntou seguindo-me.
— Longa história, não posso falar sobre isso, mas saiba que vai passar a me ver todos os dias na casa do seu namorado — falei guardando minhas coisas e vestindo o avental preto.
— Você vai voltar pra casa do Harry? Voltou com o Justin? Terminou com o Louis? O que está acontecendo, mulher? — exasperou-se ele.
— Estou voltando a morar com o Jus, mas isso não significa que voltamos, eu o odeio mais que tudo agora. Basta você saber disso e ir me visitar todos os dias, tudo bem? — implorei, ele riu.
— Tudo bem, eu vou! Mas você não vai sair da cafeteria, vai? — perguntou temeroso.
— Nem por todo o chá da China! — neguei veemente, ele riu.
— Tudo bem, vamos lá, vou passar o dia com você aqui.

Dane e eu voltamos para o balcão e começamos o nosso trabalho, hoje será agitado, principalmente por ser um dia frio.
A manhã passou voando, o mais estranho de tudo foi que Ethan não apareceu, Dane e eu ficamos preocupados durante todo o tempo. Quando deu onze e meia o Maseratti branco de Justin parou em frente à loja, pude ver pelo vidro da porta. Despedi-me de Dane e corri para encontrar o Justin.
Abri a porta do passageiro e me sentei ao lado dele, que sorriu largamente e se inclinou em minha direção, antes que ele pudesse me beijar nos lábios eu virei o rosto e ele beijou minha bochecha.

— Como foi sua manhã? — perguntou, tentando não demonstrar seu desapontamento.
— Boa e a sua? — perguntei indiferente, ocupada em colocar o cinto de segurança.
— Produtiva, vamos buscar suas coisas?
 — Tenho escolha? — perguntei petulante, ele sorriu friamente e ligou o carro.

Levamos menos de oito minutos até o meu prédio, oito minutos de um silêncio tenso e embaraçoso, Jus tamborilava os dedos no volante e esse era o único barulho dentro do carro.
Saí do carro o mais rápido possível e segui para dentro do prédio sem esperar por Jus, mas em menos de dois segundos ele estava ao meu lado, girando as chaves do carro no dedo.
Entrei em casa como um furacão, as meninas estavam sozinhas limpando a sala e pularam de susto quando entrei, elas encararam-me confusas e logo compreenderam meu ataque quando Justin entrou atrás de mim.

— Vou arrumar minhas coisas — resmunguei seguindo para o meu quarto, Lia tentou argumentar, mas levantei a mão, pedindo-a para não fazer isso.
— Meninas — cumprimentou Justin, as garotas torceram o nariz, mas o cumprimentaram mesmo assim.

Justin me seguiu até o meu quarto, joguei minha bolsa na poltrona e puxei minha mala roxa e grande de debaixo da cama, coloquei-a aberta sobre a cama e comecei a enfiar minhas coisas dentro dela.
Justin sentou-se na poltrona e ficou me observando durante todo o tempo que levei para arrumar minhas coisas, quando enfiei o último par de sapato dentro da minha mala a minha raiva já tinha se dissipado um pouco.
Justin se prontificou para me ajudar a fechar a mala, então puxou-a pelo corredor enquanto eu despedia-me do meu quarto, peguei um porta-retratos com uma foto minha e do Louis e a guardei em minha bolsa, então segui atrás de Jus.
Na sala, Sara estava em pé com as mãos no quadril, como se estivesse dando um sermão em alguém, Lia estava sentada, encarando minha mala como se ainda não acreditasse que eu realmente iria embora, ela se levantou quando me viu e veio me abraçar.

— Não vá — pediu ela tristonha.



— Ah, querida, desculpe — sussurrei a abraçando. — Vá me visitar, por favor. Se não na casa dele, vá na cafeteria — pedi e ela assentiu.
— Tudo bem, eu vou! — concordou veemente.
— Fique bem, me ligue se precisar, Lia e eu vamos te ver o quanto antes — falou Sara, me envolvendo nos braços e beijando meus cabelos, foi fácil, já que ela é mais alta que eu.
— Tudo bem, por favor, vá mesmo — pedi desolada, ela me abraçou mais forte.
— Justin, eu mato você se maltratá-la, sabe disso, não é? — ameaçou Sara, Jus sorriu.



— Você me conhece, Sara, nunca maltrataria ela — garantiu Justin.
— Ótimo, vamos visitá-la o quanto antes, esteja ciente disso — falou Lia, olhando ameaçadoramente para Jus, ele não se abalou, apenas assentiu.
— Serão bem-vindas — disse simplesmente.

Justin mexeu na alça da mala, impaciente, dei um último abraço nas garotas e pedi-as para se despedirem dos rapazes por mim.
Segui Justin até o estacionamento, aguardei enquanto ele guardava minha mala no porta-malas do Maseratti e logo me acomodei no banco de passageiro, coloquei o cinto de segurança e encarei meus dedos.
Justin ocupou o lugar ao meu lado e, em silêncio, saiu do estacionamento, ele ligou o rádio e seguimos viagem até sua casa em silêncio.
Faltando poucas quadras para chegar ao prédio de Justin, meu celular vibrou, anunciando a chegada de um e-mail, conferi o remetente e olhei se soslaio para Jus, que estava distraído com o trânsito, abri o e-mail e tive de usar todo meu auto-controle para não começar a chorar.



Olá garotas,
Tudo bem? 
Espero que sim.
Eu realmente quero agradecer pelos coments, vcs compensaram, com certeza =D
Agora:
Natalia Ribas: Também sou apaixonada pelos livros da Gaile Forman, ela escreve muito bem, sem falar que o Adam é um sonho kkkkk
Pra quem gosta de ler livros, eu super indico Belo Desastre, da Jamie McGuire, além desse livro tem mais dois: Desastre Iminente e Belo Casamento; ambos contam a história de Abby Abernathy e Travis Maddox. Aí, agora ela começou uma nova série: Irmãos Maddox, que conta sobre os amores dos irmãos do Travis, o primeiro livro é Bela Distração e é um sonho, vocês precisam ler kkk
Comentem pra mim divas.
Amo vcs <3


2 comentários:

Sou como uma escritora, lanço o livro para ser comprado;
Vocês são os compradores e os comentários o pagamento u.u
Faço isso de coração e amo, mas preciso do seu comentário <3

Por: Milinha Malik. Tecnologia do Blogger.

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