quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

"Se você soubesse a falta que me faz
Abrir os olhos, te ver e nada mais.
Se eu errei, me diz porquê
Se todos pensamentos
Me levam a você..."
- Antes Que O Dia Acabe (Fly)



— Não se preocupe, não é nada sobre o rapaz — tranquilizou-me Justin, suspirei aliviado em resposta. — Temos uma reunião na quarta-feira com Louis e Liam Harper e mais um sócio de Liverpool — anunciou ele exasperado.
— Tudo bem, estou livre na quarta. Hum, era só isso? — perguntei, Jus suspirou e percebi que havia algo errado. — O que houve, mano?
— Ela não é a Anna — lamentou ele, senti pena por ele estar sentindo falta dela. — Não sei o que estou fazendo, talvez... Talvez apenas...
— Tentando preencher o vazio que fica sem ela, estou certo? — completei, ele assentiu tristonho.
— Não sei o que fazer, vou ter que encarar aquele babaca na quarta, e todos as benditas células do meu corpo ainda gritam pela a Anna, simplesmente não aceito que ela tenha ido embora — resmungou ele, passando as mãos pelo rosto e cabelo repetidas vezes.
— Não sei o que te dizer, irmão, apenas que... Você tem que tentar entender, ela está feliz, tente pensar por esse lado — murmurei solidário.
— ELE DEVERIA ESTAR FELIZ COMIGO, PORRA  — explodiu ele, furioso e inconformado. — Somente comigo — reforçou mais calmo.
— Esse é o seu problema, Justin, você é egoísta demais, não sabe amar alguém. Você queria ela para se distrair, para levá-la por aí com você e se vangloriar por ser o bendito sortudo que estava com a garota mais bela de qualquer festa, ela dizia isso e você não ouvia, entenda isso agora: Ela não é um troféu, irmão — falei irritado, Justin pareceu chocado por um momento, mas então se recompôs.
— Está errado, Harry, eu a amava, por isso pretendia me casar com ela. Ver as cabeças se virando para olhá-la comigo era apenas um bônus, mas eu realmente a amo, e ver ela com ele é horrível, é... — ele ficou sem palavras, enrugou a testa como se sentisse dor e bufou. — Eu sou egoísta, sim, muito, pois quero ela comigo, não importa que seja feliz com outro, eu quero ela para mim — repetiu agoniado.
— Bem, mano, sinto dizer, mas isso não vai acontecer, entenda e aceite.

Retirei-me da sala antes que falasse alguma besteira, mas o que me assustou foi o "É o que veremos." que Justin disse antes que eu saísse, ele soou frio e calculista, como quando está prestes a derrubar algum negócio rival. Ele vai aprontar.




Esperei pacientemente até que Dane chegasse para ocupar meu lugar na cafeteria, então eu poderia ir embora e dormir bastante.
Ontem foi o aniversário de 8 meses de namoro meu e de Louis, ele estava radiante e planejou um romântico jantar para nós, fomos dormir muito tarde e por isso vim me arrastando para o trabalho hoje de manhã.
Quando Dane finalmente chegou, acompanhado de Harry, eu me despedi rapidamente de Ethan — que ainda trabalhava em seu livro —, dei um beijo no casal mais fofo do mundo e segui para pegar um ônibus para casa.
Em quinze minutos eu já estava entrando no apartamento e tendo como vista rotineira Niall e Liam com Lia e Sara. Cumprimentei eles e segui direto para o meu quarto, fui tão rápida que, grosseiramente, deixei Lia falando sozinha.
Ao entrar no meu quarto tive um enorme susto ao sentir o cheiro, um perfume forte e masculino que eu não sentia havia meses, olhei em volta e estremeci ao ver Justin ali, sentado na poltrona, sério e compenetrado, encarando-me distraído.

— Jus, oi — murmurei assustada, ele sorriu, mas seu sorriso era frio e forçado.
— Dianna, olá, acho que podemos conversar um pouquinho, não é? — falou seriamente, senti meu coro cabeludo pinicar em alerta, Jus não está normal.
— Jus? O que há? Você bebeu? — perguntei ao notar seus olhos levemente avermelhados e sua postura desajeitada, ele nunca é desleixado, menos quando está bêbado.
— Um pouquinho, tenho bebido um pouquinho ultimamente — confessou e abriu um sorriso embriagado.
— Eu sei, Harry me falou que você anda mal desde que Soraia se mudou, o que houve? Ela partiu seu coração? — desdenhei mesmo sabendo não ser uma boa ideia.
— Não seja ridícula — resmungou Jus, meio rindo e bufando. — A única que partiu meu coração foi você, ela era apenas uma distração.
— Ah tá, claro. Como pude me esquecer — desdenhei novamente.

Jus cerrou a mandíbula e notei que estava ficando irritado, ele não me procurava há uns sete meses, o que houve agora?
Ele apontou para a cama e, cautelosamente, me sentei de frente para ele, encarado-o severa.

— O que quer? — perguntei impaciente, ele sorriu friamente de novo.
— Você — falou divertido.
— Sério, Jus, acabe logo com isso.
— É exatamente por isso que estou aqui, quero você de volta, e terei — ameaçou diretamente.
— Jus, já faz oito meses, supere, por favor — implorei exausta.
— Vamos colocar isso em uma frase que vai te ajudar a entender melhor — falou desdenhoso, encarando-me ameaçador. — Ou você volta para mim, ou seu queridinho já era, entendeu?
— Como assim 'já era'? — perguntei assustada.
— Eu já falei para você de um amigo meu, Jason McCan, não falei? Ah, claro que devo ter comentado, todos costumavam perguntar se éramos irmãos, ele se parece muito comigo, menos o fato de ser um matador profissional. Não, nessa parte não temos nada em comum — balbuciou Justin, distraído com a descrição. — Está me entendendo, docinho? Já sabe aonde quero chegar? — ironizou ele, sorrindo friamente.
— S-sim — gaguejei aterrorizada, merda.
— Ótimo, então eu quero que volte para minha casa até o fim da semana, ou então eu vou ter que fazer uma curta ligação para o Jason, okay baby? Você tem dois dias — alertou ele, se pondo de pé.
— Por quê? — sussurrei, ainda petrificada, um nó se formando no fim da minha garganta.
— Ah, porque eu amo você, querida — murmurou docemente e se inclinou para beijar minha testa, fechei os olhos, temendo algo mais. — E, lembre-se, dois dias — alertou ele, antes de sair e fechar a porta do quarto.

Joguei-me na cama e respirei fundo, tentando controlar as lágrimas iminentes que já brotavam em meus olhos.
Ele está louco, completamente louco. Está fora de si.
Peguei meu celular, apertei o número um e o botão para chamar, o número de Louis piscou e começou a chamar.

— Olá, amor, tudo bem? — atendeu ele, confuso e impressionado. Ele sabia que eu sabia que ele estaria em reunião agora. — Um minutinho, por favor, Sam — pediu ele a alguém, deve ser sua secretária.
— Oi, querido — sussurrei, tentando soar normal, mas foi em vão.
— O que aconteceu, Anna? — perguntou preocupado.
— Precisamos conversar — sussurrei desolada, uma lágrima solitária escorreu pelo meu rosto.
— Estou indo para aí, não se mecha — falou aterrorizado.
— Não, você está trabalhando, não precisa.
— Eu vou! — insistiu veemente.
— Estarei no meu quarto — concordei enfim, respirei fundo e desliguei.

Segurei o celular contra o meu peito e permiti que as lágrimas escorressem livremente, uma barulho agonizante escapou de minha boca, logo eu escondi meu rosto no travesseiro e gritei, na esperança de tirar de mim a dor junto com o grito.
Ouvi duas batidas na porta, Sara e Lia empurraram-se para colocar a cabeça para dentro, me sentei de pernas cruzadas — feito um indiozinho — na cama e as encarei.

— O que houve, querida? — perguntou Sara, sua voz maternal e terna.
— O que aquele imbecil te fez? — resmungou Lia.

Fiz sinal com a mão e ambas entraram, elas se amontoaram ao meu lado, Lia deitou a cabeça em minhas pernas e Sara abraçou meus ombros, ela esticou a mão e limpou delicadamente as minhas lágrimas.

— O que o magnata fez? — perguntou Sara.
— Vocês tem que me prometem não contar a ninguém, por favor — sussurrei distraindo-me com os cabelos escuros de Lia.
— Não contaremos, sabe disso! — falou Lia, fechando os olhos e aproveitando a massagem capilar.
— Justin veio aqui me ameaçar, ele quer que eu volte para a casa dele em dois dias, no máximo — murmurei desolada.
— Ele te ameaçou como? — perguntou Sara, chocada.
— Ele ameaçou mandar um matador profissional atrás do Louis, eu não posso arriscar — choraminguei, as lágrimas voltando a escorrer pelo meu rosto, Sara e Lia me acolheram entre seus braços, murmurando incentivos e falando que ficaria tudo bem.

Mas não, não ficaria tudo bem, essa droga toda não vai ficar bem!
Escondi meu rosto entre as mãos e chorei, chorei, chorei muito mais, até sentir que toda a água do meu corpo havia secado. Mas, quando Louis entrou no meu quarto, todas as lágrimas, que eu imaginei ter secado, voltaram à tona, ameaçando romper de meus olhos vorazmente.
Sara e Lia saíram sorrateiramente do quarto e Louis se sentou ao meu lado, ele segurou meu rosto entre as mãos e, ver seu rosto contorcido de preocupação me partiu o coração, me inclinei para beijá-lo, deixei que meus lábios grudassem nos seus por um longo tempo, saboreando-o e aproveitando-o enquanto ainda tenho tempo.

— Annie, o que foi? — perguntou preocupado, ele me puxou para seus braços e eu apoiei minha cabeça no seu peitoral. — Você não está grávida, está? — seu corpo ficou rígido e tenso, ele afastou-se o bastante para me olhar nos olhos.
— O quê? Louis... Não! — murmurei indignada, ele sorriu aliviado, acabei rindo também e logo ambos caímos na cama rolando de rir, abraçados e nos beijando, nesse momento não pareceu que eu estava prestes a deixá-lo, pareceu um típico e apaixonante momento onde ambos nos divertimos juntos.
— O que aconteceu então, querida? — perguntou ele, depois que nosso ataque de risos cessou, ele se apoiou no cotovelo e entrelaçou seus dedos nos meus, enquanto encarava-me curioso.



— Eu... Preciso contar-lhe uma coisa... — senti meu coração se comprimir e o sorriso que antes alargava meus lábios, se desfez.
— O quê, conte, por favor — implorou preocupado.
 — Eu... Vou voltar para o Justin — sussurrei sentindo o peso da frase me abater, fechei os olhos com força, reprimindo mais lágrimas.
— Você, o quê? — perguntou Louis, o tom mais alto e revoltado que antes.
— Louis, eu... Sinto tanto... — murmurei vendo-o se levantar e se afastar de mim, a dor aumentou em meu peito, ameaçando me perfurar de dentro para fora.



— Você vai voltar pra ele? E nós? Você e eu? Estamos juntos há oito meses e você vai... Vai simplesmente me deixar? É isso? Por quê? Qual o motivo pra você fazer isso? — gritou indignado, ele parou ao lado da cama e me encarou furioso, sentei-me de pernas cruzadas e olhei-o desolada.
— Eu só preciso fazer isso, Boo, por favor — sussurrei, olhando-o temerosa.

Louis levou as mãos ao rosto e respirou fundo, ofegou algumas vezes e deslizou as mãos até os cabelos, ele encarou-me de forma pesarosa e vi que seus olhos estavam umedecidos, enquanto o meu rosto inteiro já estava completamente encharcado.

 — Eu não entendo — sussurrou Louis, ele ergueu uma mão em minha direção, em seguida deixou-a cair sobre a coxa.
— Eu sei, não o culpo. Eu te amo demais, Lou...
— Então é por isso que você vai me deixar? — gritou enfurecido. — Porque me ama demais?
— Louis, por favor — implorei ajoelhando-me na cama pra ficar mais ou menos da sua altura. — Confie em mim, por favor, eu preciso fazer isso — sussurrei e estiquei a mão, tentando tocá-lo, mas ele recuou um passo e se afastou de mim, senti como se tivesse levado um soco no estomago, todo o ar me fugiu dos pulmões. — Lou... — murmurei desolada, uma lágrima grossa saltou de seu olho, ele a limpou rapidamente.
— Tudo bem, você quer assim? Então tudo bem, volte para ele, faça como quiser — vociferou irritado, ele virou as costas para mim e seguiu em direção à saída.
— Louis! Boo, por favor, não... — parei de falar quando ele tocou à maçaneta da porta.
— Por favor, o quê, Dianna? Eu não vou ficar aqui, não quero saber os motivos pelo qual você vai me deixar para voltar para ele. Mas tudo bem, eu acho que isso é karma¹, porque eu te roubei dele e agora ele te rouba de mim — falou enfurecido.
— Não fale assim, ele não está me roubando de você, eu sou completamente, inteiramente sua, ninguém jamais vai me tirar de você — gritei em pânico, chorando desesperadamente, Louis ficou petrificado e se aproximou lentamente de mim.
— Então por que está indo embora? — perguntou indignado.
— Porque eu amo você! — falei entre soluços.

Louis me acolheu entre seus braços, murmurando diversos "shiiii" para me acalmar. Ele me abraçou forte e, lentamente, fui me acalmando, sentindo seu cheiro e abraçando-o forte.



— Eu ainda não entendo isso, mas odeio vê-la assim — sussurrou beijando o topo da minha cabeça.
— Tenho que voltar para a casa dele em dois dias — sussurrei tristemente, ele se afastou para me olhar nos olhos.
— Por quê? — perguntou indignado.




                                                              
¹ Karma - Na física, essa palavra equivale a lei: "Para toda ação, existe uma reação." de força equivalente em sentido contrário.





Olá gente,
Vcs estão vivas!!! 
Aêêê kkkkk
Bom, orbigada pelos comentários, adorei todos eles.
Bibi Abdalla, eu terminei Fazendo Meu Filme, só tenho uma coisa a dizer:
QUE PORRA, ESTOU VICIADA, QUERO COMPRAR LOGO OS OUTROS TRÊS LIVROS, É MUITO BOOOOOMMMMM!!!!
Menina, é um livro muito gostoso de se ler, é viciante e envolvente, eu me apaixonei pela Fani e, principalmente, pelo Leo. Eu me identifiquei com o Marquinho, professor da Fani, pois o meu namorado é 10 anos mais velho que eu, como o Marquinho e a Fani, mas eu espero que ele não seja casado também kkkkkkk
Bom, estou muito ansiosa para comprar logo os outros três livros, depois te conto mais kkkk.
Bem, gente, quem ainda não leu Fazendo Meu Filme, eu realmente indico, é muito bom.
Agora, comentem pra mim, pleaseee.
Amo vocês divaas <3


6 comentários:

  1. Hahahahahahahahahahahahahahhahahahahahahahahaha que bomm que gostou eh de maissss sabia q ia gostar!! Continua logoo pleasee bjsssssssssss <3

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  2. tah muito boom! continua logoo❤️, eu queria um leo na minha vida!!! s2s2

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  3. Estáá perfeitooo!!!!! Eu estou completamente apaixonada pelo adam <3<3 dos livroos Se eu ficar e pra onde ela foi, e apaixonada pla historia tudoo simplesmente amo <3 rsrs

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  4. Continua perfeito.... Estou amando essa fic

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  5. posta logoo!! por favoor to morrendo aqui s2 s2

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Sou como uma escritora, lanço o livro para ser comprado;
Vocês são os compradores e os comentários o pagamento u.u
Faço isso de coração e amo, mas preciso do seu comentário <3

Por: Milinha Malik. Tecnologia do Blogger.

Um Amor Real

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