segunda-feira, 20 de julho de 2015
Decepcionada, larguei meu corpo no chão frio da rua escura e abaixei a cabeça, tentando esconder do resto do mundo — embora vazio — a vergonha que eram as minhas lágrimas.
O homem que eu amava — apesar de ele não me conhecer — havia acabado de entrar em um carro e eu não tive se quer a oportunidade de falar com ele; justo quando eu tenho a sorte de encontrá-lo às 3 da manhã saindo de uma cafeteria em uma rua deserta.
Parece estranho que alguém saia de uma cafeteria às 3 da manhã, mas ele tem um bom motivo, um famoso não pode ir à cafeterias sem causar um grande alvoroço, então ele foi às 3 da manhã, e eu tive a sorte de encontrá-lo saindo de lá, no entanto, não corri rápido o suficiente.
Não fiquei muito tempo jogada no chão da rua vazia, uma voz me atormentou e, antes que eu ficasse com medo por minha segurança, eu me preocupei em lamentar o meu azar.
— O que houve, mocinha? — a voz soou afável e carinhosa, talvez por isso eu não pensei que corria perigo, que poderia me abrir com a pessoa, mas não levantei meu rosto para encarar o homem, eu não queria que ele me visse chorar.
— O único amor da minha vida acabou de entrar em um Range Rover blindado, essa poderia ser a única chance de vê-lo pessoalmente, mas minha sorte não foi o suficiente — choraminguei deprimida.
— Talvez se você levantar o rosto, perceberá que o único amor da sua vida se preocupou demais com você para realmente ir embora — falou o homem e eu ergui a cabeça rapidamente, prendi a respiração, fiquei petrificada. Niall Horan estava me consolando!
Procurei os olhos dele, para confirmar se eram os mesmos olhos azuis que tanto me fizeram sonhar nos últimos quatro anos, e sim. Eram aqueles olhos. Me veio em mente uma cena que eu tinha certeza de nunca ter vivido, mas tive a grande sensação de que era um dejavu.
O homem que eu amava — apesar de ele não me conhecer — havia acabado de entrar em um carro e eu não tive se quer a oportunidade de falar com ele; justo quando eu tenho a sorte de encontrá-lo às 3 da manhã saindo de uma cafeteria em uma rua deserta.
Parece estranho que alguém saia de uma cafeteria às 3 da manhã, mas ele tem um bom motivo, um famoso não pode ir à cafeterias sem causar um grande alvoroço, então ele foi às 3 da manhã, e eu tive a sorte de encontrá-lo saindo de lá, no entanto, não corri rápido o suficiente.
Não fiquei muito tempo jogada no chão da rua vazia, uma voz me atormentou e, antes que eu ficasse com medo por minha segurança, eu me preocupei em lamentar o meu azar.
— O que houve, mocinha? — a voz soou afável e carinhosa, talvez por isso eu não pensei que corria perigo, que poderia me abrir com a pessoa, mas não levantei meu rosto para encarar o homem, eu não queria que ele me visse chorar.
— O único amor da minha vida acabou de entrar em um Range Rover blindado, essa poderia ser a única chance de vê-lo pessoalmente, mas minha sorte não foi o suficiente — choraminguei deprimida.
— Talvez se você levantar o rosto, perceberá que o único amor da sua vida se preocupou demais com você para realmente ir embora — falou o homem e eu ergui a cabeça rapidamente, prendi a respiração, fiquei petrificada. Niall Horan estava me consolando!
Procurei os olhos dele, para confirmar se eram os mesmos olhos azuis que tanto me fizeram sonhar nos últimos quatro anos, e sim. Eram aqueles olhos. Me veio em mente uma cena que eu tinha certeza de nunca ter vivido, mas tive a grande sensação de que era um dejavu.
•♫•♫•♫•
Eu tinha certeza que aquela era a festa mais sem graça de todos os tempos. Haviam senhores e senhoras por todos os lugares, eu tinha uma leve impressão de que era a única presente com idade abaixo de 19 anos.
Mas o que mais me intrigou foi o fato de todos estarem vestidos com roupas de época, era bizarro. Tudo se tornou duplamente mais bizarro quando eu vi a roupa que eu usava.
O vestido era deslumbrante, mas eu nunca usara um daqueles na vida, então porque diabos eu usava um agora? Enfim, por que é que eu estava nessa festa?
Olhei em volta desnorteada, completamente perdida, até que uma mulher me puxou pelo braço e me guiou até a mesa de bebidas, não tive outra saída se não segui-la.
— O que pensa que está fazendo, Inae? Ficar parada no meio do salão como uma tonta! — resmungou a mulher, olhei bem para seu rosto e, por baixo de toda a maquiagem e do penteado impecável, era a minha mãe. Meu Deus! — E cadê a sua máscara? Por Deus Inae, cubra seus olhos, isso é um baile de máscaras! — ela falou rispidamente, então pegou a máscara que estava em minhas mãos e a colocou sobre o meu rosto, e me fez virar de costas para ela, para que ela pudesse amarrar a fita da máscara atrás da minha cabeça.
— Mamãe... Hum... Pode me dizer em que ano estamos? — perguntei relutante, não querendo estressar mais ainda ela.
— Bateu com a cabeça, querida? Estamos em 1838 — ela falou intrigada.
Encarei minha mãe estarrecida. Caramba, como assim 1838? Há um minuto eu estava sentada em uma calçada com Niall Horan me consolando, como eu vim parar nessa festa da era vitoriana?
— Cadê seu noivo, querida? Ele não deveria deixá-la sozinha por tanto tempo — perguntou mamãe, esticando o pescoço para olhar em volta do salão, só então notei que haviam alguns rapazes e algumas moças da minha idade, mas não muitos.
— N-noivo? — gaguejei espantada, ela assentiu impaciente.
— É claro, Inae. Meu Deus, o que está havendo com você hoje?
— E-eu não sei, sinto muito — murmurei acanhada, já que eu não fazia ideia de quem era o meu noivo.
— Ah, ali vem ele. Aposto que vai tirá-la para dançar, seja graciosa, minha menina, você é uma ótima dançarina — elogiou mamãe, ela virou-se para arrumar meu vestido e o meu penteado, ela beliscou minhas bochechas e sorriu para mim, não tive outra alternativa a não ser devolver o sorriso.
Eu vi um homem alto se aproximar, ele tinha ombros largos e cabelos castanhos levemente encaracolados, ele usava uma máscara preta simples e um terno vitoriano muito bonito, ele me lembrou o Sr. Darcy, de Orgulho e Preconceito. Ele fez a gentileza de tirar a máscara e eu pude vê-lo melhor, ele era bonito, e era o meu noivo, caramba!
Aproveitei a deixa e me livrei da minha máscara também, ela incomodava.
— Minha querida, me concede a honra de sua companhia nesta dança? — ele falou gentilmente, sua voz era grossa e tinha um timbre bem gostoso.
— Ah, é claro, hum... Meu bem... — murmurei colocando minha mão sobre a dele. — Qual é o nome dele? — sussurrei no ouvido da minha mãe antes que ele me levasse.
— Harry Brider — ela sussurrou de volta, revirando os olhos exasperada.
Harry me levou à pista de dança aonde alguns casais dançavam uma música lenta. Harry manteve uma distância honrável e pôs a mão acima da minha cintura, a outra mão ele segurou a minha, e a minha outra mão desocupada eu coloquei em seu ombro, ele sorriu docemente e começou a me guiar pelo salão.
Que bom que ele sabia dançar, porque eu não fazia ideia do que estava fazendo com os meus pés.
Depois de alguns passos ele me fez girar e em seguida me puxou para perto de si, o que eu não achei muito apropriado, mas o que é que eu sei, eu nunca estive na Era Vitoriana antes.
Mas o que mais me intrigou foi o fato de todos estarem vestidos com roupas de época, era bizarro. Tudo se tornou duplamente mais bizarro quando eu vi a roupa que eu usava.
O vestido era deslumbrante, mas eu nunca usara um daqueles na vida, então porque diabos eu usava um agora? Enfim, por que é que eu estava nessa festa?
Olhei em volta desnorteada, completamente perdida, até que uma mulher me puxou pelo braço e me guiou até a mesa de bebidas, não tive outra saída se não segui-la.
— O que pensa que está fazendo, Inae? Ficar parada no meio do salão como uma tonta! — resmungou a mulher, olhei bem para seu rosto e, por baixo de toda a maquiagem e do penteado impecável, era a minha mãe. Meu Deus! — E cadê a sua máscara? Por Deus Inae, cubra seus olhos, isso é um baile de máscaras! — ela falou rispidamente, então pegou a máscara que estava em minhas mãos e a colocou sobre o meu rosto, e me fez virar de costas para ela, para que ela pudesse amarrar a fita da máscara atrás da minha cabeça.
— Mamãe... Hum... Pode me dizer em que ano estamos? — perguntei relutante, não querendo estressar mais ainda ela.
— Bateu com a cabeça, querida? Estamos em 1838 — ela falou intrigada.
Encarei minha mãe estarrecida. Caramba, como assim 1838? Há um minuto eu estava sentada em uma calçada com Niall Horan me consolando, como eu vim parar nessa festa da era vitoriana?
— Cadê seu noivo, querida? Ele não deveria deixá-la sozinha por tanto tempo — perguntou mamãe, esticando o pescoço para olhar em volta do salão, só então notei que haviam alguns rapazes e algumas moças da minha idade, mas não muitos.
— N-noivo? — gaguejei espantada, ela assentiu impaciente.
— É claro, Inae. Meu Deus, o que está havendo com você hoje?
— E-eu não sei, sinto muito — murmurei acanhada, já que eu não fazia ideia de quem era o meu noivo.
— Ah, ali vem ele. Aposto que vai tirá-la para dançar, seja graciosa, minha menina, você é uma ótima dançarina — elogiou mamãe, ela virou-se para arrumar meu vestido e o meu penteado, ela beliscou minhas bochechas e sorriu para mim, não tive outra alternativa a não ser devolver o sorriso.
Eu vi um homem alto se aproximar, ele tinha ombros largos e cabelos castanhos levemente encaracolados, ele usava uma máscara preta simples e um terno vitoriano muito bonito, ele me lembrou o Sr. Darcy, de Orgulho e Preconceito. Ele fez a gentileza de tirar a máscara e eu pude vê-lo melhor, ele era bonito, e era o meu noivo, caramba!
Aproveitei a deixa e me livrei da minha máscara também, ela incomodava.
— Minha querida, me concede a honra de sua companhia nesta dança? — ele falou gentilmente, sua voz era grossa e tinha um timbre bem gostoso.
— Ah, é claro, hum... Meu bem... — murmurei colocando minha mão sobre a dele. — Qual é o nome dele? — sussurrei no ouvido da minha mãe antes que ele me levasse.
— Harry Brider — ela sussurrou de volta, revirando os olhos exasperada.
Harry me levou à pista de dança aonde alguns casais dançavam uma música lenta. Harry manteve uma distância honrável e pôs a mão acima da minha cintura, a outra mão ele segurou a minha, e a minha outra mão desocupada eu coloquei em seu ombro, ele sorriu docemente e começou a me guiar pelo salão.
Que bom que ele sabia dançar, porque eu não fazia ideia do que estava fazendo com os meus pés.
Depois de alguns passos ele me fez girar e em seguida me puxou para perto de si, o que eu não achei muito apropriado, mas o que é que eu sei, eu nunca estive na Era Vitoriana antes.
— Você está deslumbrante, querida — ele disse, com aquele maravilhoso sorriso.
— Obrigada, Harry. Gentileza sua — murmurei agradecida.
Deslizei meus olhos ao redor do salão e vi algumas pessoas parando o que quer que faziam para nos assistir, o que me incomodou um pouco. Meus olhos continuaram percorrendo o salão, em busca de alguma coisa, de qualquer coisa, ou de alguém.
Foi quando eu o vi.
Niall estava em pé ao lado de alguns cavalheiros, ele vestia um terno vitoriano quase igual ao de Harry e tinha uma taça de vinho na mão. Seus olhos estavam cravados em mim e por isso senti o calor iminente que brotou em mim quando seus olhos azuis encontraram os meus.
Eu fiquei sem reação, se Harry não estivesse me segurando e me rodopiando, eu acho que teria ficado parada no meio do salão como uma boba.
— Está tudo bem, Inae? — perguntou Harry, diminuindo o ritmo para me olhar, obriguei meus olhos a encará-lo.
— Sim, eu só estou cansada, me veio uma enxaqueca de repente. Acho que só preciso de um pouco de ar — murmurei me afastando um pouco dele, ele se inclinou preocupado. — Quero dizer, não é nada demais, eu estou bem, não se preocupe.
— Quer que eu a leve para dar uma volta no jardim? — ele perguntou, olhei em direção a Niall, ele abriu um sorrisinho travesso e inclinou a cabeça sutilmente em direção às grandes portas que davam para o jardim.
— Não, não se incomode, querido. Ficarei bem. Vou só tomar um ar. Não demoro — garanti tocando seu peito levemente, ele relaxou um pouco.
— Tudo bem, não demore, está frio lá fora — ele pediu.
— É claro, vai ser rápido — garanti.
Corri por entre alguns convidados até me ver ao ar livre no jardim, estava quase deserto, haviam um ou dois casais se esgueirando por entre a cerca viva e as árvores frondosas do jardim, olhei em volta atenta, procurando por Niall.
Segui pela parte mais escura do jardim e, quando não havia ninguém por perto, senti uma mão tocar meu pulso e me puxar para trás de um arbusto enorme. Era Niall, eu já sabia antes mesmo de olhar para ele.
— Eu pensei que nunca teria um tempo para falarmos, seu noivo é um saco — ele resmungou enquanto me abraçava apertado, senti meu peito transbordar e o calor subir pelo meu corpo, eu o abracei igualmente forte.
— Eu sei, senti sua falta — sussurrei, sentindo que eu devia falar isso, mas era a realidade também, era o que eu sentia, amor e saudade.
— Nem me fale, está tudo pronto? — ele perguntou, levantando meu rosto para eu encará-lo.
— Tudo pronto? — perguntei confusa, ele piscou desnorteado.
— Para fugirmos esta noite! Você está pronta, certo? Na hora do brinde nós sairemos de fininho, como combinamos. Todos estarão distraídos cumprimentando os pais de Harry, ninguém perceberá que saímos — ele explicou impaciente, assenti com a cabeça rapidamente.
— É claro, com certeza. Tudo pronto. Já separei o menor vestido que tenho para facilitar nossa fuga — concordei, as palavras saindo da minha boca sem eu ter consciência, devem ser verdades.
— Tá bom. Quando anunciarem o brinde nós teremos 5 minutos para subir até o seu quarto para você trocar de roupa, então desceremos pela árvore que dá na sua janela e fugiremos, está bem? Não é muito alto, eu vou ajudá-la — ele garantiu quando viu minha expressão surpresa.
— Claro, confio em você — murmurei beijando seu pescoço, que estava ao meu alcance, ele sorriu.
— É melhor você voltar, daqui a pouco seu noivo virá à sua procura — ele disse, sua mão acariciando ternamente minha bochecha e meus lábios, seus olhos fixos nos meus. — Vá, Inae. Nos vemos daqui a pouco — ele sussurrou, seus lábios quase tocando os meus.
— Daqui a pouco — repeti mais como uma prece. E ele me beijou.
Quando conseguimos nos soltar eu recuperei a compostura e voltei para o salão de festas com o plano fresco em minha mente, fugiria com Niall, não me casaria com Harry. Esse é o meu destino.
Bebi algumas taças de água para me manter acordada e sóbria enquanto não chegava a hora. Quando os garçons apareceram distribuindo taças de champanhe, eu tive certeza que era o momento, procurei por Niall e o avistei junto às escadas, sutilmente ele fez um gesto com a mão, me pedindo para esperar mais um pouco, assenti e me concentrei nos pais de Harry e ele mesmo, que subiam a um pequeno palco no canto do salão.
Esperei que todos se concentrassem no palco e me esgueirei sutilmente na direção oposta, para a escadaria. Niall não estava mais lá, já tinha subido até o meu quarto.
Não sei como, mas a minha intuição me levou até o meu quarto, como se eu já conhecesse muito bem aquela casa, ao entrar no quarto eu vi Niall junto à janela, estudando a nossa fuga.
— Ah, amor, que bom que chegou. Troque-se rápido, não temos muito tempo — ele disse, então virou-se novamente para janela e me deu certa privacidade para que eu despisse o vestido de festa e vestisse outro menos exagerado, uma pena que todos os vestidos são grandes.
— Estou pronta — murmurei me aproximando dele, ele sorriu e se encolheu para passar pela janela.
— Eu desço primeiro, com o meu sinal você desce, tá? — ele disse, assenti veemente.
Olhei atentamente enquanto ele descia, estudei a força com que ele segurava nos galhos da árvore e aonde colocava os pés, então quando ele me deu o sinal eu já estava preparada, tentei refazer os passos dele e só tive problema quando já estava quase no chão, tropecei em um galho menor, mas ele me segurou antes que eu me estatelasse no chão como uma banana podre.
— Vamos, amor. Temos que correr agora — ele avisou entrelaçando seus dedos nos meus, antes de corrermos em direção à floresta, Niall procurou por algo entre os arbustos e tirou de lá uma mochila de couro, ele a jogou no ombro e nós corremos.
O sol se punha e a escuridão começava a tomar à floresta, e nós corremos para longe da mansão, para longe dos meus pais, para longe do meu noivo.
Corremos para a nossa liberdade e eu nunca estive tão feliz em minha vida, nos perderíamos naquele vasto mundo e ninguém nos diria mais o que fazer, éramos nós dois e a nossa vida juntos.
Corri por entre alguns convidados até me ver ao ar livre no jardim, estava quase deserto, haviam um ou dois casais se esgueirando por entre a cerca viva e as árvores frondosas do jardim, olhei em volta atenta, procurando por Niall.
Segui pela parte mais escura do jardim e, quando não havia ninguém por perto, senti uma mão tocar meu pulso e me puxar para trás de um arbusto enorme. Era Niall, eu já sabia antes mesmo de olhar para ele.
— Eu pensei que nunca teria um tempo para falarmos, seu noivo é um saco — ele resmungou enquanto me abraçava apertado, senti meu peito transbordar e o calor subir pelo meu corpo, eu o abracei igualmente forte.
— Eu sei, senti sua falta — sussurrei, sentindo que eu devia falar isso, mas era a realidade também, era o que eu sentia, amor e saudade.
— Nem me fale, está tudo pronto? — ele perguntou, levantando meu rosto para eu encará-lo.
— Tudo pronto? — perguntei confusa, ele piscou desnorteado.
— Para fugirmos esta noite! Você está pronta, certo? Na hora do brinde nós sairemos de fininho, como combinamos. Todos estarão distraídos cumprimentando os pais de Harry, ninguém perceberá que saímos — ele explicou impaciente, assenti com a cabeça rapidamente.
— É claro, com certeza. Tudo pronto. Já separei o menor vestido que tenho para facilitar nossa fuga — concordei, as palavras saindo da minha boca sem eu ter consciência, devem ser verdades.
— Tá bom. Quando anunciarem o brinde nós teremos 5 minutos para subir até o seu quarto para você trocar de roupa, então desceremos pela árvore que dá na sua janela e fugiremos, está bem? Não é muito alto, eu vou ajudá-la — ele garantiu quando viu minha expressão surpresa.
— Claro, confio em você — murmurei beijando seu pescoço, que estava ao meu alcance, ele sorriu.
— É melhor você voltar, daqui a pouco seu noivo virá à sua procura — ele disse, sua mão acariciando ternamente minha bochecha e meus lábios, seus olhos fixos nos meus. — Vá, Inae. Nos vemos daqui a pouco — ele sussurrou, seus lábios quase tocando os meus.
— Daqui a pouco — repeti mais como uma prece. E ele me beijou.
Quando conseguimos nos soltar eu recuperei a compostura e voltei para o salão de festas com o plano fresco em minha mente, fugiria com Niall, não me casaria com Harry. Esse é o meu destino.
Bebi algumas taças de água para me manter acordada e sóbria enquanto não chegava a hora. Quando os garçons apareceram distribuindo taças de champanhe, eu tive certeza que era o momento, procurei por Niall e o avistei junto às escadas, sutilmente ele fez um gesto com a mão, me pedindo para esperar mais um pouco, assenti e me concentrei nos pais de Harry e ele mesmo, que subiam a um pequeno palco no canto do salão.
Esperei que todos se concentrassem no palco e me esgueirei sutilmente na direção oposta, para a escadaria. Niall não estava mais lá, já tinha subido até o meu quarto.
Não sei como, mas a minha intuição me levou até o meu quarto, como se eu já conhecesse muito bem aquela casa, ao entrar no quarto eu vi Niall junto à janela, estudando a nossa fuga.
— Ah, amor, que bom que chegou. Troque-se rápido, não temos muito tempo — ele disse, então virou-se novamente para janela e me deu certa privacidade para que eu despisse o vestido de festa e vestisse outro menos exagerado, uma pena que todos os vestidos são grandes.
— Estou pronta — murmurei me aproximando dele, ele sorriu e se encolheu para passar pela janela.
— Eu desço primeiro, com o meu sinal você desce, tá? — ele disse, assenti veemente.
Olhei atentamente enquanto ele descia, estudei a força com que ele segurava nos galhos da árvore e aonde colocava os pés, então quando ele me deu o sinal eu já estava preparada, tentei refazer os passos dele e só tive problema quando já estava quase no chão, tropecei em um galho menor, mas ele me segurou antes que eu me estatelasse no chão como uma banana podre.
— Vamos, amor. Temos que correr agora — ele avisou entrelaçando seus dedos nos meus, antes de corrermos em direção à floresta, Niall procurou por algo entre os arbustos e tirou de lá uma mochila de couro, ele a jogou no ombro e nós corremos.
O sol se punha e a escuridão começava a tomar à floresta, e nós corremos para longe da mansão, para longe dos meus pais, para longe do meu noivo.
Corremos para a nossa liberdade e eu nunca estive tão feliz em minha vida, nos perderíamos naquele vasto mundo e ninguém nos diria mais o que fazer, éramos nós dois e a nossa vida juntos.
•♫•♫•♫•
Os olhos azuis de Niall se desfocaram e ele me encarou boquiaberto, ele tinha visto o mesmo que eu, estava estampado em sua cara.
— V-V-Você... E-E-Eu... — ele gaguejou, então caiu sentado ao meu lado na calçada fria, ele estava tão estupefato quanto eu. — Você viu?
— Sim, eu acho que vi — sussurrei assustada, os olhos dele buscaram os meus e eu me senti aliviada, eu não tinha enlouquecido.
— Isso foi o quê? Um flashback de uma vida passada? Nós fugimos para ficarmos juntos? Meu Deus, eu não consigo acreditar — ele murmurou confuso, então passou a mão pelos cabelos e pelo rosto.
— Eu amei muito você, consegui sentir. Eu ainda amo, mais agora, apesar de você não me conhecer — murmurei encarando minhas mãos envergonhada, Niall tocou meu queixo e levantou meu rosto para encará-lo.
— Eu também consegui sentir a imensidade do que eu sentia por você — ele murmurou. — E eu a conheço o suficiente agora!
E ele me beijou!
Me senti nas nuvens, ainda meio desnorteada entre o passado e o presente, mas eu estava beijando Niall Horan.
Aquilo era bom demais para acreditar.
Marcadores:Mini Imagine,Niall Horan
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Por: Milinha Malik. Tecnologia do Blogger.
Um Amor Real
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Owwwwn mto mto mto mto Lindo obg obg eu AMEEEEEI
ResponderExcluirOMG OMG OMG, q imagine liamdo maravilouis, faz um comigo? meu nome é Eduarda Fernandes e meu boy é o Boo,, Please!!!!!! ♥♥♥♡♡♡
ResponderExcluirJá estou escrevendo seu mini, amor, fique atenta que logo eu posto =)
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