sábado, 21 de março de 2015

"Hey, o que você tem para esconder?
Eu fico irritado também
Bem, eu sou muito parecido com você
Quando você está em uma encruzilhada
E não sabe qual caminho escolher
Deixe-me ir junto
Porque mesmo que você esteja errada
Eu estarei do seu lado..."
— I'll Stand By You (The Pretenders)



— Eu acho que vocês já podem voltar para cá, não é? — sugeriu minha mãe, tentando mudar de assunto.
— Sim, a Mav pode, eu preciso arranjar um emprego e um apartamento, acho que papai não vai mais me sustentar — falou Harry e sorriu divertido.
— Não seja bobo, amor, você pode ficar aqui também — falou minha mãe.
— Ou pode voltar para casa, sinto sua falta — falou Anne, Harry hesitou antes de falar.
— Também sinto a sua, mãe, mas não vou voltar para Cheshire — Harry balançou a cabeça negativamente para enfatizar sua frase.
— Bom, seu quarto vai estar sempre lá quando quiser voltar — disse Rob, falando pela primeira vez desde que chegamos.
— Obrigado Rob — agradeceu Harry, sua voz soou mais agradecida do que ele quis demonstrar.
— Pelo menos fique aqui até achar um emprego ou um apartamento — sugeriu minha mãe, não desistindo de trazer seu xodó para morar conosco.
— Tudo bem, Mare, já que insiste — concordou Harry e sorriu.
— É, eu insisto — divertiu-se mamãe.

Conversamos por mais um longo tempo, jogamos conversa fora até que todos estivessem calmos o suficiente, inclusive a pobre Fenella.
Então Harry se levantou, colocou sua xícara vazia em cima da mesinha de centro e virou-se para mim.

— Então, vamos?
— Vão? Pensei que iriam ficar aqui — murmurou mamãe alarmada.
— Sim, nós vamos, mas precisamos buscar nossos coisas e avisar os rapazes, e Mellie — falei erguendo-me do sofá e deixando minha xícara ao lado da de Harry.
— Então não demorem, vou preparar o amoço para todos, tragam aqueles meninos, eles são adoráveis — pediu mamãe, já pondo-se de pé.
— Tudo bem, vamos trazê-los — garantiu Harry.
— E eu vou ajudá-la com o almoço, Mare — afirmou Anne.
— Eu também — prontificou-se Fenella.
— Bom, só me resta ficar aqui e assistir o jogo dos Rovers — murmurou Rob, nem um pouco incomodado com a ideia.

Saímos de casa com a promessa de voltar em 15 minutos, Harry ligou o carro e partimos de volta à casa de Mellie e Chase.
Ao entrar no apartamento nós encontramos os rapazes na sala, junto de Mellie, eles assistiam a um filme, enquanto Mellie mexia distraidamente no celular.

— Gente, vamos todos pra casa da Mavis, a mãe dela fará um almoço pra gente — anunciou Harry, já indo até o quarto para pegar nossas coisas.
— Todos nós? — perguntou Niall.
— Ela faz questão de ter todos vocês lá — respondi.
— Beleza, vamos então — comemorou Zayn, pulando do sofá e ficando de pé.

Esperamos que Harry voltasse do quarto, ele arrastava a mala atrás dele e me entregou minha bolsa quando chegou até mim, ele segurou minha mão e me guiou para fora do apartamento e até o elevador, todos nos seguiram conversando e rindo.
Na garagem subterrânea o pessoal se dividiu para irem nos carros de Chase e de Zayn, Harry e eu ocupamos nossos lugares no seu carro e ele foi o primeiro a sair da garagem.
Ao entrar em casa, tanto Harry quanto eu sentimos a paz ser restaurada; voltamos ao nosso lar e, torcemos, para que não hajam mais brigas tão cedo.

♫♫♫

O último mês se passara tão rápido e corrido que nem ao mesmo notei, durante as últimas quatro semanas Harry estava empenhado em achar um emprego, e achou em menos de três dias — um ótimo emprego de ajudante de cozinha em um restaurante chique da cidade — o que também facilitou a sua procura por um apartamento, pois a remuneração era ótima.
Ele encontrou um apartamento em três semanas e se mudou imediatamente, deixando minha mãe desolada com sua partida, pois os dois se dão muito bem. O lado bom é que temos o apartamento só para a gente, pois gasto a maior parte do meu dia na casa dele.
Mellie e Chase também já se mudaram pro apartamento deles e, quase sempre, lá é o ponto de encontro do grupo.
Ainda deitada em sua enorme cama king-size, eu olhei em volta pelo quarto — que tem uma decoração muito bonita, masculina e singela, escolhida a dedo por Harry — e ouvi o som do chuveiro ligado, humm, ele vai se arrumar para ir trabalhar.
Levantei-me lentamente e me espreguicei, a noite de ontem é uma gostosa lembrança, encarei a cama por alguns segundos e corei ao lembrar de como Harry tocou-me, suas mãos, seus beijos... Caramba!!!
Peguei meu robe preto em cima da poltrona — que Harry deu-me de presente por se parecer com o que eu tenho em casa — e o vesti, calcei as pantufas de Harry e fui procurá-lo no banheiro. Ele estava debruçado sobre a pia escovando os dentes, ele tinha uma toalha em volta da cintura e uma envolta do pescoço, evitando que a água que escorria do seu cabelo o molhasse mais ainda.

— Bocê barece felix — murmurou ele com a boca cheia de pasta de dente.
— Eu estou, baby.
 — Por que será? — desdenhou ele sorridente após lavar a boca.
— Hum, deve ser porque passei a noite com o meu homem — murmurei e o abracei, ele riu e beijou minha testa.
— É? Pois saiba que seu homem também está muito feliz com isso, mas agora ele precisa trabalhar para nos sustentar — ele me selou demoradamente e me soltou, em seguida seguiu de volta ao quarto para se arrumar.

Eu tomei um banho bem rápido e fiz minhas higienes, Harry ainda se arrumava quando saí do quarto para preparar o café da manhã dele. Ele demora mais que eu para se arrumar, é incrível!
Fiz panquecas e café preto, o que ele mais gosta, coloquei tudo na mesa e ele logo apareceu.
Observei-o comer e conversamos enquanto eu degustava uma xícara de chá e ele comia tudo o que eu preparei.

— Você fica lindo de touca — murmurei e bebi um gole de chá, ele esboçou um sorriso tímido encantador.
— E você fica linda de qualquer jeito, baby — disse ele e terminou suas panquecas. — Agora, eu preciso ir — falou se pondo de pé.

Ele caminhou até o balcão, onde eu estava sentada, e me pegou no colo, em seguida me beijou e me colocou no chão.

— Quer carona? — perguntou ele.
— Não, obrigada, vou arrumar as coisas aqui e depois vou à pé até a casa da Mel.
— Okay, divirta-se — ele pegou a mochila e beijou minha testa.
— Vai almoçar lá em casa? — perguntei quando ele já estava na porta.
— Claro, guarde o meu, querida — ele sorriu largamente e se foi.

Limpei a cozinha rapidamente e arrumei a casa ao som de um cd que Harry ama, da banda Ramones. Depois peguei minha bolsa, tranquei a porta e segui até o apartamento de Mellie e Chase, que é apenas do outro lado da rua.
Toquei a campainha e Chase atendeu a porta, ele ainda tinha o rosto amassado e uma carinha fofa de sono, ele usava apenas um calção de dormir e parecia exausto.

— Bom dia querida, Mel está na cozinha — avisou e voltou a se jogar no sofá.
— Obrigada bebê, volte a dormir — murmurei deixando minha bolsa na poltrona e seguindo para à cozinha.

Mel estava se ocupando em lavar a louça quando cheguei até ela, ela virou-se tempo o suficiente para me jogar um beijo, então voltou a terminar a louça.

— Que dia é hoje, Mav? — perguntou ela distraída.
— Acho que é 17, por quê? — Respondi intrigada.
— Niall quer sair pra jantar, preciso ir ao shopping fazer compras, me acompanha?
— Claro, mas tenho que voltar antes de meio dia, Harry vai almoçar lá em casa — murmurei distraída, de repente minha mente parou de funcionar e eu encarei Mellie aterrorizada.
— O que foi, Mavis? — perguntou assustada.
— Hoje é 17? — perguntei alarmada.
— Bom, foi o que você disse — concordou ela.
— Ai, meu Deus! — sussurrei chocada. — Estou atrasada — sussurrei apavorada, Mellie não entendeu a princípio, então seus olhos se arregalaram e sua boca se escancarou.
— Quanto tempo?
— Um semana mais ou menos — sussurrei, ainda mortificada. — Meu Deus, como não notei? Eu sou uma estúpida — reclamei batendo em minha própria cabeça.
— Caramba Mav, tem certeza? — perguntou Mel solidária.
— Quase... Preciso passar na farmácia a caminho do shopping, tudo bem?
— Não, claro, tudo bem. Passaremos lá.

♫♫♫

Um pouco mais tarde, antes de começarmos às compras de Mellie, eu e ela passamos no banheiro do shopping e eu me tranquei em uma cabine com a caixinha do teste de gravidez, minhas mãos tremiam tanto que temi não conseguir fazer aquele troço.
Quando enfim encontrei Mel em frente aos espelhos, ela cruzou os dedos por mim e juntas esperamos 5 minutos até ter o resultado.
Fiquei pálida e minha cabeça girou ao ver os dois palitinhos rosas tomarem forma, Mellie me segurou pelo braço, temendo que eu caísse no chão.

— Ah não, Mel! Estou perdida — sussurrei quase inaudivelmente.
— Calma Mav, vai ficar tudo bem, relaxa — pediu ela, vendo-me ficar cada vez mais pálida. — Além do mais, esses testes não são totalmente confiáveis, você precisa fazer um exame de sangue pra confirmar — falou ela, mas eu ergui a embalagem para que ela lê-se.
— 99,9% confiável — murmurei exasperada.
— Ainda tem 0,01% de chances de dar errado — murmurou ela dando de ombros. — Podemos passar em uma clínica aqui perto, o resultado sai em uma hora — falou ela.
— Meu Deus, eu estou tão ferrada — choraminguei cobrindo o rosto com as mãos.
— Vamos amiga, não fique assim, de qualquer modo você vai fazer o exame de sangue, então saberemos se é verdade ou não, vamos lá — insistiu ela.

Depois que consegui sair do estupor de estar possivelmente grávida, eu lavei o palitinho com a prova e o guardei na bolsa para mostrar a Harry, então sucumbi a insistência de Mellie e nós saímos do shopping para ir à tal clínica.
Não levou nem meia hora para que eu fosse atendida, uma enfermeira muito simpática tirou um pouco do meu sangue e me liberou, pedindo para que eu voltasse em uma hora e meia, só então podemos fazer o que havíamos combinado, as compras de Mellie.
Eu realmente tentei ajudar a minha amiga a escolher algo legal para que ela pudesse ter uma noite legal com o namorado, mas o medo me dominava.
E se eu estiver grávida? Como Harry vai reagir? Como minha mãe vai reagir? Ah, meu Deus, estou perdida.
Por fim Mel se decidiu por um vestido justo cor de vinho, saltos bem altos preto e alguns acessórios extravagantes que são à sua cara.
E, quando eu me toquei, nós duas já estávamos sentadas na sala de espera da clínica, e Mellie segurava minhas mãos e me dizia que ficaria tudo bem, mas eu tinha certeza absoluta de que nada estava bem, nada mesmo.

— Mavis Underwood? — chamou a enfermeira, Mellie e eu saltamos da cadeira e seguimos em direção à ela, que nos entregou um envelope lacrado com o logotipo da clínica.

Mellie me puxou para sentar novamente e eu continuei encarando o envelope lacrado, até que ela o tomou da minha mão e abriu o envelope, por um segundo o tempo ficou suspenso no ar enquanto ela lia o resultado e eu a encarava ansiosa, então ela virou-se para mim e abriu um sorriso gigantesco, nesse momento eu senti o alívio me abater, meu Deus, que susto!

— Amiga, meus parabéns, você vai ser mamãe — falou Mellie de repente e eu senti tudo voltar com intensidade máxima, todo o medo, a preocupação e o pavor.
— Meu Deus — sussurrei e incline-me para frente, segurei minha cabeça entre as mãos e respirei fundo, tentando me recompor.
— Ah, relaxe mulher, vamos, estou morrendo de fome e sua mãe prometeu uma bela macarronada hoje — chamou Mellie, me puxando para ficar de pé.

Mellie e eu caminhamos lentamente pelas ruas de Liverpool, no caminho eu tentei me acalmar e tentar não deixar transparecer que algo estava acontecendo, se não minha mãe suspeitaria e Harry também, já que ele prometera almoçar conosco.
Quando chegamos em frente à minha casa eu vi o carro de Harry e de Chase estacionados em frente a garagem, meu sangue gelou em minhas veias e acho que voltei a ficar pálida, pois Mellie começou a me abanar e tentar me acalmar.

— Relaxe, nós vamos entrar e você não vai abrir o bico, entendeu? Você e o Harry precisam conversar antes de mais alguém saber disso — sibilou ela, me repreendendo afavelmente.
— Tudo bem — murmurei.

Mellie enlaçou seu braço no meu e me guiou até dentro de casa, fechei os olhos por dois segundos e tentei, realmente tentei, esconder o pavor que eu sentia. Pareceu funcionar, pois ninguém percebeu o quanto eu estava assustada e amedrontada por dentro, a não ser uma pessoa.
Harry me conhece melhor que eu mesma e, assim que ele pôs os olhos em mim, ele percebeu que havia algo errado, então, discretamente ele me levou até o meu quarto e trancou a porta antes de se virar para mim e perguntar:

— O que aconteceu? — perguntou ansioso.
— Nada, baby. Por quê? — disfarcei, ele semicerrou os olhos intrigado.
— Eu te conheço muito bem, Mavis, você está pálida e, acho que, assustada. O que houve? — insistiu ele.
— Só estou cansada, nada demais, meu bem. Fique tranquilo. 
— Eu quero saber, confie em mim, Mavis — murmurou ele, segurando minha mão e encarando-me fixamente.
— Tudo bem, ãh... Nos veremos hoje à noite? — mudei de assunto.
— Eu trago o jantar, vai comigo pra casa? — perguntou ele, mas sua sobrancelha continuava erguida, ele não vai deixar isso passar.
— Sim, eu vou.
— Bem, isso me parece promissor — divertiu-se ele e tocou os lábios, me distraindo do assunto principal.


— Harry, ótimo... Eu... Você quer saber o que há ou não? — repreendi-o tentando não rir.
— Okay, desculpe, pode falar — falou ele, assumindo um ar sério.
— Eu... Bom... Eu estou grávida — sussurrei tensa, ele ficou boquiaberto.


— Não... Ãh... Tem certeza? —perguntou pasmo.
— Certeza em dobro — resmunguei tirando de dentro da bolsa o teste de farmácia e o envelope com o exame de sangue.

Harry encarou pasmo as duas provas que eu lhe entreguei, ele caiu sentado na cama e ergueu um olhar apavorado para mim, e foi nesse momento que eu tive certeza que nós estávamos perdidos.
Me sentei ao lado dele na cama e apoiei meu rosto nas mãos, tentando controlar-me para não chorar, Harry ainda olhava para o papel e o pequeno bastão branco em suas mãos.

— Mas nós... — sussurrou ele. — Nós... Usamos preservativo.
— Também queria saber o que houve — resmunguei escondendo o rosto em minhas mãos.
— Caramba, Mav, meu Deus! — murmurou chocado, então ele largou as coisas e me abraçou; aquilo me pegou de surpresa, mas foi tão reconfortante estar em seus braços.


— Vai dar tudo certo, fique tranquila — murmurou ele acariciando meus cabelos, ele beijou minha testa e respirou fundo.



Hey girls, como estão?
Espero que bem =)
Uma coisinha antes do aviso importante: Essa é a pag. do Blog no Facebook, se quiserem dar uma olhadinha e curtir eu vou agradecer muito :3
Agora vamos falar do gigantesco elefante azul que tem como tema "Zerrie"?
Bom, a minha opinião é: Se o Zayn traiu a Perrie ou não, foda-se, eu estou aqui para apoiá-lo e ficar ao lado dele sempre (não que eu aprove a atitude dele, na verdade eu repudio). E no momento eu estou pouco me lixando para Zerrie, eu estou preocupada é com a saúde do Zayn, como vocês já devem saber, a irmã dele postou um texto pedindo que oremos pelo Zayn, porque ela não queria perder o irmão. Cá entre nós (e o mundo) nenhuma de nós queremos perder o nosso Badboy também.
De qualquer forma, esqueçam por um minuto o lance da traição, pois todas sabemos que o Zayn não é flor que se cheire, essa não é a primeira vez; apenas pensem no nosso menino e orem por ele, peçam a Deus que dê forças para ele seguir em frente e voltar ao trabalho e voltar para nós o quanto antes, por favor.
Obrigada minhas divas, amo vocês <3


Um comentário:

Sou como uma escritora, lanço o livro para ser comprado;
Vocês são os compradores e os comentários o pagamento u.u
Faço isso de coração e amo, mas preciso do seu comentário <3

Por: Milinha Malik. Tecnologia do Blogger.

Um Amor Real

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