sábado, 27 de dezembro de 2014

"Oh, não é minha culpa, 
Eu sou apenas egoísta
Não há nenhuma maneira que eu pudesse compartilhar você
Isso quebraria meu coração em pedaços
Honestamente, a verdade é
Se eu pudesse morrer em seus braços
Eu não me importaria..."
- Die In Your Arms (Justin Bieber)



— Não seja ridículo, vá embora, por favor, vá embora agora, Justin — ordenei e abri a porta, esperei ele passar por ela, mas ele continuou parado, me encarando fixamente. — Vá embora! — gritei exasperada, ele sorriu desdenhoso.

Justin segurou ambas as minhas mãos e as prendeu nas minhas costas, com um movimento rápido ele me puxou contra seu corpo e me beijou, após um segundo de choque eu consegui me recompor e me esforcei para tentar morder seu lábio, mas quando enfim consegui ele pareceu não sentir nada e não se afastou de mim.
De repente senti minhas mãos livres e um barulho seco de pele se chocando contra pele, foi tudo tão rápido que só vi vultos.
Louis havia o socado com tanta força que Justin caiu ruidosamente no chão.


Justin agarrou o pé de Louis o fazendo cair e logo ambos já estavam no chão trocando socos violentos, rapidamente gritei por Liam e puxei Louis pelo ombro, tentando tirá-lo de cima do Justin. 
Justin desferiu um soco em Louis, acertando-o em cheio na testa, abrindo um corte que rapidamente começou a sangrar acima de sua sobrancelha, fiquei apavorada, Justin ia lhe acertar outro soco quando Louis desviou-se e o punho cerrado de Justin quase me acertou, mas desviei a tempo de sentir seu punho passar de raspão pelo meu rosto.
Me afastei e Liam avançou sobre os dois, puxando Louis pelos ombros, fazendo-o cair para trás, longe o bastante de Justin, Niall logo apareceu e segurou Louis, forçando-o a ir para a cozinha, enquanto Liam agarrou Justin em uma gravata para tentar acalmá-lo, mas Justin se contorcia furiosamente, tentando se libertar e ir em direção ao Louis.
Quando enfim Niall e Louis desaparecem no corredor e Liam apertou mais um pouco a gravata em Justin ele se acalmou, parou de se contorcer e ergueu as mãos, em sinal de paz.
Liam soltou Justin lentamente, quando ele se viu livre deu um solavanco para frente e tentou correr até a cozinha, gritei de susto e Liam rapidamente o agarrou de novo, jogando-o no chão e prendendo seus braços com os joelhos, fiquei admirada por Liam ser tão bom com imobilização.

— Fica quieto, porra — gritou Liam para Justin.
— Tudo bem, tudo bem — rendeu-se Justin e parou de se contorcer, seu olho esquerdo estava se fechando e começando a inchar, um fiapo de sangue escorria pelo seu nariz e ele ofegava violentamente, como se tivesse corrido uma maratona.
— Vai embora, entendeu? Vou te soltar e você vai embora — ordenou Liam, Justin balançou a cabeça assentindo.

Lentamente Liam saiu de cima do Justin, fiquei tensa novamente, com medo de ele correr até a cozinha para terminar o que Louis havia começado, mas ele se levantou, sacudiu a roupa, pegou o paletó no sofá e saiu com toda a dignidade que é possível ter depois de levar uns socos de alguém.
Fechei a porta depois que ele saiu e soltei o ar que vinha segurando desde que Liam havia libertado-o, Liam me olhou atentamente, estudando-me.

— Você está bem? — perguntou suavemente.

Balancei a cabeça confirmando, não consegui dizer uma palavra, apenas passei por ele e corri até a cozinha, onde Louis estava andando de um lado para o outro, como um animal selvagem enjaulado. Sua testa sangrava e o sangue escorria pela sua face, manchando sua camisa branca, fiquei apavorada ao ver tanto sangue.
Ele notou minha presença e caminhou determinado até mim, abriu os braços e me apertou entre eles, o abracei bem forte e só então relaxei, ele beijou minha testa algumas vezes e senti meu rosto úmido pelo seu sangue, fiz ele se sentar e peguei um kit de primeiros socorros embaixo da pia. Sara estava quieta no canto, apenas nos observando.
Com um pedaço de algodão limpei todo o excesso de sangue que saia do corte acima de sua sobrancelha, ele fez algumas caretas durante o processo, mas se manteve imóvel para que eu pudesse cuidar dele.
Por fim fiz um curativo pequeno acima de sua sobrancelha e lhe beijei castamente nos lábios, ele sorriu e segurou meu rosto, aprofundando o beijo.

— Desculpe — murmurei depois que nos separamos.
— Não se preocupe com isso, já me meti em brigas muito piores — falou ele, acariciando meu rosto ternamente.


— Isso é verdade — concordou Liam, que agora estava ao lado de Sara, a abraçando protetoramente.
— Isso foi insano — sussurrou Sara.
— Ele estava beijando a minha namorada a força, queria que eu fizesse o quê? — reclamou Louis, ele fez uma careta para Sara e me puxou para sentar em seu colo.
— Acabou com ele, irmãozinho, gostei de ver — elogiou Liam, ele sorriu e logo ficou sério novamente. — Mas não contem a ele que eu disse isso, gosto demais da nossa sociedade.
— Acho difícil que algum de nós vá falar com ele por um bom tempo — murmurou Sara.
— A não ser que ele volte a procurar a Anna — falou Louis, a voz glacial novamente.
— Vamos esquecer esse assunto? Por favor? — pedi manhosa, tentando desfazer o clima tenso que ficou entre nós.
— Ótima ideia, por que não vão procurar um filme para assistirmos? Enquanto isso eu faço pipoca — propôs Sara.
— Vamos lá, deve ter algo legal para se ver na tevê — murmurou Liam.

Guardei o kit de primeiros socorros e Louis e eu acompanhamos Liam até a sala, espalhei algumas almofadas pelo chão e me acomodei ali com Louis, Liam cuidou de escolher o filme e só se decidiu quando Sara chegou com dois potes de pipoca.
Niall desapareceu dentro do quarto novamente, provavelmente com Lia.

****

Meu celular vibrou com tanta insistência que ele foi dançando até a beirada da cômoda e se estatelou no chão, me levantei grogue e peguei a droga do celular, Louis resmungou e esticou o braço, agarrou o meu travesseiro e rapidamente voltou a dormir enquanto beijava a fronha branca com bolinhas pretas, reprimi uma risada e segui cambaleando até o banheiro.
Tomei um banho quente bem demorado, ao sair da ducha me enrolei em um roupão atoalhado bem fofo e passei uma maquiagem básica, apenas base para cobrir as olheiras e lápis de olho, para não ficar tão pálida; prendi meu cabelo em um coque despojado e voltei ao quarto.
Louis ainda dormia abraçado ao meu travesseiro, mas ele já havia parado de beijar a fronha, procurei uma roupa no meu guarda-roupa e me vesti rapidamente, receosa de me atrasar para o meu segundo dia de trabalho.
Terminei de calçar as botas e engatinhei pela cama até onde Louis estava deitado, lhe dei um beijo leve e casto dos lábios e saí de fininho do quarto para não acordá-lo.
Não passa de sete da manhã, a casa está silenciosa e, de certo modo, assustadora.
Passei na cozinha apenas para beber um gole d'água, em seguida peguei minha bolsa, que estava no sofá, coloquei os fones de ouvido e coloquei para tocar no celular a minha lista aleatória, que começou com Here Without You, do 3 Doors Down.
Às ruas estavam úmidas e frias, os carros passavam a toda velocidade, molhando uma pessoa ou outra no trajeto, é raro encontrar um britânico xingando abertamente, mas eu não culpava os encharcados por fazerem isso; adeus educação britânica, olá xingamentos para maiores de dezoito!
Esperei no ponto de ônibus enquanto ouvia as minhas músicas preferidas, depois de curtos cinco minutos o transporte público chegou, peguei uma carona por duas quadras até a cafeteria de Dane, DeHaan's Coffee.
Empurrei a porta de vidro, onde estava pendurada uma placa escrita 'Aberto', e logo avistei Ethan sentado na mesma mesa de ontem, nossa, parece que faz séculos desde ontem de manhã, aconteceu tanta coisa. Dane estava atrás do balcão preparando uma xícara de café expresso.

— Bom dia, sr. Escritor — cumprimentei Ethan, ele levantou a cabeça e sorriu.
— Olá, querida, tudo bem? — perguntou retoricamente, logo voltou a abaixar a cabeça para seu laptop.
— Olá, baby — falei a Dane, ele sorriu largamente.
— Olá, docinho — ele estendeu os braços e eu aceitei seu abraço.

Deixei minha bolsa na parte dos fundos da loja e vesti o avental preto com o meu nome nele, coloquei o cabelo dentro de uma touca e voltei para onde Dane me esperava, ele me entregou uma xícara de café e se sentou, me observando atentamente.

— Você parece sobrecarregada — observou ele, em seguida bebeu um gole de seu expresso.
— Tive uma tarde e tanto ontem — murmurei assoprando meu café.
— Eu sei, Harry me contou sobre a briga do irmão dele com o seu namorado, que barra em — contou Dane, meus olhos se arregalaram ligeiramente.
— Vou matar o Harry! — ameacei surpresa, Dane riu. — E sim, foi isso mesmo o que aconteceu, Louis e eu fomos almoçar com meus pais, Justin estava no mesmo restaurante com alguns sócios e ficou muitíssimo irritado ao nos ver juntos — resumi os acontecidos.
— E? — incitou-me a continuar.
— E, mais tarde, quando voltamos para o apartamento, lá estava o Justin querendo conversar... — contei e fiz uma pausa para beber mais um gole, Dane estava de olhos arregalados, esperando que eu terminasse. — Mas a conversa dele acabou gerando discussão, então ele me beijou e o Louis partiu para cima dele, então os dois começaram a trocar socos, só quando os irmãos do Louis os separaram foi que Justin foi embora.
— Uau! Sua vida é bem animada em — brincou ele.
— Bobão — provoquei e ri.
— Eu vou indo, querida, tenha um bom dia, volto onze e meia — disse ele e beijou minha testa antes de sumir em direção à rua.
— Bom, Sr. Escritor, agora somos só eu e você — murmurei mais para mim do que para Ethan.
— Por pouco tempo, moça — respondeu ele, me assustando e rindo disso.
— Você podia avisar quando for falar, sabe, para não me fazer ter um ataque cardíaco — brinquei, ele riu, mas não tirou os olhos do notebook.

Às quatro horas e meia seguintes me ocupei entre limpar tudo e atender os muito clientes que frequentam a cafeteria de Dane, como esperado Ethan só se moveu para pedir mais café e bolinho, o tempo passou voando; faltando apenas dez minutos para às 11 e meia Louis entrou na cafeteria, fazendo a campainha soar alta e estridente.

— Olá, baby — ele sorriu e se sentou em um dos bancos vagos em frente ao balcão.
— Oi, querido — cumprimentei-o e me inclinei sobre o balcão para beijá-lo.
— Vim buscá-la e aproveitei para passar no mercado, Lia precisava de um monte de coisas — contou e sorriu largamente enquanto me assistia preparar uma xícara de café expresso para ele.
— Comprou tudo o que ela precisava? — perguntei e lhe entreguei o café.
— Obrigado. Sim, comprei sim. Já está liberada? — perguntou olhando em volta e parou os olhos em Ethan, o único cliente, que continuava imóvel.
— Não, ainda falta uns seis minutos — murmurei olhando em meu relógio de pulso. — Ethan, quero que conheça meu namorado, Louis — falei alto o bastante para Ethan ouvir.
— Muito prazer, Louis, eu sou Ethan, ou Sr. Escritor, como sua garota me chama — murmurou Ethan e olhou rapidamente para nós, sorriu e voltou a encarar o laptop.
— Olá, Ethan — cumprimentou Louis.

Duas horas depois Louis e eu estávamos andando de mãos dadas pelo parque, aproveitando o dia frio e bonito que fazia depois de almoçarmos em um restaurante ali perto.
Caminhamos lentamente, aproveitando a garoa fina que caia e a vista bonita do parque quase vazio, Louis passou o braço ao meu redor e me apertou contra ele, aquecendo um pouco mais a nós dois.
Nos sentamos em um banco de frente para o lago, puxei minhas pernas para cima e me encolhi nos braços do Louis, ele me abraçou forte e enterrou o rosto na minha nuca, beijando a parte de trás da minha orelha.

— Hum, eu amo isso — murmurei risonha.
— Ama o quê? — perguntou Louis divertido.
— Amo ficar assim com você, agarradinhos, namorando, isso é bom.
— Sim, isso é muito bom — concordou ele e olhou para mim.



— Sabe, bem que poderíamos, sei lá... — murmurei timidamente, ele riu.
— Poderíamos o quê? — perguntou intrigado.
— Fazer mais isso, passar um tempo sozinhos, fora do apartamento e das meninas e dos rapazes, só nós dois por alguns dias — sussurrei fechando os olhos e roçando o nariz em seu pescoço, ele se arrepiou.
— Podemos passar o fim de semana lá em casa, posso expulsar o Zayn e ficamos sozinhos por dois dias — sugeriu ele, acariciando o lóbulo da minha orelha.
— Sim, isso parece bom, e Liam e Niall vivem aqui com as garotas, teríamos o fim de semana para nós — concordei.
— Poderíamos fazer um piquenique no lago, só nós dois, visitar aquela cafeteria novamente, correr pela floresta — murmurou ele, ri me lembrando da última vez em que corremos juntos.
— Mas você vai ter que ser mais gentil e correr mais devagar — alertei-o, ele riu.
— Tudo bem, vou ser cavalheiro.
— Ótimo — murmurei satisfeita.
— Partimos na sexta então, depois que você sair do trabalho.
— Tudo bem, sexta então — concordei.

****

Na sexta-feira a cafeteria estava cheia. Alguns clientes ocupavam as mesas pela lanchonete e uns três estavam sentados nas cadeiras em frente ao balcão, servi café para todos e escutei o sininho da porta tocar, me surpreendi ao ver Justin passar por ela e logo pensei: "Puta merda, aqui não, por favor!".
Ele estava vestido informalmente, com uma bermuda jeans surrada, sapa-tênis cinza, colar de prata e uma camisa cinza bem frouxa, seus braços tatuados estavam à mostra, eles sempre foram perfeitos para mim, ainda são. Ele definitivamente não se parecia em nada com um Ceo.
Servi café para um rapaz ali no balcão mesmo e guardei a jarra, Justin se sentou em um dos bancos vazios e estudou-me atentamente, seu olho ainda possuía um leve arroxeado ao redor e isso me fez sentir um pesar doloroso.
Ele aguardou que eu anotasse o pedido de uma das mesas e, depois que servi todos, parei em sua frente, só que do outro lado do balcão.

— Vai querer alguma coisa? — perguntei profissionalmente, ele sorriu, mas o sorriso não alcançou seus olhos.
— Só conversar, por favor — murmurou ele, então deixou sua máscara cair, revelando o quanto estava desesperado, suas sobrancelhas caíram consideravelmente, deixando seu rosto triste e cansado, isso logo me chamou a atenção, o que aconteceu? Merda. — Sei que deve estar pensando que vou fazer uma cena aqui, mas não vou, eu só preciso da minha amiga, da minha confidente. Antes dessa merda toda acontecer você não era somente a minha noiva, não apenas a mulher que eu amava, ainda amo, mas você era a minha melhor amiga e me escutava. Preciso de você agora... — murmurou desolado, meu coração se comprimiu e tive de me controlar para não pular sobre o balcão e abraçá-lo.
— Tenho muita coisa para fazer agora — gesticulei indicando toda a clientela no café, ele fechou os olhos momentaneamente, como se doesse me ouvir dispensá-lo. — Mas eu estou livre depois das 12, você pode esperar aqui ou pode voltar depois — falei gentilmente, não querendo deixá-lo pior.
— Vou... Esperar — falou calmamente, e apontou para uma mesa no canto, afastada de todas, mas com vista para toda a cafeteria. — Vou ficar ali, pode me levar um chocolate quente com um cupcake de chocolate? — pediu ele, então sua máscara voltou e ele parecia um sujeito normal, feliz até, me admiro com o quão bem ele pode esconder suas emoções.
— Claro, levo em um minuto — concordei já me virando para o fogão, a fim de fazer o chocolate quente.

Servi mais café para os clientes e, quando o chocolate quente ficou pronto, servi-o para uma moça que estava ocupando uma das cadeiras do balcão e coloquei uma caneca fumegante em uma bandeja, junto com duas xícaras de café expresso, dois cupcakes de chocolate e um prato de cookies de chocolate.
Deixei alguns pedidos em algumas mesas antes de ir até o Justin e servi-lo, ele agradeceu e eu voltei para trás do balcão.
Às duas horas seguintes foram quase uma tortura de tão lentas que passaram, mas o Justin continuou muito calmo lá no canto, eu podia senti-lo me olhar sem parar e de vez em quando nossos olhares se encontravam, mas eu desviava rapidamente, não quero ceder e deixá-lo achar que já o perdoei pela a última vez que nos vimos.
Meio dia em ponto a moça do turno da tarde, Olivia, entrou e me substituiu, rapidamente tirei meu avental e a touca, peguei minhas coisas que estavam nos fundos da loja e me sentei em frente ao Justin, ele sorriu e cruzou a perna, sua postura estava péssima e ele parecia mais um badboy do subúrbio do que um CEO super competente.

— Então, o que aconteceu? — perguntei indiferente e cruzei as pernas, peguei um biscoito do seu pratinho ainda cheio e ele voltou a ficar desolado.
— Descobri algo muito... Inesperado — falou ele, sua expressão ficando mais triste ainda, mas talvez estivesse sentindo raiva, pois ele franziu levemente os olhos, ele só faz isso quando está com raiva.
— Então conte-me, agora estou curiosa — pedi impaciente, ele conseguiu rir, mas sem muita vontade.
— Impaciente como sempre, querida. Eu descobri que o Harry é... Bom... Gay — gaguejou ele, como se isso fosse o fim do mundo.
— E qual é o problema? — perguntei perplexa.
— Esse é o problema, eu nunca imaginei que o meu irmão mais novo fosse... Hum... Gostar de homens — sussurrou raivoso, revirei os olhos exasperada.
— Jura que você está surtando por causa disso? A vida é dele, o gosto é dele, é ele quem vai amar um outro homem, você só tem que apoiá-lo e esquecer esse seu preconceito besta — esbravejei baixinho, evitando chamar a atenção de alguns clientes.
— Não é preconceito, apenas... — começou a falar mas sua voz morreu no fim da frase, ele não tem uma desculpa.
— Sim, é preconceito, sim, você sabe disso. Mas, mudando de assunto, como você descobriu? — perguntei terminando o meu biscoito.
— Ontem à tarde eu voltei para casa e o encontrei aos beijos com um outro cara, eu fiquei furioso e confuso e assustado, eu nunca imaginei que... Eu não sei, ele vivia sempre rodeado de garotas, chegávamos a sair muitas vezes juntos para pegar garotas, antes de eu te conhecer, é claro, mas então... — contou chocado, seus olhos estavam desfocados, como se ele estivesse se lembrando do ocorrido. — Eu fiquei estático, petrificado em frente à cena, não consegui me mexer e nem falar nada, Harry expulsou o rapaz e tentou conversar comigo, mas eu fiquei furioso demais e me tranquei no escritório, eu não conseguia mais olhar para ele, fiquei bravo demais, desapontado até, na verdade eu fiquei chocado, muito chocado — confessou ele, todas essas emoções estampadas em seu rosto, mas o que eu notei foi a pontinha de nojo e repulsa que ele sentia, sim, ele tem um preconceito enorme, a ponto de sentir pelo próprio irmão.
— Convenhamos, Justin, você não conseguiu encarar o Harry por sentir repulsa, admita que você sente preconceito por isso, é crime, nós sabemos, mas admita e tente enfrentar isso. É o seu irmão, caramba, você o ama e sabe que vai apoiá-lo acima de qualquer coisa, então lute contra essa sua natureza desprezível — apelei irritada, ele me encarou impassível, como se eu estivesse falando grego.
— Eu... Sim, eu senti nojo dele — confessou baixinho, como se ele se envergonhasse por isso. — Sim, eu tenho preconceito e eu não me orgulho disso.
— Converse com ele, tente entendê-lo, a melhor maneira de você superar isso é se abrindo com ele, entendendo o que ele sente e tentando apoiá-lo com essa escolha que ele fez, não o renuncie, Justin, você é tudo para ele e eu sei que ele também é tudo para você, vocês só tem um ao outro, não o deixe se afastar de você — murmurei quase implorando, ele piscou repetidas vezes, me encarando tristemente, meu coração se comprimiu mais ainda, ele bufou e encarou o chão.



— Eu não vou! — sussurrou ele depois de alguns minutos.
— Ótimo, vou cobrar isso — garanti.
— Que merda, mulher, por que você sempre tem que estar certa em tudo? — perguntou fingindo estar revoltado, ele franziu a testa e umedeceu os lábios.



Olá girls!!
Como passaram o Natal?
Espero que bem, ganharam muitos presentes?
Eu ganhei um Four (que eu dei pra mim mesma kkk) e ganhei um Sneaker (mas eu queria um coturno ¬¬). Kkkkkkkkkk.
Um recadinho:
Bibi Abdalla, quero te avisar que eu já comprei o 'Fazendo o meu filme', da Paula Pimenta, e só estou esperando chegar para começar a ler, tenho uma leve impressão de que vou adorar e vou acabar comprando a coleção inteira kkkkk. Te conto depois que eu ler =).
Eu acho que vou postar antes do Ano Novo, se der tudo certo eu posto na terça ou na quarta, okay?
COmentem pra mim, divas.
Amo vocês <3


4 comentários:

  1. tahh muitoo bom :) eu tambem recomendo o fazendo meu filme,ce vai adorar s2 continuaa

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  2. Hahahahahahhaha tenho certeza q vc vai amar quem sabe vc n se inspira ;) hahahahahahhaahhahaha! Continua ta de maissss

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  3. Taaaah otimoo!! Cmo sempre!
    De present ganhei 2 livro que eu me dei ushausha e dinheiro acho q só kkkkk

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  4. Meu Natal foi maravilhoso, os Natais passados eu me presentiava sempre com algo do 1D, mas nesse eu ganhei uma calça linda, duas blusas, um vestido e o mais importante um perfume do 1D, minha irmã me deu, eu chorei tanto no ombro dela, quase morri, borrei maquiagem td serio, to pensando em usar uma gota quando sair, pq eu quero q ele dure forevemente kkkkkkkkkkkk, continua viu linda
    #Káhh

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Sou como uma escritora, lanço o livro para ser comprado;
Vocês são os compradores e os comentários o pagamento u.u
Faço isso de coração e amo, mas preciso do seu comentário <3

Por: Milinha Malik. Tecnologia do Blogger.

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