quinta-feira, 13 de novembro de 2014



Olhei para a enorme sala à minha volta e percebi o quanto de espaço vazio tinha, não era somente por me sentir sozinho que eu queria pegar o telefone e ligar para a Dianna, ela costuma me animar quando eu me sinto vazio e triste, talvez por isso eu tenha escolhido-a como minha noiva, talvez seja por isso que todos os dias eu anseio ir para casa e encontrá-la me esperando, é, é por isso mesmo!
Com Westminster aos meus pés eu disquei o número do celular de Anna e esperei até ela me atender, esperei cerca de 5 segundos até a doce voz dela sussurrar meu nome, um enorme alívio me invadiu.

— Jus? Oi — sussurrou ela. — Está tudo bem?
— Sim, querida, tudo ótimo, só queria ouvir sua voz — confessei, fechando meus olhos e bloqueando a linda visão do St. James Park.
— Só isso? — perguntou ela, desconfiada, mas pude sentir seu sorriso.
— Anna! — murmurei, fingindo estar chocado. — Está duvidando de mim? — ela riu, uma doce melodia que meus ouvidos adoram escutar.
— Jamais, querido, apenas estou achando isso estranho, você nunca me liga só para ouvir a minha voz, o que está acontecendo com você? — perguntou divertida.
— Eu não sei, acho que estou me sentindo um pouco sozinho, então pensei em ligar para ver como minha noiva está — confessei, sorrindo largamente.
— Ah, entendi, sua noiva está muito bem, entediada, mas bem — disse ela, com a voz monótona e suave.
— Quer me fazer uma visita? Peço ao Charles pra te buscar — ofereci, ela riu.
— Não, Jus, por favor, você sabe que odeio te interromper.
— Você nunca me interrompe, adoro quando você vem me visitar — tentei persuadi-la.
— Tudo bem — ela bufou, me fazendo rir. — Eu vou até ai, mas vou a pé, nos vemos em 25 minutos.
— Claro, querida, amo você.
— Também amo você, beijo.

Desliguei o telefone e soltei um suspiro aliviado, agora a vista de St. James Park parece muito mais bela sabendo que em 25 minutos ela estará aqui para admirar comigo, poderemos conversar e olhar o palácio de Buckingham a distância, ele parece pequeno olhando da minha janela, mas ainda é lindo.
10 minutos depois alguém bateu na minha porta, impressionado com a rapidez de Anna eu saltei da cadeira e corri para recebê-la, mas me surpreendi ao ver quem estava do outro lado da porta.

— Ah, Louis, olá — cumprimentei, um pouco revoltado. — Entre, só vou dar uma palavrinha com a Jessy.
— Claro, Justin — respondeu ele, já entrando.

Deixei que Louis encontrá-se um lugar para sentar-se por si só, eu me voltei para a minha secretária com uma expressão severa no rosto.

— Ele marcou hora? — perguntei, sério o bastante para fazê-la gaguejar.
— N-não, s-senhor, ele disse que por ser seu sócio não tem que marcar hora — respondeu ela, vermelha de vergonha.
— Se todos os meus sócios pensassem como ele eu não deveria nem ter uma secretária, que dirá uma agenda, que isso não se repita, por favor.
— S-sim, senhor, desculpe.

Voltei para a minha sala fumegando de raiva, não adianta pedir para o Louis marcar hora, ele sempre é inconveniente e aparece quando bem entende.
Bufei e me joguei na minha poltrona, ele sorriu e se acomodou na poltrona de frente para minha mesa, ele deixou a pasta na poltrona ao lado e cruzou as mãos no colo, ainda sorrindo cinicamente.

— Esperando alguém, Sr. Clay? — perguntou Louis, sorrindo largamente diante à minha irritação.
— Sim, Louis, estou esperando alguém muito importante que chegará em menos de 10 minutos, é pedir demais para você marcar uma hora? De preferência uma em que eu esteja disponível — esbravejei, perdendo a pouca paciência que me restava.
— Desculpe — murmurou ele, sem sombra alguma de arrependimento, apenas diversão. — Eu vou ser breve, só preciso que assine a cópia do contrato para mim, então te deixarei a sós com seja lá quem for que você precise receber.
— Seja rápido — urrei, o que serviu apenas para fazê-lo rir mais ainda.

Louis Harper pode ser um bom amigo fora do escritório, mas é sempre um pé no saco quando decide aparecer sem avisar, seus irmãos também são meus sócios, mas nunca são tão inoportunos quanto ele.
Louis colocou um contrato em minha frente, rapidamente saquei minha caneta predileta, com as iniciais JC gravadas nela, e assinei a merda do contrato.
Assim que fechei a tampa da caneta mais alguém bateu na porta, agora tendo certeza de que se tratava da Anna eu devolvi o contrato para Louis e corri até a porta, ele continuou sentado, guardando o contrato na pasta.
Abri a porta e pude ver Anna toda sorridente, ela estava linda vestindo um vestido curto sem mangas de uma cor púrpura que lhe caiu muito bem, ela tinha um pequeno cinto preto marcando sua cintura fina, ela calcava sapatilhas e usava brincos pequenos, tão delicados quanto ela, rapidamente a puxei para meus braços e a beijei apaixonadamente; como senti falta dela.
Louis pigarreou, se entrometendo e me fazendo soltar Anna, ela sorriu, claramente envergonhada e tocou os lábios enquanto encarava o chão, olhei furioso para Louis e ele riu.

— Então é por isso que ficou tão furioso quando eu cheguei? Ah, me desculpe Clay, não sabia que pretendia receber visitas íntimas, pode deixar, da próxima vez eu marco uma hora disponível em sua agenda — falou Louis, mais irônico impossível.
— Ah, bom, tudo bem — tentei não tentar ser educado, mas meus bons modos falaram mais alto. — Louis Harper, essa é minha noiva, Dianna Walker; Anna, esse é meu sócio Louis.
— Muito prazer, Sr. Harper — murmurou Anna, e esticou a mão para cumprimentá-lo.
— O prazer é todo meu, Srta. Walker, parente do grande Paul Walker? — perguntou ele, indiscreto e invasivo, como sempre.
— Ele era meu tio — respondeu Anna, tentando manter o bom-humor, mas não é possível quanto se fala de um tio muito próximo e há pouco falecido.
— Tudo bem, nos vemos depois Louis, não esqueça de marcar hora, não quero demitir Jessy por sua causa — esclareci, ele fez uma careta.
— Pobre garota, Clay, tenha dó dela. Até mais srta. Walker, nos vemos por aí
— Até mais, Sr. Harper.

Os olhos de Louis demoraram mais que o necessário em Anna, percebendo a indelicadeza ele sorriu para mim e foi embora, acenando com a cabeça para Jessy antes de entrar no elevador.
Fiquei encarando as portas do elevador por tempo demais, não gostei do olhar dele tanto quanto gosto de sua ousadia.
Anna puxou delicadamente minha mão e eu voltei a realidade, olhei para ela e em seguida para Jessy, ela estava esperando que eu falasse algo.

— Não quero ver ninguém até a srta. Walker ir embora, entendeu? — falei rudemente, ela assentiu com a cabeça freneticamente. — Ótimo.

Fechei a porta e finalmente a privacidade ficou a meu favor, Anna sorriu e se aproximou, se aninhando em meus braços abertos, beijei o topo de sua cabeça e ela suspirou.
Anna se inclinou, saindo dos meus braços, e desabotoou meu paletó, abri meus braços e deixei que ela o retira-se, ela o colocou em cima da poltrona e me ajudou a encolher as mangas da minha camisa de linho branco, afrouxei minha gravata e enfim fiquei à vontade, respirei fundo, deixando todo o peso de uma empresa multinacional sair das minhas costas, ser um CEO não é algo muito relaxante.

— Muito melhor, obrigado — murmurei e a abracei novamente.
— Sim, muito melhor — concordou ela.

Me sentei em minha poltrona e a puxei para meu colo, ela deitou a cabeça na curvatura do meu pescoço e relaxou.
Passei meus braços ao redor da cintura dela e a apertei.

— Então, para que me chamou aqui? — perguntou ela.
— Estava com saudades, ué, não posso sentir saudades da minha garota? — provoquei, ela riu.
— Mas você me viu hoje de manhã — murmurou ela, com uma voz suave e doce.
— E isso foi há 4 horas, tem noção do quanto fico irritando quando passo o dia inteiro nesse escritório? É tão entediante, gosto de trabalhar em casa, pelo menos você pode ir lá e me distrair um pouco — brinquei, ela riu e me beijou.
— Ah, sim, posso fazer isso, sim — concordou ela. — Mas o que eu não entendo é como você pode ficar entediado com uma vista incrível como essa do St. James Park — ela se inclinou no meu colo, para olhar pela janela.
— A vista é legal, mas fica muito sem graça quando eu estou sozinho, é melhor quando você está aqui.
— Awn, que fofo, amor — ela sorriu, piscou os enormes cílios e me beijou.
— Vamos sair para almoçar? — perguntei, ainda saboreando o doce gosto de seus lábios.
— Sim, claro, ótima ideia.

Anna se levantou e alisou o vestido, colocando-o no lugar, me levantei e dobrei mais um pouco as mangas da minha camisa, peguei o paletó e o pendurei no ombro, segurando-o com o dedo indicador; soltei a gravata, deixando-a pendurada no pescoço, e envolvi a cintura de Anna com o braço livre.

— Amor, você fica sexy com essa aparência de CEO relaxado — falou ela, com um sorriso sapeca.
— Ah, meu amor, se eu fico sexy assim, imagine ver você dormindo na minha cama, enrolada com aqueles lençóis de cetim; só de imaginar eu já penso em trancar essa porta e passar o resto do dia aqui com você.
— Sim, isso é irresistível, querido, mas vamos, estou com fome — falou ela, rindo muito, ela esticou a mão e abriu a porta.
— Vamos lá então.

Jessy estava ocupada com alguns formulários, ela levantou a cabeça e sorriu, seu instinto profissional ativado, Anna retribuiu com um sorriso doce e encantador.

— Jessy, vamos almoçar, anote meus recados, volto em duas horas — puxei Anna em direção ao elevador e ela me cutucou com o cotovelo, ela fez uma careta e eu revirei os meus olhos. — E tire um tempinho pra almoçar e descansar também — completei, Anna sorriu satisfeita.
— Obrigada, Sr. Clay — agradeceu Jessy.
— Bom garoto — provocou Anna.
— Chata! — revidei, ela gargalhou.
— Muito profissional de sua parte, Sr. Clay — desdenhou ela.
— Você desperta o meu lado infantil, Srta. Walker — brinquei a fazendo rir novamente.

Entramos no elevador, não querendo tirar as mãos de Anna eu apontei para o painel de botões com um aceno de cabeça, ela riu e apertou o botão número 1.
A puxei para ficar na minha frente e a beijei, dei alguns passos para trás, a puxando comigo, e me apoiei na parede do elevador, deslizei minha mão pela seu quadril e a descansei na curva de sua cintura.

— Huumm amor, vamos almoçar em casa? — pedi em meio a um gemido, Anna riu.
— Controle-se, Sr. Clay, tem câmeras aqui — ela falou, puxando minha mão de sua bunda para sua cintura novamente.
— Esse prédio é meu, querida, só uma ligação e essas imagens nunca mais existirão — ela riu e me deu um tapa no ombro.
— Você é um megalomaníaco muito pretensioso, sabia disso? — ela me provocou, 
— Desculpe, mas sou só realista — respondi, rindo junto com ela.
— Ah, seu idiota...

Ela parou de falar quando a porta do elevador se abriu, Louis abriu um sorriso largo e ridículo, eu pensei que ele tivesse ido embora, que bosta.
Ele entrou no elevador antes que as portas se fechassem e Anna ficou ao meu lado, seu rosto corado de vergonha.

— Nos encontramos de novo — falou Louis, em um tom provocativo.
— Mais vezes do que eu gostaria em um dia só — respondi mal-humorado.
— Justin, por favor — pediu Anna, a suavidade encobrindo o tom bravo.
— Ah, não se incomode, linda, ele é arrogante o tempo inteiro, já estou acostumado — falou Louis, os olhos brilhando em direção à Anna.
—  Menos intimidade com a minha noiva, por favor Louis, sem gracinhas — ordenei rudemente, Louis riu e Anna me cutucou.
— Primeiro andar? — perguntou Louis, tentando adotar uma postura séria e profissional.
— Sim e você? Não já devia ter chegado lá há mais tempo? — provoquei, deixando escapar um sorriso arrogante.
— Tive que visitar uma pessoa no 2º andar, nada demais — respondeu ele, com um ar dissimulado. — Vão almoçar? — perguntou com o típico sorriso sacana dançando nos lábios.
— Sim, vamos sim e antes que você pergunte, não, não pode ir conosco — falei sério, Anna guinchou surpresa com a minha ignorância, mas Louis está acostumado e simplesmente riu.

O elevador parou no primeiro andar e Anna se apressou para sair, Louis a seguiu com os olhos, me deixando louco de raiva, ela parou na porta e olhou para mim.

— Ah, amor, procura o Charles? Quero dar uma palavrinha com o Louis, já te encontro — falei e sorri inocentemente.
— Tudo bem, comporte-se — ela pediu e virou as costas, indo até as portas de vidro do prédio.

As portas do elevador se fecharam e eu apertei o botão vermelho de parada de emergência, Louis olhou para mim com os olhos arregalados.

— Tá tudo bem, Justin? — perguntou, tentando parecer sério, mas ele queria rir, eu sei disso.
— Não, não está tudo bem. Eu quero que me escute, tá bom? — ele assentiu freneticamente com a cabeça. — Quero que você tire a merda dos seus olhos da minha noiva, entendeu? Você e seus irmãos podem ser meus sócios, podem até ser meus amigos fora deste prédio, mas tem uma coisa que eu não admito e essa coisa é você pregando a merda dos seus olhos na minha garota, entendeu? — esbravejei apontando um dedo acusador para Louis, ele bufou e em seguida caiu na gargalhada.
— Cara, não viaja, sua garota pode ser impressionante, uma paisagem impecável, mas é sua, entendeu? Ela está preste a ganhar o seu sobrenome e não vou ser eu quem vai atrapalhar isso, tá legal? Relaxa — falou ele, tentando soar amigável e inocente.
— Hum, acho bom mesmo.

Apertei o botão vermelho novamente e as portas se abriram, saí antes de Louis e pendurei o paletó no ombro novamente, minhas mangas encolhidas deixavam à mostra as minhas tatuagens nos ante-braços que eu raramente mostrava.
Anna estava parada próxima as portas de vidro, Charles estava ao lado dela e ambos estavam conversando, me aproximei lentamente e enlacei sua cintura com meu braço livre, Charles ajeitou a postura e arrumou a gravata.

— Vou buscar o carro, Sr. Clay.
— Obrigado, Charles — agradeci e beijei a têmpora de Anna, ela sorriu delicadamente.
— Falou com seu sócio? — perguntou.
— Sim, está tudo certo, podemos ir agora.
— O que aconteceu lá dentro? — perguntou ela, com uma sobrancelha erguida.
— Eu dei uma surra verbal nele, nada demais, depois saí de lá como um modelo em uma passarela — respondi com um sorriso presunçoso, ela riu.
— Você é sempre tão arrogante?


— Você sabe que sim — respondi, ela riu novamente.
— Idiota.

Charles estacionou o carro na frente do prédio e saiu do mesmo para abrir a porta de trás para Anna entrar.
A caminho do carro eu me perguntei se Louis realmente entendeu meu recado, se eu fosse um vidente eu teria previsto que ele seria uma pedra no meu sapato e seria o motivo pelo qual Anna nunca receberia o meu sobrenome, ladrão babaca...



Olá garotas,
Como estão? 
Aí está o prólogo de DHK?, gostaram? 
Espero que sim, porque a partir do próximo cap. vai ser 
com o ponto de vista da Anna e vai ser melhor, espero kkkk
Comentem pra mim, please.
7 comentários?
Amo vocês <3



7 comentários:

Sou como uma escritora, lanço o livro para ser comprado;
Vocês são os compradores e os comentários o pagamento u.u
Faço isso de coração e amo, mas preciso do seu comentário <3

Por: Milinha Malik. Tecnologia do Blogger.

Um Amor Real

Sinopse
"https://one-direction-picture.blogspot.com/2024/04/um-amor-real-prologo.html">Prólogo

Cupcakes Visitantes ♫♫

Translate

Talk to me!!

Instagram

Instagram

Seguidores

Agenda!