domingo, 29 de junho de 2014

"Queria que nós pudéssemos nos sentir sozinhos agora
Se nós achássemos um lugar pra nos esconder
Fazer da ultima vez como a primeira
Apertar um botão e voltar..."
- Summer Love (One Direction)




- Vocês estão loucos? Não vou pular ai. -falei olhando lá para dentro, estava tudo preto, não dava para ver nada.
- Vamos Kat, eu vou primeiro e depois te seguro, pode confiar -falou Harry, colocando as pernas para dentro e pulando em segundos.
- Não vou pular, estou de salto. -falei assustada.
- Vamos Kat, eu te seguro, estou vendo e sei aonde você vai cair, vem. -chamou Harry, tranquilamente.
- Você vai me pegar? -perguntei manhosa, ele riu.
- É claro que eu vou, vem.

Respirei fundo e coloquei as pernas para dentro da janela, deslizei devagar deixando meu corpo cair lentamente, tentei encontrar o chão com a ponta do pés mas não achei nada.

- Solte Kat, estou aqui. -insistiu Harry.

Fechei meus olhos com força e me soltei, senti o rápido vento balançar meus cabelos e logo os braços de Harry me pegaram, ele cambaleou para trás e me pós em pé, respirei fundo sem nem perceber que estava prendendo a respiração, ele riu novamente.

- Viu? Não foi tão ruim.
- Vocês querem vir logo? -ralhou Louis, apressado.

Harry pegou minha mão e me guiou pelo escuro, uma luz fraca se tornou mais intensa à medida que avançávamos no corredor, junto à luz, o som de gritos e risadas altas também se fizeram notar.
Havia um galpão antigo e lotado de pessoas, um palco no centro era rodeado por umas cordas, lembrava um ringue de boxe.
Louis parou e ficou olhando para a bagunça de pessoas, ele colocou as mãos na cintura e olhou em nossa volta, para a escuridão, meus olhos estavam fixados na multidão, homens e algumas mulheres estavam gritando e levantando notas de dinheiro, um cara dentro do ringue estava recolhendo a grana e falando em um megafone, não consegui entender o que ele dizia.
Uma voz grossa me fez olhar para a escuridão e da nossa esquerda saiu Liam Payne, ele tinha um sorriso presunçoso nos lábios, vestia uma calça jeans clara, uma camiseta e uma jaqueta de couro, seu coturno me chamou atenção, já que tenho uma certa paixonite por coturnos, um perfeito badboy, ele tirou os óculos escuros, estilo Ray-Ban, dos olhos e o pendurou na gola da camisa, vi ele guardar as chaves no bolso da calça e então deu um rápido abraço de cumprimento em Louis e Harry, permaneci encolhida olhando a multidão, ignorando totalmente a presença do senhor 'testosterona'.
Liam é o tipo de cara que não pretendo conversar, nunca gostei de seu jeito presunçoso e egocêntrico, prefiro distância de gente como ele.
Dei alguns passos à frente, na esperança de me misturar com os diversos bêbados que ali estavam para que Liam não me notasse, a última coisa que quero é aturar Liam Payne.
Tirei minha jaqueta e pendurei-a em meus braços, cruzando os mesmo sobre minha barriga, fiquei olhando a grande bagunça que era aquele porão.
O rapaz com um megafone aumentou o volume e começou a gritar.

- Agora, vamos a luta. -falou e todos gritaram, abafando sua voz- O lutador de hoje, como alguns de vocês já conhece é o Tommy Stiffler. -gritou e um rapaz alto e musculoso entrou no ringue.

Tommy tinha os cabelos loiros e um rostinho angelical, mas por traz de seus cabelos e olhos claros estava um sorriso medonho, uma de suas orelhas estava com a pontinha decepada e seus braços e algumas partes de seu rosto tinham algumas cicatrizes de lutas anteriores, me encolhi mais ainda, abraçando à mim mesma, ele me dá arrepios.
Quando voltei até onde Lerie estava, Liam já estava indo à caminho do ringue com Louis em seus calcanhares, discutindo estratégias de luta.
Liam entregou a jaqueta e os óculos para Louis, ele dobrou a beirada da calça e passou a mão pelos cabelos, bagunçando-os um pouco, sua camiseta cavada deixava à mostra suas costas torneadas e musculosas, ele subiu o primeiro degrau enquanto o locutor lhe apresentava.

- Agora, o lutador da casa, o grande, invencível e muito charmoso... -falou em um tom galanteador, algumas garotas gritaram- Liam Payne, vamos lá camarada, essa é toda sua. -encorajou Liam lhe dando palmadas nas costas.

Liam deixou para tirar a camiseta alguns segundos antes da luta começar, ele parecia despreocupado e feliz, enquanto Tommy estava sério em frente a ele.
Fechei meus olhos quando o primeiro soco foi dado por Liam, que acertou Tommy no queixo, encostei minha cabeça no braço de Harry e permaneci de olhos fechados enquanto ele se movia, entusiasmado com a luta, odeio violência e não foi uma boa ideia vir até aqui.
Arrisquei abrir os olhos por poucos segundos, sempre que eu os abria via sangue e fechava-os imediatamente, só voltei a abri-los quando a algazarra aumentou, abri o olho esquerdo e vi o locutor levantar o braço de Liam, que limpou a boca de onde escorria um fiapo de sangue.
Liam tentou se dirigir até onde estávamos, ainda limpando a boca, quando ele se aproximou mais algumas garotas estavam o seguindo, uma delas lhe entregou um lencinho e ele aceitou para limpar a boca, depois a dispensou com um aceno de mão.
Segurei firme no braço de Harry, meu salto estava começando a machucar por ficar tanto tempo em pé, ele me olhou e passou o braço pela minha cintura, me dando apoio.

- Melhor? -perguntou gentilmente.
- Sim, obrigada.

Liam pegou a jaqueta e o óculos com Louis e então parou em nossa frente, os olhos levemente arregalados olhando de Harry para mim repetidas vezes, senti meu rosto corar com a atenção que eu tanto evitara.

- Zayn estava procurando por você, amor. -falou para mim, sem desviar os olhos dos meus, olhei para meus pés timidamente, assentindo.
- Ele tá aqui? -perguntou Harry, tão surpreso quanto eu.
- Sim, está por ai. -respondeu e arrisquei olhar para ele, mas ele continuava me encarando- Eu não mordo, sabia?
- É claro que não morde. -respondi com desdém- De cachorro você só tem o caráter. -lhe enviei um sorriso sarcástico e ele retorceu a boca, levemente divertido com minha resposta.
- Um dia ainda vou descobrir por que você me odeia tanto. -falou divertido, mas contendo o riso.
- Boa sorte. -desejei, ainda sarcástica.

Estava tão nervosa e irritada com a atenção que ele estava me dando que larguei o braço de Harry e fiquei trocando o peso do meu corpo de um pé para outro, não suporto ficar tão próxima à ele, simplesmente não suporto.
Percebi que Harry estava me encarando, seu olhos tinham um brilho que eu conheço muito bem, um interrogatório está por vir, talvez ele espere até chegarmos em casa, ou comece logo aqui, as vezes o ciúme dele chega a ser sufocante.
Antes que ele abrisse a boca eu coloquei o dedo em seus lábios, o impedindo de falar, ele olhou para meu dedo ficando vesgo e me fazendo rir.

- Não começa. -falei controlando a risada.
- Mas eu só ia perguntar por que o Zayn tá te procurando. -falou de mansinho.
- Esqueça, não vale a pena.
- Ah, com certeza vale a pena. -se intrometeu Liam.
- O que quer dizer com isso, Liam? -perguntou Harry, mais interessado que nunca.
- Qual é Harry? Cuida da sua garota se não vai acabar perdendo, e não estou falando do Zayn. -falou e um sorriso sacana brotou em seus lábios.
- Eu não sou a garota dele. -bufei irritada, ele riu.
- Tá legal, chega de briga, crianças, por favor vamos embora. -gritou Lerie, quando percebeu que o porão estava quase vazio.
- Me acompanha, amor? -perguntou Liam, estendendo o braço para mim.
- Vai se ferrar. -falei entre os dentes e saí na frente, em direção a saída mais próxima.
- O que eu fiz? -perguntou ele aos demais que ficaram.
- Vai com calma, ela só te odeia. -aconselhou Lerie.

Fingi não escutá-los e continuei a andar até a escada que dá acesso ao andar de cima.
Escutei passos atrás de mim, relaxei pensando ser Harry, já que o barulho eram de botas, mas quando me virei para esperá-lo Liam brotou do inferno para me ajudar a subir as escadas, como se não houvesse um corrimão ou como se eu não tivesse pernas.
Ele ficou com a mão estendida, esperando que eu a segurasse para subir as escadas, mas escolhi o corrimão sujo e úmido, bufei ao sentir a poeira úmida sujar minha mão, mas não demonstrei, para que ele não ficasse mais feliz ainda.

- Ah, qual é? Estou sendo cavalheiro, pode por favor me ajudar? -implorou com uma voz esganiçada.
- Quer que eu ajude como? -perguntei subindo as escadas cada vez mais rápido, com ele nos meus calcanhares.
- Parando de ser grossa e me permitindo te ajudar a subir as escadas, por exemplo. -sugeriu e eu parei de repente ao sentir meu pé latejar de dor.
- Não estou sendo grossa. -falei, tentando esconder a dor no meu pé.

Me incline para alcançar os saltos e retirá-los, mas antes que eu tirasse o esquerdo, Liam passou os braços pela minha cintura, me levantou e tirou os dois em poucos segundos, fiquei paralisada olhando para ele, minha boca levemente aberta de surpresa, por que ele fez isso?

- Pra te ajudar, você pode simplesmente agradecer ou me dar um chute, vai ser excitante de qualquer forma. -respondeu presunçoso, lendo meus pensamentos.
- Você é tão... desprezível. -falei tirando a mão dele da minha cintura e pegando meus sapatos de sua mão.

Voltei a subir as intermináveis escadas, mas não havia sinal do primeiro andar, e Liam continuava a me seguir, eu podia sentir seu sorriso irritante, mas não me atrevi a olhar.
Parei subitamente de subir as escadas quando notei que somente Liam estava me seguindo, os outros não, enruguei a testa ao olhar para trás e só ver o sorriso idiota do Liam.

- O que foi, amor? -perguntou gentilmente.
- Não me chame assim. -retruquei irritada.
- Você fica linda quando enruga a testa. -falou e com o indicador trassou uma linha entre minhas sobrancelhas, abaixo da testa- Aqui forma uma linda linha, dá vontade de beijar. -falou e imediatamente me afastei dele.
- Cadê os outros? -perguntei sem rodeios, ele riu.
- Foram pela outra saída.
- Por quê? -perguntei, minha voz soou estridente.
- Porque eu pedi.
- Liam, me deixa em paz, tudo bem? Pode fazer isso? -perguntei calmamente, voltando a subir as escadas de costa, sem desviar o olhar dele, mas ele continuou a subir junto comigo.
- Não posso, gosto de você. -falou dando de ombros, naturalmente.
- Não seja ridículo. -bufei e virei as costas para ele, voltando a correr.

Finalmente, depois de 10 minutos de muita tortura, encontrei a porta pro saguão abandonado do antigo prédio de artes, o porão era espaçoso o bastante para a luta, tenho que admitir que foi uma boa escolha.
Corri para a porta de saída do prédio, puxei-a com força, mas ela não se moveu, quem foi o imbecil que a trancou?

- Ray deve ter trancando. -respondeu ele, ai está novamente a misteriosa maneira de ler meus pensamentos não pronunciados.
- Você tem a chave, não tem? -perguntei aflita, ele levantou os ombros se desculpando.
- Não.
- Merda. -praguejei e escorreguei pela porta, me sentando no chão e colocando minha jaqueta nas pernas.

Liam se aproximou cautelosamente, com receio que eu me afastasse, ele se sentou ao meu lado e suspirou, a cabeça dele virou lentamente em minha direção e eu o olhei, permitindo uma trégua.

- O que vamos fazer? -perguntei.
- Eu não sei, Louis trancou a janela depois que saiu. -afirmou com a voz fraca.
- Usa seu celular, liga pra alguém.
- Usa o seu, o meu ficou em casa. -bufei irritada e ele riu- Você adora bufar, não é?
- Não posso usar o meu celular.
- Por quê? -perguntou tranquilamente.
- Ficou na minha bolsa, que ficou no carro do Louis.
- Que azar. -falou pensativo, depois se virou para mim, sorrindo- Bom, estamos sozinhos, não é tanto azar assim.
- Sim, é muito azar, não acredito que estou presa em uma droga de prédio velho e sujo com um babaca feito você, é castigo, meu Deus? O que eu fiz? -perguntei olhando para o teto.
- Por que tanto ódio? -perguntou, percebi que ele ficou um pouco triste.
- Não é ódio, só não gosto de você.
- De mim ou do meu jeito? 
- Dos dois, você é um caso perdido de badboy metido a garanhão, que acha que pode tudo, inclusive sair cantando todas as garotas da faculdade e depois descartá-las como se fossem lixo. -desabafei e ele riu envergonhado.
- Você é sincera, gosto disso. -falou simplesmente, arregalei meus olhos esperando uma resposta ao meu ataque, mas ele só sorriu.

Fiquei quieta, sua reação me pegou de surpresa e não sei mais o que dizer, então apenas encostei minha cabeça na porta e olhei para o extenso saguão de entrada do prédio.
Liam ficou quieto também, sua respiração estava pesada e imaginei que ele estivesse dormindo, mas quando olhei para ele seus olhos estavam abertos e estavam me encarando fixamente, prendi a respiração por um segundo, depois a soltei.

- Podemos não brigar? Não sei... Eu só quero uma trégua. -falou ele, calmamente.
- Desculpa, sim, podemos ter uma trégua. -falei baixando a guarda e ele sorriu inocentemente.
- Valeu, já que temos que passar a noite aqui podemos tentar resolver nossos problemas, já que desde que você chegou, aqui na faculdade, você me bombardeia com palavras e insultos toda vez que me vê.
- Desculpe. -murmurei envergonhada- Eu só não gosto da ideia de ficar muito perto de alguém como você. -ele engasgou e riu.
- Alguém como eu? Tá bom, foi magoada por um canalha, feito eu, no passado ou o quê? -perguntou divertido.
- Não, eu só não curto esse tipo de pessoa. -falei sonolenta, essa conversa está me dando sono, ou foram as taças de vinho que tomei.
- Pode tentar me curtir? Pelo menos um pouquinho? -perguntou docemente e eu bocejei- Eu te deixo entedada, Srta. Phepls?
- Não, eu só... Como sabe meu nome?
- Bom, você é a melhor amiga da namorada do meu primo, o cara que divide apartamento comigo, quando ele conheceu a Lerie ele não parava de falar dela um segundo se quer, ele mencionou você algumas vezes. -falou levantando os ombros, indiferente.
- Ah tá, eu posso tentar. -afirmei, respondendo sua pergunta anterior.
- Pode tentar? Ah sim, obrigado.
- Mas você precisa...
- Eu já sei, merecer sua confiança? -perguntou presunçoso.
- Não, bobo, me responder uma coisa.
- Ah sim, pode mandar então.
- Por que decidiu vir atrás de mim? O que te deu? -perguntei o encarando, ele sorriu.
- Eu não sei, apenas te segui e decidi que queria que você não me odiasse, nem que eu tivesse que usar todo o meu charme, a sua arrogância e sua grosseria comigo meio que... Destruía minha auto-confiança, então decidi saber o motivo disso tudo. -respondeu sinceramente e senti meu queixo cair mais uma vez.
- Destruir sua auto-confiança, tá falando sério? Eu e minhas míseras palavras? Me sinto lisonjeada... E envergonhada. -completei sentindo meu rosto corar, ele riu novamente.
- É, sua boquinha nervosa me destruía lentamente, tive que por um ponto final nisso, sabe, meu frágil ego não suportaria mais um bombardeio de insultos.
- Liam, você quase me fez sentir pena. -falei irônica e ele gargalhou.
- Faltou pouco? -perguntou esperançoso, assenti sorrindo- Espere, deixe eu tentar mais uma vez. -ele tossiu, limpando a garganta dramaticamente e continuou- Toda vez que eu te via, eu sentia uma pequena esperança de não ser criticado, mas você sempre me surpreendia com insultos novos, mas eu sempre gostei disso, você é a única que tem coragem de dizer isso na minha cara, então por dentro eu me sentia um verme repulsivo, mas um verme feliz por receber sua atenção. -completou e eu ri.
- Você é um verme, Payne, um verme repulsivo e feliz, concordo com você, nós dois somos vermes então. -falei sorridente e ele assentiu, também rindo.

Liam abriu a boca para falar mais alguma coisa, porém, fomos interrompidos por batidas estrondosas na janelinha da porta, Liam se levantou rapidamente e estendeu a mão para me ajudar, logo a cara de Harry e Lerie, espremidos, apareceu no vidrinho, Harry esmurrava a porta sem piedade.

- O que estão fazendo aí? Por que não saíram ainda? -perguntou Lerie.
- Resolvemos tomar um chá, Valerie, que acha da ideia? Quer se juntar à nós? -perguntei irônica e ela reprimiu uma risada.





Hey girls,
Desculpem a demora, ñ tenho uma desculpa mto boa pra isso, kkkk
Bom, obrigada pelos coments. Amei todos eles.
Comentem rapidinho pra mim, 5 coments e eu posto, okay?
Amo vcs minhas divas <3



7 comentários:

Sou como uma escritora, lanço o livro para ser comprado;
Vocês são os compradores e os comentários o pagamento u.u
Faço isso de coração e amo, mas preciso do seu comentário <3

Por: Milinha Malik. Tecnologia do Blogger.

Um Amor Real

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