domingo, 25 de outubro de 2015

"Não gosto do jeito como ele está te olhando
Estou começando a achar que você também o quer
Estou louco? Por acaso te perdi?"
— Jealous (Nick Jonas)



— Sim, Josh. Aquele Will. Ele é irmão da Keny, a família de Keny está aqui, então é natural que ele também esteja, além do mais, somos amigos — falei rapidamente, então passei a minha taça de vinho para Brooklyn, que a pegou animadamente e deu dois goles grandes na bebida.
— Chega de vinho, Brook, você ainda é menor de idade — ralhou Josh, devolvendo a taça de Brook para o garçom e pegando uma de refrigerante. — E ele é seu amigo? Amigo colorido ou o quê? — ele sussurrou para mim. Como ele consegue mandar no irmão e ao mesmo tempo discutir comigo? Preciso aprender a fazer isso!
— Poxa — resmungou Brook, encarando tristemente a sua taça de refrigerante, eu ri.
— Deixa de ser ciumento, Josh. Somos amigos! — murmurei impaciente, Josh revirou os olhos exasperadamente.
— Não sou ciumento, estou apenas tentando entender a droga dos fatos — ele reclamou impaciente, dessa vez quem revirou os olhos foi eu. — E não revire os olhos para mim!
— Deixa de ser hipócrita, você acabou de revirar os olhos para mim! — exclamei indignada, ele sorriu arrogantemente. 
— Eu posso, querida — ele disse, fiquei indecisa entre rir e bufar, então dei um sorrisinho debochado.
— Não, não pode, meu bem — devolvi docemente. — Não é educado.

Agarrei o braço de Brook e o guiei por entre a multidão, deixando Josh para trás, Brook parecia divertido com a situação e adorou ver o irmão irritado, pelo menos alguma coisa, ou alguém, estava ao meu favor.
Avistei Keny e Will tomando vinho em um canto do salão, olhando todos à volta deles, mas apenas cochichando entre si. Me aproximei agarrada a Brook e com Josh em nossos calcanhares.

— Amiga, que bom que veio nos salvar do tédio — gracejou Keny, Will ergueu as sobrancelhas ao olhar para o meu braço entrelaçado ao de Brook e abriu um sorriso maldoso.
— Esse não é muito jovem para você, querida? — Will olhou então para Josh, que cruzou os braços ao meu lado.
— Mas esse daí não — divertiu-se Keny, esticando a mão para cumprimentar Josh. — Seja bem vindo ao manicômio que é a nossa família, sr. Mayhen.
— São todos muito acolhedores, obrigado por nos receberem — agradeceu Josh, forçando um sorriso para Keny, ele ainda irradiava tensão e irritação.
— Beba um pouco Josh, e deixe de ser tão formal — resmunguei lhe passando uma taça de vinho que o garçom acabara de me entregar.
— Me quer bêbado, meu bem? Instigante, mas eu posso garantir que não vou perder a memória pela manhã — ele alfinetou, esboçando um sorriso arrogante e provocador.
— Cale a boca e beba — falei entre dentes, mais irritada do que seria permitido em uma festa de Natal.
— Você quem manda, docinho — ele debochou, revirei os olhos e ele arregalou os dele, em advertência.
— Vocês dois são engraçados — observou Keny, Will estava ocupado demais em uma conversa com Brooklyn, os dois pareceram se entender.
— Ele está de mal humor, é por isso que eu também estou irritada — resumi rapidamente, impaciente demais para lhe dar um inventário detalhado.
— Que bonitinho, já compartilham sentimentos? — Keny brincou, piscando docemente. Josh quase se engasgou com o seu vinho.

Aguentei as provocações de Josh e Keny até a meia noite, que foi quando a mãe de Neev anunciou que todos podiam ocupar seus respectivos lugares nas muitas mesas que foram espalhadas pelo salão.
A mesa que tinha os nomes de Josh e Brook era a mesma mesa que tinha os nomes da minha família e o meu nome. Noah ficou mal-humorado por não ficar ao lado de Neev, mas ela estava na mesa ao lado, os dois podiam praticamente se tocar se esticassem os braços.
Minha mãe pediu a todos um minuto para uma oração de agradecimento ao nascimento de Jesus, depois disso os garçons foram liberados para servir a comida.

— O que é isso? — Josh sussurrou em meu ouvido, ambos olhamos para o prato dele e para o meu.
— Arroz doce. Você nunca provou arroz doce? — perguntei surpresa, ele sorriu envergonhado e deu de ombros. — Prove então, vai gostar — encorajei-o.
— E se eu não gostar? — ele perguntou, então virou seu rosto até seus olhos encontrarem os meus. — O que eu ganho?
— A questão é: O que eu ganho se você não gostar? — rebati, no mesmo tom desafiador.
— Levo você para um passeio, para ficarmos um pouco sozinhos. Tem sido muito difícil ultimamente — ele disse, ponderei um pouco sobre isso.
— Eu concordo, mas adoraria que Brook fosse conosco, pelo visto hoje não poderei conversar com ele — murmurei olhando de relance para Brook, Noah tinha o puxado para uma conversa animada sobre o último jogo da Liga dos Campeões da Europa.
— Tudo bem, quando quiser — ele concordou. — Agora é a sua vez, o que eu ganho?
— Se você gostar, eu dou-lhe o que você quiser — murmurei docemente, ele arregalou os olhos sorridente, quase pude ver as engrenagens dentro de sua cabeça trabalhando dobrado.
— Qualquer coisa? — ele sussurrou, esboçando um sorrisinho malicioso. Senti o olhar intrigado do meu pai sobre nós, então parei de sorrir e tentei parecer normal.
— Prove — ordenei, ele riu e encheu a colher com o arroz doce.

Observei ansiosa Josh mastigar, ele fez algumas caretas, como se não estivesse gostando, então ele engoliu e virou a cabeça lentamente para me encarar. E, com um grande exagero, ele fez uma careta de desgosto.

— Desculpe, eu poderia dizer que adorei e ganharia de você algo que eu tanto sonho nos últimos dois meses, mas aí você me faria comer mais disso e eu acho que poderia vomitar se colocasse mais uma colherada na boca — ele sussurrou com um ar decepcionado, o que me fez rir.
— Tudo bem, quem ganha sou eu. Podemos sair depois de amanhã, pode me pegar em casa pela manhã? — perguntei arrogantemente, ele riu e assentiu enquanto bebia vários goles de sua taça de água.
— É claro, querida. Às 10 esteja pronta — ele sorriu largamente e afastou o prato com arroz doce.


►►►

No meu último dia de folga, no dia 26, eu me arrumei cedo e esperei que Josh passasse para me buscar, como ele prometera. 
Eu não sabia aonde iríamos, só sabia que estava frio e que ele tinha planejado algo para fazermos com Brooklyn, eu estava louca para passar um tempo com eles, principalmente porque não pudemos nos conhecer direito com todos os meus parentes ao redor.
Um carro estacionou em frente à calçada e eu saí de casa, vi outro carro preto estacionar logo atrás do Audi de Josh, era Eiden acompanhado de Keny, acenei para os dois e entrei rapidamente dentro do Audi de Josh. Brooklyn estava no banco de trás e sorriu largamente ao me cumprimentar, assim como Josh, que se inclinou para me dar um selinho rápido.

— Pensei que seríamos só nós três — murmurei esticando o pescoço para ver o carro de Eiden pelo espelho retrovisor.
— Acho que um pouco de companhia não nos fará mal — disse Josh, em seguida olhou para mim, como se testasse a minha reação, assenti e ri. — Além do mais, Eiden é um chato quando decide ficar no meu pé.
— Tudo bem, mas aonde vamos? — perguntei, dessa vez não olhei apenas para Josh, mas também para Brook, que sorriu misterioso.
— Não contou a ela, mano? — perguntou Brook, divertido com a hipótese.
— Não, mas você pode fazer as honras.
— Vamos dar um pulinho na Winter Wonderland, no Hyde Park. Depois vamos almoçar em algum lugar legal e terminar o dia lá em casa, embaixo das cobertas, em frente à lareira e vendo um filme da hora — falou Brook, empolgado, o que me fez rir.
— Nossa, parece muito bom — elogiei batendo palmas, Brook praticamente inflou de orgulho.
— Eu sei, eu disse ao Brook que ele podia escolher o nosso itinerário hoje — concordou Josh, sorrindo docemente ao olhar o irmão pelo espelho. Brook nem percebeu o olhar do irmão.

Winter Wonderland é um parque fantástico que é montado todo inverno no Hyde Park, tem roda-gigante, pista de patinação, e muitas outras coisas maravilhosas. Todos os anos eu vou lá com Noah e as meninas.
Chegando ao parque, Josh estacionou e nós deixamos o carro, Josh e Brooklyn socaram um ao outro de brincadeira, como irmãos fazem, enquanto esperávamos que Eiden estacionasse e ele se juntasse a nós junto com Keny.
Quando todos nos juntamos nós seguimos em direção à entrada do parque de diversões, Josh passou o braço ao redor da minha cintura e eu esfreguei minhas mãos, estavam congelando.

— Cadê suas luvas, garotinha? — ele perguntou divertido.
— Esqueci de pô-las — murmurei puxando a manga do casaco para cobrir minhas mãos, mas a manga era pequena.
— Dá aqui essas mãos geladas — ele pediu tomando minhas mãos nas dele.

Olhei curiosa para ele enquanto ele levava minhas mãos em forma de concha aos lábios e as assoprava com o bafo quente para aquecê-las, foi adorável vê-lo tentando esquentar as minhas mãos, fiquei sem reação.

— Awnnn, que amorzinho — gritou Keny, abraçando o braço de Eiden e nos encarando encantada, Brook e Eiden riram de Josh, que apenas revirou os olhos e me abraçou.
— Vamos, gente, antes que comece a nevar de verdade — disse Josh, me guiando para a entrada do parque.

Todos nos seguiram, como não precisávamos comprar entrada para entrar no parque nós apenas seguimos em direção aos brinquedos, Brook, Keny e eu ficamos na fila da roda gigante enquanto Eiden e Josh foram à bilheteria comprar nossos bilhetes. O tempo estava frio demais e isso contribuiu para não ter tanta gente no parque, mas mesmo assim haviam muitos corajosos que preferiam se divertir sob o visco a ficar em casa em frente à lareira.

— Então, você dois são tão fofos juntos — murmurou Keny, se agarrando ao meu braço e sorrindo largamente.
— Você diz isso desde que começamos a sair — falei divertida, Brook riu e balançou a cabeça.
— Seu cunhado concorda comigo, não é Brook? — perguntou Keny, Brook assentiu sorridente.
— O pior é que sim, vocês formam um belo casal e eu gosto de ver o meu irmão feliz — disse Brook, então bagunçou meus cabelos, fazendo graça para descontrair a conversa.

Nós seguimos mais alguns passos adiante e faltava apenas cinco pessoas para a nossa vez, comecei a olhar em volta, procurando os rapazes. Os avistei vindo em nossa direção, eles conversavam e riam, Josh parecia tão relaxado e feliz, e eu entendi o que Brook queria dizer com "gosto de ver o meu irmão feliz".
Josh estava radiante, não se parecia em nada com o homem de negócios, herdeiro de uma grande empresa de telecomunicações; ele não tinha um imenso fardo sobre as costas naquela hora, ele não tinha que se preocupar em educar o irmão, em dar-lhe um lar, comida e ser a única família que ele possuía. Josh estava sendo apenas um cara de 22 anos normal, leve, feliz e despreocupado. Naquele momento eu jurei a mim mesma que faria o possível e o impossível para fazer Josh se sentir assim mais vezes.
Nós só estamos saindo há 2 meses, nós não temos um status e não nos preocupamos com o que os outros pensam disso, nós temos um ao outro sempre que precisamos, nós conversamos, brincamos, rimos e namoramos sempre que temos tempo, isso tudo sem a pressão de assumir um namoro, e isso é perfeito pra mim, eu estou me apegando a Josh e agora parece impossível passar um dia se quer sem ver o lindo sorriso dele, eu gosto da perspectiva de um encontro escondido no fim do expediente, um beijo roubado entre reuniões e olhares furtivos entre colegas, para nós menos é mais.
O olhar de Josh encontrou o meu antes que eles chegassem até nós, ele sorriu arrogantemente, como se tivesse confirmado suas suspeitas que de todos os homens do mundo, ele seria o único para o qual eu estaria olhando naquele momento, e ele estava certo mesmo.
Eu já aprendi a decifrar os sorrisos e os olhares de Josh, na maioria das vezes é assim que ele se comunica, e aquele olhar me dizia exatamente o que eu já sabia, ele também só olharia para mim, mesmo com mil outras mulheres ao seu redor.

— Sentiram nossa falta? — perguntou Eiden, Josh distribuiu os ingressos e ficou com o meu e o dele.
— Nem percebi que tinham saído — provocou Brook, Eiden deu um soco no ombro dele, fingindo estar bravo.
— Vamos lá, gente. Acordem! — gritou o homem que cuidava da roda gigante. — O casal aí, por favor!
— Vamos, desculpe Brook, vai ter que ir sozinho — disse Josh, me puxando pela mão para sentarmos em uma cabine com dois lugares.
— Ah, mas não mesmo — respondeu Brook, sorrindo para uma garota atrás dele na fila, garoto esperto.

Eiden e Keny ocuparam a cabine embaixo da nossa e Brook sentou-se com a desconhecida logo abaixo deles, então aos poucos os lugares foram preenchidos e a roda gigante foi girando. Josh passou o braço ao meu redor e me abraçou enquanto apreciávamos a vista do Hyde Park coberto de neve.


►►►

Na manhã seguinte, com uma caneca de café na mão, eu me joguei em minha poltrona e esperei pacientemente, enquanto me lembrava do dia anterior, que fora perfeito, até o elevador apitar, avisando que o meu chefe chegara.
Me pus de pé e alisei a roupa para ficar apresentável, então vi Josh aparecer pelo corredor usando um terno maravilhoso, Brook vinha logo atrás dele, todo sorridente, já acenando ao me ver.

— Ei, diga aí, rapaz, o que faz aqui? — perguntei divertida quando Brook me abraçou, Josh ficou apenas nos olhando, dividido entre sorrir e revirar os olhos, mas notei o orgulho e a satisfação que brilhava em seu olhar quando ele parou de revirá-los.
— Vim passar o dia com você e o meu irmão, não quis ficar sozinho em casa — ele explicou com um ar entediado, me fazendo rir.
— A tutora dele chegará em uma hora, deixe-a entrar, tudo bem? — pediu Josh, assenti rapidamente, sorrindo ao entregar-lhe a xícara de café habitual.
— É a senhorita Mac — disse Josh, esboçando um sorriso malicioso, então logo correu atrás do irmão para dentro da sala dele, me deixando confusa e receosa quanto à srta. Mac.

Voltei para a minha poltrona e beberiquei o meu café pensativa, pelos vidros da sala de Josh eu pude ver ele organizar a própria mesa, enquanto Brook puxou a escrivaninha dele para mais perto da mesa do irmão.
Quando ouvi o elevador apitar, eu me levantei para receber a tutora de Brooklyn, o que vi foi uma sósia da Scarlett Johansson vir pelo corredor, ela usava um vestido vermelho, seus cabelos loiros à lá Ele Não Está Tão A Fim De Você, e os seios fartos quase saltando para fora do decote. Fiquei meio petrificada ao vê-la, o que deu na cabeça do Josh para contratar uma mulher como aquela para dar aulas a um adolescente de 17 anos? Nada de errado com ela, pelo contrário, a mulher é linda, mas o problema estava em Brooklyn e os hormônios dele.

— B-bom dia — gaguejei, mas logo me recompus. — Você deve ser a srta. Mac, certo?
— Sim, Claire McRize, muito prazer — ela estendeu a mão e sorriu para mim, mas seus olhos foram na direção do vidro que mostrava a sala de Josh. — Então aquele é o Sr. Mayhen, não é?
— Sim, ele mesmo — respondi relutante, o sorriso ardiloso que ela abriu indicava tudo o que eu temia. Ela não estava ali por Brook, mas sim por Josh.
— Hum. Maravilhoso. Então, onde está o jovem sr. Mayhen? — ela perguntou, relutantemente afastando os olhos de Josh para mim.
— Vou encaminhá-la até ele — murmurei tentando controlar o sangue que fervia em minhas veias, ai de mim se eu perder a cabeça com essa sujeita.

Bati duas vezes na porta de Josh, até ele liberar a entrada, abri a porta e anunciei a srta. McRize, Brook abriu um gigantesco sorriso e logo se levantou para puxar uma cadeira para ela, Josh ergueu as sobrancelhas ao vê-la, claramente surpreso com a mulher. Não fora ele quem a contratou?

— Ah, senhorita McRize, obrigado por vir tão em cima da hora. Brooklyn me avisara hoje de manhã que precisava de uma tutora — pigarreou Josh, saindo de trás da mesa para apertar a mão da loira.
— Imagine, eu que agradeço por terem me chamado, vou fazer o meu melhor com Brook, não se preocupe — garantiu Claire, abrindo um sorriso inocentemente sensual para Josh, ele piscou atordoado e então virou-se para mim, gaguejando antes de formular qualquer frase, o que me irritou.
— Queri... Ahn... Allin, pode trazer café para nós, por favor? — pediu Josh, então logo virou-se para Claire — A senhorita bebe café, chá ou água?
— Café está bom para mim, sr. Mayhen. Obrigada.

Até porque eu não iria fazer chá para essa mulher, pensei acidamente.
Então ela consegue chamá-lo de senhor, bem, que se dane. Ela está traçando o seu plano, chegando toda doce e inocente, mas vai dar o bote antes que Josh perceba. Eu quero só ver no que isso vai dar. 
E, para piorar, ainda tem Brooklyn, babando descaradamente nessa mulher. Traidor barato!
Deixei a sala tentando controlar a irritação crescente que me atordoava, segui até a cozinha e demorei o máximo possível para fazer o café, servi três xícaras e não coloquei açúcar em nenhuma, exceto a de Brook, mas se bem que ele está merecendo ficar sem açúcar dessa vez. Não sei como essa mulher bebe o café, mas que se dane, vai beber como o chefe dela bebe, amargo como suco de limão.
E eles não vão ganhar biscoitinhos. Vou guardá-los para quando Eiden vier para a reunião com Josh depois do almoço, espero que ela já tenha ido embora até lá.
Voltei para a sala de Josh com a bandeja em mãos. Josh já tinha voltado para trás da própria mesa e estava trabalhando em seu notebook, Brook e Mac estavam sentados lado a lado na escrivaninha que Brook se apossara, eles estavam estudando álgebra, pelo pouco que ouvi. Distribuí o café para os três.

— Com açúcar? — perguntou Brook, sorrindo docemente ao pegar a xícara da minha mão.
—  Com açúcar! — concordei, não contendo um sorriso, é impossível ficar brava com alguém que têm um sorriso tão lindo.
— Obrigado.

Entreguei o café da mulher, ela apenas sorriu amarelo e voltou a se concentrar no caderno de Brook, percebi que ele estava vidrado no decote dela, ao invés de estar prestando atenção na explicação. Homens...
Enfim coloquei a xícara de Josh sobre a mesa dele, um pouco distante de seu braço, que se movia para cima e para baixo enquanto ele digitava no teclado, ele fez uma pausa ao notar minha presença.

— Obrigado. Pode refrescar a minha memória e me dizer quem verei hoje? — ele pediu pegando a xícara e bebericando o café amargo, não sei como ele consegue.
— Eiden virá depois do almoço, depois dele você terá uma curta reunião com os representantes do RH, acho que só eles — falei, esforçando-me para lembrar se tinha mais alguém.
— Ótimo, você é demais, obrigado — ele sorriu e segurou minha mão, então virou-a para cima e beijou a parte interna do meu pulso com doçura, antes de voltar para o seu notebook.

Percebi o olhar de soslaio de Claire sobre nós, ela parecia confusa diante a intimidade de Josh com a secretária, mas me retirei da sala antes que ela parecesse mais intrigada.
Voltei à cozinha para guardar a bandeja e enchi a minha caneca com mais café, vou precisar do triplo de cafeína do que normalmente tomo, com essa mulher aqui eu precisarei de energia e paciência, pois já vi que ela não é fácil.






2 comentários:

  1. Eles são muito fofos,meu Deus!
    Nada a declarar sobre esse ciúme da Allin hahaha.
    Continua que está maravilhoso!

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Sou como uma escritora, lanço o livro para ser comprado;
Vocês são os compradores e os comentários o pagamento u.u
Faço isso de coração e amo, mas preciso do seu comentário <3

Por: Milinha Malik. Tecnologia do Blogger.

Um Amor Real

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