sábado, 20 de junho de 2015
"Na melhor das hipóteses, sou metade de um homem
Com metade de uma flecha no meu peito.
Sinto falta de tudo o que fazíamos
Sou metade de um coração sem você.
Esqueça tudo o que dissemos aquela noite
Não, isso nem mesmo importa
Porque nós dois fomos partidos ao meio..."
Com metade de uma flecha no meu peito.
Sinto falta de tudo o que fazíamos
Sou metade de um coração sem você.
Esqueça tudo o que dissemos aquela noite
Não, isso nem mesmo importa
Porque nós dois fomos partidos ao meio..."
— Half A Heart (One Direction)
Niall não ficou de joelhos para mim, ele nem ao menos olhou para mim durante toda a música, ele simplesmente me evitou ao decorrer da música e cantou ora para o público ora para o camarote, onde a Australiana estava, eu senti algo se partir dentro de mim no fim da música e eu fiquei muito triste, porque ele sempre disse que aquela era a minha música, então por que diabos ele estava cantando a minha música para uma desconhecida?
Todos notaram o quão chateada eu fiquei, mas ninguém tocou no assunto, até mesmo os rapazes, que estavam em cima do palco, perceberam que eu fiquei arrasada com isso, mas ninguém falou nada. E eu agradeci mentalmente por isso. Porque eu tive medo de acabar me debulhando em lágrimas se alguém falasse qualquer coisa.
Esperei mais duas músicas até enfim decidir tomar um ar, Charlie insistiu em me acompanhar, mas eu o tranquilizei dizendo que Preston me acompanharia, então ele ficou curtindo o show com o pessoal enquanto Preston me levou até a lanchonete do estádio, estava quase deserta, exceto por algumas pessoas que compravam bebidas e bobagens com fotos e nomes dos garotos ali.
Comprei um copo enorme de refrigerante e peguei dois canudos, sentei-me em uma mesa e insisti para que Preston me fizesse companhia, ele se sentou ao meu lado e eu lhe entreguei um dos canudos, ele revirou os olhos mas se rendeu, então nós tomamos o gigantesco refrigerante em silêncio. Até ele decidir quebrá-lo.
— Então, você parece triste... Ou devo dizer desapontada? — perguntou Preston, erguendo as sobrancelhas e me olhando com certa pena.
— Era a minha música. Ele não deveria me dar uma música se tinha a intenção de cantá-la para outra — resmunguei sem conseguir encará-lo nos olhos, ele riu.
— Eu concordo. Mas eu acho que ele só cantou para outra porque você estava dançando 18 com outro — murmurou Prest, fechei meus olhos e suspirei pesadamente.
— Até quando vamos continuar nos magoando, Prest? Se é que ele está magoado, porque eu tenho certeza que eu estou! — falei veemente, Preston sorriu docemente e afagou meus cabelos de forma bruta, já até me acostumei com sua forma bruta de me fazer carinho.
— Vocês são teimosos demais. Acho que são capazes de se casaram com outras pessoas antes de admitir o que sentem um pelo o outro. Mas é vocês quem tem que decidir a hora de pararem de se magoar. Ou vão viver em agonia — falou Prest em um tom sábio, eu quase chorei, uma lágrima chegou a escapar do meu olho, mas eu a sequei rapidamente.
Os auto-falantes espalhados pela lanchonete transmitiam o barulho das fãs gritando e do microfone dos rapazes, ao fim de Where Do Broken Hearts Go eu ouvi Liam perguntar:
— Aonde está a Ava? Charlie, cadê ela? Mas que merda, cadê essa garota?
— Ei, não xingue! Tem crianças aqui! — gritou Louis.
— Relaxa, Lee. Deixe ela tomar um ar — reclamou Zayn.
— Liguem para o Preston, tragam ela de volta. Ela veio para nos assistir, então ela irá nos assistir! — ordenou Liam e eu tive certeza que ele estava se dirigindo a algum segurança, pois quase imediatamente Preston pressionou o fone que estava em seu ouvido e murmurou uma concordância.
— Vamos lá, querida. Levante a cabeça e mostre a ele que você não está nem aí — encorajou-me Preston já se levantando. Respirei fundo e o segui de volta para a muvuca dentro do estádio.
Quando parei em frente ao palco novamente, mandei o dedo do meio para Liam, que estava no centro do palco me encarando com uma cara feia. Harry rapidamente fez uma careta e acenou para mim, me fazendo rir, o que foi um certo alívio.
Então eu me aconcheguei nos braços de Charlie, que sorriu docemente ao ver, e foi aonde eu fiquei durante todo o resto do show.
Até me permiti dar algumas risadas quando os rapazes fizeram palhaçadas em cima do palco. Me diverti ao lado de Charlie e fiquei feliz por ele me distrair um pouco do motivo pelo qual eu fiquei tão deprimida. E, no finalzinho da última música — Best Song Ever —, eu até me prontifiquei a dançar com o Peter e todos riram bastante, foi divertido.
Quando as luzes se apagaram e as fãs já estavam se retirando do estádio, Preston e outros seguranças nos levaram até o camarim dos rapazes, quando chegamos lá eles já estavam acompanhados dos meus pais, da minha irmã e da Australiana, eu senti meu estômago revirar ao vê-la ali, toda sorridente e simpática.
Mas meus pais já estavam de saída, cada um me deu um beijo de despedida antes que eu me jogasse pesarosa no sofá e resmungasse alguns palavrões. Os rapazes imediatamente perceberam o meu mau-humor, essa é a consequência de conhecê-los tão bem, eles conseguem sentir de longe quando eu não estou bem.
Então foi como se houvessem soltado uma bomba de pum no camarim; Harry e Louis rapidamente chamaram Peter e Charlie para tomar uma cerveja no camarim da banda, então eles sumiram junto com Lenna, Gemma, Zayn, Nicola e a Australiana. E, de repente, o camarim estava vazio, ficando apenas Liam, Niall e eu. Tive que resistir ao impulso de correr atrás de cada um deles e dar-lhes um pesco-tapa bem merecido.
— Eu acho que vocês precisam conversar — foi tudo o que Liam disse antes de se retirar e fechar a porta ao sair.
Eu fiquei um longo tempo encarando minhas próprias mãos entrelaçadas em meu colo, Niall estava inquieto, andando de um lado para o outro à minha frente, enquanto eu estava sentada sem nem conseguir me mexer direito, eu estava arrasada, triste e muito brava, mas eu não conseguia pensar direito, eu só queria sair dali, sair de perto dele e esquecê-lo de uma vez por todas. O que, obviamente, não era possível.
— O que houve, afinal? Por que você sumiu no meio do show? — ele perguntou de repente, finalmente parando de andar e me encarando em expectativa, levantei meu olhar até encontrar seus olhos azuis, senti meu sangue esfriar e minha linha de raciocínio se extinguiu de vez.
— Era a minha música. — Murmurei baixinho. — Você a cantou para outra.
— O quê? — ele soou sinceramente confuso, então sua expressão intrigada de repente se desfez e ele fechou os olhos, parecendo arrependido.
— Eu não quis... Eu não queria cantar para ela, eu só queria encarar qualquer coisa que não fosse você e aquele cara — ele falou aumentando o tom de voz, sua irritação tomando o lugar do arrependimento.
— Bela desculpa... — desdenhei, ele se irritou mais ainda.
— Não é uma desculpa! Você estava lá, abraçada com ele, sorrindo pra ele, beijando ele! Eu simplesmente não pude suportar isso — ele gritou e eu me pus de pé, a fim de me defender e não apenas escutar calada e quieta.
— O que você não pôde suportar, Niall? O fato de eu estar com um cara legal e realmente estar me divertindo com ele? Ou o fato de eu ter seguido em frente enquanto você fez a mesma coisa? — perguntei tentando soar descontraída, mas minha voz soou alta e muito feroz, instigando-o a gritar mais ainda comigo.
— Eu não pude suportar te ver seguindo em frente, é isso — ele confessou, seus olhos faiscantes cravados nos meus, ele estava vermelho e tremia e eu queria gritar com ele assim como ele estava fazendo comigo, mas eu me senti desgastada e deprimida.
— Então é só você que pode? — gritei para ele, afastando todo o sentimento triste que me invadiu ao finalmente entender a sua frase. — Você estava lá, com a sua Australiana, todo animadinho e contente, e o que você esperava de mim? Que eu assistisse a tudo isso e ficasse deprimida em um canto? Vendo o cara que um dia me fez acreditar que realmente me amava ficar com outra? Isso é egoísmo da sua parte, Niall!
— Mas eu te amo! — ele gritou furioso. — E foi você quem apareceu com outro cara primeiro, naquela balada, não se lembra? Pois eu me lembro!
— Não fui eu! Você quem apareceu com aquela garota poucos dias depois que eu voltei pra Londres. Você é ridículo, Horan, simplesmente ridículo. Eu nem acredito que estou discutindo com você...
E nós gritamos um com o outro, brigamos, xingamos e berramos um para o outro todo o ressentimento que vínhamos sentindo nas últimas duas semanas. Ele se esgoelava tentando me fazer entender o seu lado, mas eu estava surda, ocupada demais em gritar com ele, brigar por ele ter me iludido e em seguida me abandonado. Nós deixamos toda a raiva, a mágoa, a dor de nos perdemos se esvair em gritos e mais gritos, e eu tinha certeza que a Tailândia inteira podia nos ouvir, porque nós não estávamos nos preocupando em sermos ouvidos pelos outros, nós apenas queríamos fazer um de nós escutar o que o outro queria dizer, mas, no fim, ninguém ouviu nada.
— Chega! — sussurrei enfim, completamente esgotada. Ele parou de repente, me olhando com preocupação.
— O que disse? — ele perguntou baixinho.
— Eu não quero, não suporto mais... Chega, por favor — murmurei tristemente, então percebi que eu estava chorando, eu nem ao menos senti que estava chorando.
— Ava... Eu... Me desculpe — ele suspirou e balançou a cabeça. — Me desculpe, você está certa.
— Não, eu não estou e nem você. Vamos apenas esquecer isso. Eu só quero esquecer isso — falei sincera e exausta, ele assentiu.
— Não chore, por favor — ele pediu e esticou a mão, como eu não a segurei ele só me puxou e me abraçou e eu chorei mais ainda.
— Shiii... Por favor — ele sussurrou no meu ouvido, tentando me acalmar e afagando meus cabelos carinhosamente.
— Eu não... Eu nem ao menos sei porque estou chorando — murmurei desdenhosamente entre soluços, ele me apertou mais forte.
— Mas eu sei, acredite. No entanto, vamos apenas esquecer isso, como você pediu — ele disse e se afastou o suficiente para me olhar nos olhos.
— Tudo bem — concordei e pisquei para ele, ele voltou a ficar sério.
— Você... Hum... — ele gaguejou e olhou para os lados antes de respirar fundo e então continuar. — Você gosta dele, digo, do Charlie?
— Sim... Bastante... — murmurei, optando por ser sincera com ele.
— Ótimo, então eu não vou atrapalhar vocês, eu só quero que... Quero que você saiba que você pode confiar em mim, pra qualquer coisa. Eu só quero que você seja feliz — ele sussurrou, me encarando fixamente nos olhos.
Eu não consegui responder nada. Ele estava ali, sendo tão sincero ao dizer que só queria a minha felicidade, e eu não consegui dizer uma mísera palavra em resposta.
Então eu respirei fundo e devolvi a pergunta.
— E você? Gosta da Australiana? — ele ergueu as sobrancelhas e sorriu relutante.
— Eu gosto, mas não do jeito que você está pensando. Pra ser sincero, eu não vejo um futuro para nós, é apenas uma coisa momentânea — ele explicou e se sentou no braço do sofá, eu continuei em pé, encarando-o.
— Então eu espero que você encontre o que esteja procurando em qualquer outra garota, saiba que eu também estou aqui se você precisar — murmurei docemente, mas a primeira frase me partiu o coração, eu não quero que ele encontre qualquer outra coisa em qualquer outra garota, mas eu não posso prendê-lo sendo que eu mesma já estou em busca de algo mais em outro cara.
— Eu sei que está. Somos amigos, afinal — ele murmurou e então sorriu tristemente.
— É. Somos amigos, afinal — concordei com o mesmo sorriso triste.
E então ficamos em silêncio, apenas nos encarando, dois par de olhos azuis se encarando fixa e intensamente. Até que a porta se abriu e nós rapidamente nos viramos para ver quem quer que estivesse entrando.
— Espero não estar atrapalhando, mas já estamos indo embora — gaguejou Liam ao colocar a cabeça para dentro do camarim.
— Não está. Nós já acabamos aqui — disse Niall.
— Ótimo, vamos embora então — chamou Liam. — Tanto Charlie quanto Melissa estão impacientes — acrescentou em seguida.
— É claro que estão, não é pra menos — resmunguei, imaginando a discussão que teria com Charlie.
— Acho que pelo menos eles nos ouviram, quem é que não ouviu, afinal... — falou Niall, dando de ombros.
— É, todos ouviram — concordou Liam e eu sussurrei alguns palavrões em desgosto.
Seguimos Liam até o corredor, onde Melissa e Charlie nos aguardavam, Charlie estava encostado na parede de braços cruzados, nem preciso dizer que ele não parecia nada contente; Melissa olhava para todos os lados, menos para Niall e eu.
Por fim descobrimos que todos já haviam ido pro hotel, restando apenas a gente. Charlie e eu entramos em um carro junto com Liam e Preston, Niall e Melissa foram em outro carro.
Charlie não disse uma palavra durante todo o caminho até o hotel, francamente, ele não disse nada até estarmos sozinhos em seu quarto. Na verdade ele nem ao menos tocou em mim. E só ficamos sozinhos porque eu o segui até o quarto dele, se não teríamos ido cada qual para um quarto e não conversaríamos nunca.
Enfim fechei a porta atrás de mim e a tranquei, Charlie caminhou pelo quarto, arrancou a jaqueta e a camisa e se sentou na ponta da cama para tirar as botas, eu continuei parada, encostada à porta.
— Charlie — murmurei enfim, ele terminou de desamarrar as botas e então levantou a cabeça para me encarar.
— Vocês se resolveram? — ele perguntou secamente.
— Sim, creio eu que sim — assenti veemente.
— Ótimo. Então está tudo certo. Eu só preciso saber se vocês enfim se resolveram. Eu não quero ficar no meio dessa merda, Ava. Eu quero um relacionamento sério com você, algo significativo, não quero ser usado apenas para provocar ciúmes ou qualquer besteira naquele cara — ele falou seriamente, sem sinal de raiva, apenas sinceridade.
— Não, meu Deus, Charlie — falei balançando a cabeça, negando. — Eu quero ficar com você! Eu não sou do tipo que usa alguém para provocar ciúmes, tenha dó! — afirmei me aproximando dele.
— Ótimo, melhor assim — ele murmurou quando eu me posicionei entre suas pernas, ele abraçou minha cintura.
Sorri para ele e, automaticamente, senti toda a tensão das últimas horas sair dos meus ombros ao ver o sorriso dele. Acariciei seu rosto ternamente e então o beijei. E novamente lá estava aquela sensação deliciosa quando nossos lábios se tocaram, meu Deus, eu quero beijá-lo para sempre!
Ele segurou as pontas do meu moletom e o arrancou pela minha cabeça, então enrolou-o em um bola e o jogou bem longe, me fazendo rir. Ele então voltou a abraçar minha cintura e me empurrou, me fazendo cair na cama, eu o puxei e ele caiu ao meu lado, já se movendo para ficar em cima de mim.
Acariciei seu pescoço e beijei sua clavícula, ele gemeu e beijou o meu pulso, seguindo ao longo do meu braço até chegar ao meu pescoço, então trilhou os beijos até o meu queijo, enfim chegando a minha boca.
Abri minhas pernas, de forma que ele se encaixou perfeitamente entre elas, e as entrelacei em volta de sua cintura, puxando-o para colar seu corpo mais ainda no meu, ele gemeu em minha boca e mordeu meu lábio.
— Meu Deus! Meu Deus! Meu Deus! — ele murmurou com sua boca colada a minha. — Desse jeito eu não vou resistir mais quatro semanas. Ou você se esqueceu que até agora só tivemos um encontro? — ele perguntou se afastando um pouquinho para me olhar nos olhos.
— Que se dane os cinco encontros. Eu acho que posso abrir uma exceção dessa vez — sussurrei levantando minha cintura de encontro a dele, ele gemeu e pressionou sua pélvis contra a minha, causando uma fricção maravilhosa.
— Tem certeza? — ele perguntou retoricamente, já beijando meu pescoço e puxando a alça do meu vestido para baixo.
— Ah, Charlie — gemi quando seus beijos passaram pela minha clavícula e chegaram ao meu busto a medida que ele ia abaixando o top do meu vestido.
Charlie levantou-se para tirar o meu vestido, levantei meu corpo para que ele terminasse de puxar meu vestido, ele então o jogou no chão e voltou para cima de mim, seu corpo pesado e rígido pressionou o meu contra a cama e foi uma pressão maravilhosa, sorri involuntariamente.
Com os pés eu tentei empurrar sua calça jeans para baixo, mas não obtive sucesso, já que os botões ainda estavam fechados e a calça não passou se quer do bumbum dele, ele riu e se ajoelhou para desabotoar a calça, então a tirou rapidamente e tirou também as botas, que já estava desamarradas, aproveitei esse meio tempo para tirar os meus saltos também, ficando somente de calcinha.
Charlie me beijou novamente, seus lábios deslizaram pelo meu queixo, desceram lentamente pelo meu pescoço, alcançaram minha clavícula e então eu suspirei involuntariamente quando ele chegou aos meus seios.
— Ah sim, Charlie — gemi em meio a um suspiro de prazer quando seus lábios alcançaram o bico do meu seio esquerdo.
Charlie brincou com meus seios, ele me tocou, me beijou e me levou à loucura, eu já não raciocinava direito, o que contribuiu para que eu mesma jogasse um balde de água fria na gente, sem pensar eu gemi um nome que não se encaixa ali na cama conosco, e Charlie ouviu muito bem, mesmo sem eu ter completado.
— Ah, por favor, Ni... — calei-me imediatamente ao perceber o que estava saindo da minha boca, Charlie levantou a cabeça para me olhar e seus olhos faiscaram de fúria.
— O que disse? — ele perguntou já se afastando de mim, eu me levantei junto a ele, tocando-o e implorando com os olhos para que ele não se irrita-se.
— Nada, eu não disse nada. Me desculpe, eu não... — tagarelei desesperada, mas ele me cortou rapidamente.
— Você chamou por ele? Foi o que eu ouvi! Você ia dizer o nome dele! — ele falou em um tom furioso, segurei seu rosto entre minhas mãos e encarei seus olhos fixamente, ele tentou se desvencilhar, mas com delicadeza eu consegui fazê-lo me encarar.
— Eu jamais faria isso! Acredite em mim, Charlie. Eu não chamei por ele, eu ia dizer 'não', acredite em mim — falei veemente, usando toda a minha força para soltar essa mentirinha que, na melhor das hipóteses, amenizaria a situação.
— Eu não sou idiota, Ava. Eu sei muito bem o que você ia dizer! — ele rugiu fugindo do meu toque e se levantando da cama.
— Charlie — choraminguei, me sentindo impotente ao vê-lo procurar as roupas que estavam espalhadas pelo quarto. — Não foi isso, por favor.
— Que merda, Ava. Eu pensei que você já tinha resolvido isso. Eu não quero ser comparado com ele, eu não quero nem ao menos ser confundido com ele. Nenhum homem quer!
— Eu sei, me desculpe. Eu não quis dizer isso, Charlie — apelei, enquanto me cobria com um fino lençol de linho que cobria a cama. — Eu quero você! Só você. Acredite em mim, por favor — falei sinceramente, ele se calou ao me olhar nos olhos, creio eu que buscando algum indício de que eu estava mentindo.
Charlie olhou em volta distraído, acho que ponderando sobre o que eu acabei de lhe falar. Então, ao perceber sua excitação, eu me levantei e me aproximei dele, deixando para trás o lençol e seguindo até ele usando apenas a calcinha de renda branca. Toquei seu rosto delicadamente e aproximei meus lábios do dele, lentamente lhe dei um selinho casto, ele abaixou os olhos para me olhar, então suas defesas sumiram e ele me abraçou, colando meu corpo seminu ao dele, e o desejo estava de volta, desci minha mão pelo seu pescoço, até passar pela sua barriga e chegar até a sua cueca boxer, toquei em seu membro, que aos poucos estava voltando a ficar rígido como antes, e ele desceu a mão das minhas costas até chegar à minha bunda e a apertou.
— Tudo bem, mas nunca mais, nunca mais mesmo, faça isso — ele sussurrou contra minha boca, eu apenas assenti e o puxei de volta para a cama, de onde não deveríamos ter saído.
— Vamos lá, Charlie. Me faça delirar como só você faz — sussurrei em seu ouvido, em seguida mordi o lóbulo de sua orelha, ele riu e me beijou rudemente, o que só inflamou as chamas do desejo que nos consumia.
E ele fez, ele me instigou e me provocou tanto a ponto de eu não conseguir fazer outra coisa a não ser gemer o nome dele, o que eu tenho certeza que o deixou muito satisfeito.
Mas, na hora H, ele recuou preocupado, parecia ter se lembrado de algo, e foi inevitável conter a minha curiosidade.
— O que houve, Charlie? — perguntei.
— Eu... Hum... Não estava preparado para isso, acreditei quando você disse que teríamos que esperar, então eu não tenho... Bem... Camisinha — ele murmurou envergonhado, não contive um sorriso, ele realmente levou a sério e pretendia respeitar a minha vontade, isso é encantador.
— Tudo bem. Eu tenho uma pílula de emergência na minha necessaire. Não se preocupe — murmurei puxando-o de volta para cima de mim, ele riu e ergueu uma sobrancelha enquanto eu mordia o seu pescoço e acariciava suas costas.
— Você costuma ter sempre uma pílula do dia seguinte nas suas coisas? — ele perguntou divertido.
— Eu tenho só por precaução, mas nunca usei mais do que uma vez — falei impaciente, ele riu de novo.
— Hum... Sei... — foi tudo o que ele disse.
Então ele se encaixou em mim da forma mais íntima e apaixonada que eu conheço. Seu corpo emoldurou o meu de forma exuberante e ele se moveu dentro de mim, me fazendo fechar os olhos e senti-lo de forma tão prazerosa que eu não contive os sons que escapavam pelos meus lábios.
Minhas mãos estavam respondendo a comandos que eu não me lembrava ter dado, eu só sentia os fios sedosos de seu cabelo escorregar por entre os meus dedos e a pele macia de suas costas ser acariciada por minhas mãos. Naquele momento eu soube que ele era meu, mais do que algum dia eu poderia ter alguém para mim.
Charlie era meu e eu precisava tentar ser dele do mesmo modo, com a mesma intensidade e paixão. E eu queria, eu realmente queria me entregar completamente a ele, mas eu senti que um pedacinho de mim sempre pertenceria a outra pessoa, não importa o que eu faça.
Assinar:
Postar comentários
(Atom)
Mos n ter com tado antes estava dando problema na hora de entrar no 12 ta lgl mas so acho que o Niall tem que correr atras dela e ela admitir que n ama o Charli como ama o Nial!!!, ufa hahahahahahaa ta de mais *o*
ResponderExcluircontinuaaaaaa
ResponderExcluirContinua por favor! Está maravilhoso *u*
ResponderExcluir