quarta-feira, 17 de junho de 2015

"Garoto, olhe bem para mim
Me diga que você não se importa só com o meu corpo
Você realmente acha que eu poderia ser substituída?
Não, eu venho de outro planeta..."
— Lips Are Movin' (Meghan Trainor)



— Louis, esse é o Charlie — apresentei-os, Lenna sorriu e apertou o botão do primeiro andar.
— Ah, então você é o famoso Charlie, prazer em te conhecer, cara — eles apertaram as mãos e Louis sorriu.
— Eu sou famoso? Bem, não tanto quanto você, não é? — brincou Charlie, isso com certeza ajudou ele a subir no conceito de Louis. Ele tem o dom de usar as palavras certas nas horas certas.
— É, vamos lá. Você tem mais quatro caras pra bajular — brincou Louis saindo do elevador.

Charlie sorriu e segurou minha mão, então seguimos Louis e Lenna, que já estavam bem adiantados.
O restaurante do hotel era quase igual a todos os outros em que os rapazes já se hospedaram, nós seguimos Louis e Lenna por entre as mesas e eu logo avistei a mesa onde os garotos estavam sentados com Gemma e Peter, junto deles estava uma garota bem bonita, cabelos castanhos, pele bronzeada, sorriso cativante, meu Deus, é a Australiana. Exitei antes de continuar a andar, o que chamou a atenção de Charlie, que me olhou confuso, balancei a cabeça e continuamos a andar. Chegando à mesa, Louis e Lenna se sentaram e, antes que Charlie e eu fizéssemos o mesmo, eu o apresentei aos rapazes.

— Meninos, esse é o Charlie Bernardini, irmão do Peter — sorri para Peter e ele acenou a mão em falso desdém, sorrindo de volta.
— Ah, Charlie, finalmente. Eu sou o Liam, irmão da Ava — apresentou-se Liam, esticando a mão para Charlie, ele a apertou e balançou a cabeça, assentindo.
— Muito prazer — disse Charlie.

Então enfim nos sentamos, olhei em volta e meus olhos pararam em Niall e na garota ao lado dele, ela sorriu para mim e eu tentei sorrir de volta, mas acho que não consegui ser muito simpática.

— Ah, Ava, essa é a Melissa — apresentou-nos Niall, ao perceber que eu estava olhando para ela.
— Olá, Melissa — falei, tentando soar doce e afável, mas minha voz arranhou um pouco e Gemma riu, me controlei para não lhe mandar o dedo do meio.
— Olá, Ava. É bom finalmente conhecê-la — ela não gaguejou, ela não tinha rancor na voz, ela foi sincera e eu me senti péssima por odiá-la.
— Digo o mesmo — murmurei quase engasgando, Charlie passou o braço por trás da minha cadeira e acariciou meu braço, desviando minha atenção da garota.

A mesa estava com o café da manhã completo, havia café preto, um bule de chá, pães, queijos, leite, frutas, entre outras coisas. Servi café para Charlie e eu, em seguida os rapazes começaram a conversar entre si, até mesmo Charlie participou da conversa, eu fiquei apenas observando ele interagir com os meus 'irmãos'.
Lenna logo me puxou para uma conversa sobre Ryan, mas ao longo da conversa eu percebi que ela olhava de soslaio para Liam, que estava ao lado dela e ouvia toda a nossa conversa, ele parecia bem interessado no nosso assunto, mas tentava disfarçar, o que não conseguia.

— Liam, cadê nossa adorada família? — perguntei quando Lenna puxou uma conversa com Gemma e Charlie ainda discutia algo com Zayn.
— Estão dormindo, foram dormir tarde ontem, a propósito, vamos almoçar com eles às 12 horas, sem atrasos, por favor — ele disse seriamente.
— Pode deixar, maninho.

Quando o café da manhã enfim terminou, Charlie e eu acompanhamos Peter, Gemma, Liam e Harry até a piscina e passamos o resto da manhã tomando sol. A hora passou muito rápido, em um segundo Charlie estava me abraçando e estávamos deitados em uma espreguiçadeira tomando sol, no outro Liam estava fazendo sombra em cima da gente e dizendo que já estava na hora de encontrarmos a família Payne para almoçarmos, então eu fiquei nervosa.
Eu  não fiquei nervosa porque meus pais não aprovariam Charlie, ou porque eles me fariam passar vergonha na frente de Charlie, ou qualquer coisa relacionada a Charlie, porque eu sabia que meus pais adorariam ele e vice-versa, Charlie é um ótimo rapaz e minha família também é ótima. Mas eu estava nervosa porque essa seria a primeira vez que eu os veria desde que me colocaram para fora de casa, desde que fecharam a porta na minha cara e me deixaram sem nenhum tostão a pedido de Liam. Eu sei que eles fizeram o certo, graças a eles eu amadureci, estou levando a minha própria vida, me sustentando, morando sozinha — mais ou menos — e até conheci um cara legal. Eu não os culpo mais por me terem virado as costas, agora eu os agradeço, no entanto isso não me deixa menos nervosa.
Liam cuidou das apresentações quando nos sentamos à mesa com meus pais e minha irmã, Charlie sorriu e foi simpático, ele segurou minha mão e tentou me deixar mais relaxada, mas não teve muito êxito nisso. Então, quando meu pai fez a pergunta premiada, eu finalmente saí do meu estupor e o encarei embasbacada.

— Então, meu jovem, quais as suas intenções com a nossa filha? — perguntou meu pai a Charlie, que ficou surpreendentemente confortável com a pergunta.
— Papai! — guinchei estupefata, ele sorriu para mim.
— Ah, enfim ela se manifestou, pensei que ficaria muda o almoço inteiro, querida — ele disse doce e alegremente, então baixou seus olhos para o cardápio.
— Então, Charlie. Por que não responde a pergunta do meu pai? Estou realmente curioso em saber a sua resposta — provocou Liam, com um leve tom zombeteiro, Charlie riu, sinceramente divertido com a brincadeira entre eles.
— Eu garanto que são as melhores possíveis, senhor. Sua filha e eu começamos um relacionamento muito envolvente e eu posso dizer que já a tenho em muita alta estima, garanto que eu nunca começo um relacionamento sem que eu tenha a intenção de no fim colocar um anel no dedo da mulher que me cativou, e sua filha, com toda certeza, roubou meu coração — discursou Charlie, então virou-se para mim e beijou minha testa. Ele tem uma habilidade surpreendente com as palavras, melhor ainda, ele tem muita habilidade em soar sincero. Eu acreditei no que ele disse e tenho certeza que minha família também, pois minha irmã e minha mãe suspiravam loucamente, meu pai esboçou um sorriso orgulhoso e Liam fez uma careta. — E, sinto o dever de informar-lhes, que poucas mulheres me fizeram assumir um compromisso. E, com Ava, eu tenho a necessidade de assumir qualquer compromisso o mais rápido possível. Ela é a mulher mais instigante, inteligente, divertida, bonita, carinhosa, adorável e impressionante que eu já conheci, ela é definitivamente poderosa. Uma garota poderosa — ele sussurrou a última frase apenas para mim e eu quase tive um ataque cardíaco diante tal declaração.
— Obrigada — murmurei timidamente e encarei minhas próprias mãos, que estava entrelaçadas nas dele.
— Isso é ridículo, vocês se conhecem há duas semanas, três no máximo — resmungou Liam, revirando os olhos.
— Cale a boca, Liam. Não se deve desmerecer os sentimentos das pessoas baseado no tempo que estão juntos — reclamou minha mãe. — Seu pai e eu nos casamos com apenas 3 meses de namoro, e na primeira semana de namoro eu já me sentia perdidamente apaixonada por ele.
— Vocês se casaram porque você estava grávida de Ruth — falou Liam, tentando esconder a irritação com uma fachada de ceticismo e sarcasmo.
— Liam, isso não significa que eu não queria me casar com a sua mãe ou vice-versa, nos casamos porque nos amamos, não foi uma obrigação — ralhou Geoff, meu pai sentiu-se ofendido com a acusação de Liam.
— Eu sei, desculpe se transmiti a opinião errada, eu não quis dizer isso — murmurou Liam, de ombros baixos e expressão arrependida, eu quase ri, mas tive que esconder o meu divertimento.

Fez-se uma pausa diante a conversa estranha da minha família, eu bebi um gole de água gelada e levantei meus olhos para encarar meus pais, que estavam sentados lado a lado e o braço do meu pai estava estendido atrás do corpo da minha mãe, abraçando-a discretamente. Então olhei para o lado e meus olhos cruzaram com o de Nicola, minha irmã tinha um ar divertido e ambas quase caímos na gargalhada, mas eu desviei meu olhar antes que sucumbisse à vontade. Ao lado dela encontrei Liam, ele parecia irritado e bebia mais vinho do que seria permitido antes de comer alguma coisa, mas não estava nem aí. E então Charlie, ele levantou o olhar até encontrar o meu, então sorriu e me deu um beijo casto na testa, e foi quando Liam explodiu.

— Então, Charlie, você queria dizer que pretende se casar com a minha irmã? É isso? Porque foi isso o que eu entendi. Apesar de vocês se conhecerem há, apenas, duas semanas, você quer pedi-la em casamento? — tagarelou Liam, Nicola sutilmente tirou a taça de vinho do alcance dele e minha mãe assentiu, aprovando a atitude dela.
— Não Liam, não foi isso que eu quis dizer. Bem, na verdade sim, eu quis dizer que pretendo me casar com a sua irmã, mas futuramente, não necessariamente agora. Concordo com você quando afirma que é cedo demais pra pensarmos nisso, mas eu gosto de fazer planos e eu gosto de incluir Ava nesses planos — falou Charlie, tão calmo e sereno que não parecia estar discutindo com o meu irmão quase alcoolizado.
— Ótimo, é tudo o que precisamos saber, obrigado Charles. Agora vamos sair desse assunto antes que o Sr. Payne mais novo tenha um ataque de fúria — interrompeu meu pai.

Liam permaneceu de mau-humor até o fim do almoço; quando meus pais foram à piscina relaxar antes do show, Nicola acompanhou Charlie e eu por um passeio pela cidade e Liam nos seguiu feito um guarda-costas junto de Preston — o guarda-costas de verdade. Niall e Melissa decidiram nos acompanhar também, o que não me agradou muito, a Charlie também não, apesar dele disfarçar muito bem.
Nós andamos despreocupados pelas ruas movimentadas da capital da Tailândia, Bangkok. As pessoas passavam apressadas a caminho do trabalho ou da escola, Niall e Melissa iam na frente de mãos dadas, um segurança andava logo atrás deles, Nicola, Charlie e eu seguíamos logo atrás deles, Liam e Preston nos vigiavam de perto.
O centro era um caos completo, havia mototáxis para todos os lados, barraquinhas vendendo diversos tipos de coisas, muitas pessoas andavam para todos os lados, era uma multidão interminável e sem falar na poluição, aquela não era uma das cidades mais bonitas que eu já vira, mas também não era tão ruim.
A cidade têm prédios enormes e muito bonitos contrastando com construções antigas e até mesmo pobres do local, há muitos templos budistas para todos os lados.
Nós atravessamos toda a algazarra e andamos mais um pouco até o mercado de flores Plak Klong Talad, um lugar que eu sempre quis conhecer, há flores de todos os tipos lá e eu sou apaixonada por flores. Lá há galpões imensos e ruas inteiras com milhares tipos de flores e plantas exóticas à venda.
Charlie segurava minha mão enquanto andávamos por entre as muitas flores e plantas, apesar da bagunça e dos vendedores gritando preços para todos os lados, era um lugar romântico.

— Charlie, eu estava pensando e eu acho que você tem um grande dom de usar as palavras, você forma frases tão belas, dignas dos tempos antigos, quando as pessoas ainda usavam a linguagem formal e certa, sabe... — murmurei enquanto andávamos devagar atrás do outros e à frente de Liam e Preston.
— Você acha? Eu só queria tranquilizar e impressionar os seus pais, então busquei as palavras mais bonitas que me vieram à mente — ele deu de ombros e sorriu.
— Bem, eu tenho certeza que você conseguiu — falei tentando conter um sorriso.
— Mas eu falei sério, não menti em momento algum, eu realmente a vejo no meu futuro, Ava, distante ou não, eu a quero comigo — ele murmurou e deu uma moeda para um vendedor de flores, o vendedor lhe entregou uma coroa de flores simples, mas muito bonita. — Aqui, meu amor — ele parou de frente para mim e colocou a coroa de rosas na minha cabeça, toquei a coroa e sorri largamente, então me joguei em seus braços e o beijei.
— Ei, vocês dois! Continuem andando — ordenou Liam, Preston tentou não rir, mas falhou.
— Cala a boca, Liam — resmunguei, mas soltei Charlie, ele abraçou minha cintura e continuamos andando.

No começo eu pensei que a companhia de Niall e Melissa iria me deixar desconfortável, até mesmo irritada, mas aconteceu justamente o contrário, eu estava tão ocupada em prestar atenção no homem que estava ao meu lado que eu esqueci completamente do que, antigamente, roubava a minha atenção apenas por ter o nome citado.
Niall conseguiu sair dos meus pensamento!
Fiquei chocada ao perceber isso, fiquei feliz, mas também triste, porque eu gostava de gostar do Niall, ele sempre foi um cara legal e muito cativante, ele sempre foi um amor comigo e foi o jeitinho fofo dele que me conquistou; e saber que outra sente o mesmo por ele e que ele, possivelmente, retribui o sentimento, é doloroso.
Nós voltamos para o hotel pouco antes das 6 da tarde para que todos pudessem ter tempo de se arrumar para o show. Mas Charlie ficou uns 40 minutos assistindo bobagem na tevê do meu quarto comigo, na verdade nós namoramos mais do que assistimos, pelo menos até Preston bater ruidosamente na porta avisando que iríamos nos atrasar, então Charlie foi pro próprio quarto e eu entrei no banheiro pra tomar um banho frio.
Depois de me vestir e maquiar eu vesti o moletom por cima do vestido; eu adoro esse moletom, eu o comprei no show em New York, no Madison Square Garden, eu me apaixonei pela frase e, quando o mostrei aos rapazes, todos riram e adoraram o moletom, principalmente Niall. A frase dizia:
"Então ele me liga e é como 'Eu ainda te amo' e eu sou como 'Mas você não é Niall Horan'."
Ao sair do quarto eu encontrei Preston, ele sorriu ao ler o meu moletom, então disse:

— Vocês foram feitos um para o outro, ouça o que eu digo, moça — ele falou sorridente.
— Não viaja, Prest, seguimos direções opostas, não somos nada além de amigos — resmunguei dando de ombros.
— Bom, você quem sabe — ele falou condescendente, revirei os olhos, mas ri. — Os rapazes já foram, sua família também, só restou você, Charlie, Peter, Gemma, Lenna e a Australiana para irem.
— Tudo bem, vamos em dois carros, não é? — perguntei mesmo já sabendo a resposta.
— Sim, você e o seu garoto podem ir com Lenna em um carro, Gemma, Peter e a Australiana vão em outro. Mas fique tranquila, eu irei com você, querida — falou Prest, afagando meus cabelos de forma bruta, mas carinhosa.
— Obrigada, grandão — murmurei e lhe abracei, ele riu e me abraçou também.
— De nada, agora eu vou apressar esse pessoal, se não, não iremos chegar no estádio hoje — Preston se afastou para ir bater nas portas do pessoal.

Charlie saiu do quarto antes que Preston precisasse chamá-lo, ele usava uma calça jeans escura e uma camisa branca, ele vestiu uma jaqueta de couro por cima e parou a um passo de distância de mim enquanto lia a frase do meu moletom. Sua testa se franziu e sua expressão não era uma das mais simpáticas que eu já tinha visto.

— O que é isso? — ele reclamou olhando do meu rosto para o meu moletom repetidas vezes, ele está bravo, ah droga!
— Um moletom — murmurei dando de ombros.
— Eu sei que é a droga de um moletom, mas que merda de frase é essa? — ele esbravejou.
— É só uma frase, Charlie. Eu tenho esse moletom há 3 anos, não vou deixar de usá-lo, principalmente se eu for a um show dos garotos, só porque estamos juntos — falei entrando na defensiva.
— Olha o nome que tem aí! Você sabe o quanto isso me incomoda? Isso me incomoda pra cacete, eu não gosto de você perto dele, que dirá desfilando por aí usando um moletom com o nome dele! — ele se irritou aumentando o tom de voz, Preston estava no fim do corredor falando com Gemma e ambos olharam em nossa direção.
— Abaixa o tom, por favor. Eu não vou trocar de roupa, se é o que você quer, mas eu posso te garantir que o nome dele no meu moletom não vai afetar em nada o nosso relacionamento — sibilei baixo, apenas para ele escutar.
— Você não entende. Eu não acho que isso vá afetar alguma coisa, mas é ridículo você usar isso com o nome do seu ex, principalmente quando está saindo comigo — ele falou abaixando o tom de voz, mas ainda bravo.
— Ele não é o meu ex, nunca tivemos nada além de amizade, então você já pode diminuir o nível de ciúmes, okay? — murmurei tentando manter a paciência, ele revirou os olhos e resmungou algo que eu não entendi.
— É, tudo bem. Vamos fingir que essa discussão nunca aconteceu — ele murmurou condescendente, me irritando.



— Ótimo — resmunguei e segui em direção a Preston, mas Charlie me segurou.
— Não vai, desculpa, tá bom? — ele segurou meus ombros e me olhou nos olhos. — Sim, eu estou com ciúmes porque eu sei que ele gosta de você e, é evidente, você também gosta dele, isso me irrita pra cacete, eu gosto de você e me aborrece o fato de você gostar de outro, me entendeu?
— Sim, entendi. Obrigada por ser franco comigo, eu prometo que vou tentar não te dar motivos para ficar com ciúmes — murmurei entendendo o motivo de tal drama, então o abracei.
— Podia começar tirando esse moletom — ele murmurou docemente, então, ao perceber que eu fiquei séria e resoluta quanto a minha decisão, ele abriu um sorrisinho. — Tudo bem, eu entendi.

Ele suspirou resignado e me puxou pela cintura, então seus lábios pairaram sobre os meus, esperando qualquer sinal de que ele poderia me beijar, sutilmente eu colei meus lábios nos dele e saboreei o gosto maravilhosos de seu beijo. 



Charlie é irresistível. Seu cheiro me inebria, seu gosto me vicia, sua voz e seus olhos me hipnotizam e, eu sinto, cada gesto dele me faz cair lentamente no doloroso penhasco que eu tanto evitava, eu estou me apaixonando por ele, é evidente.

— Eu recebi ordens expressas de Liam para que mantivesse vocês dois o mais separados possível — rugiu Preston de repente, Charlie e eu interrompemos o beijo, mas continuamos abraçados, apenas encarando o cara enorme que gritava e tentava não rir.
— Ah, Prest. Ambos sabemos que você não irá conseguir fazer isso — falou Gemma, dando tapinhas carinhosos no ombro dele, que apenas assentiu divertido.
— Nem mesmo eu consegui — lamentou Peter, ao parar ao lado de Gemma e abraçá-la.
— E olha que ele tentou — concordou Gemma, lançando um olhar resignado para Preston, ele balançou a cabeça e riu.
— Vamos, gente? Estamos realmente atrasados — murmurou Lenna, ao chegar perto de nós, ela estava distraída procurando algo em sua bolsa, mas conseguiu olhar para todos nós quando chegou.
— Claro, vamos sim — concordamos Gemma e eu em uníssono.
— Suponho que eu possa ir junto, não é? — perguntou a Australiana, aparecendo de repente. Ela entrelaçou as mãos atrás das costas e esboçou um sorrisinho inocente, estava esperando uma resposta, mas todos ficaram absolutamente quietos ao vê-la.
— Bem... — Peter pigarreou. — É claro que pode.
— Com certeza — concordou Lenna imediatamente.

Após o silêncio constrangedor que se seguiu, Preston bateu palmas e apontou para o elevador, então todos marchamos obedientemente até estarmos confinados dentro do cubículo estreito de metal com espelhos.
Levamos 15 minutos de carro até o estádio aonde aconteceria o show, estávamos todos animados e o clima estava muito gostoso. Quando Preston estacionou no lugar resignado, ele virou-se para Charlie, Lenna e eu e nos entregou crachás de identificação que nos liberaria para ficar em frente ao palco, que é onde eu sempre fico.
Nós perdemos alguns preciosos minutos enquanto adentrávamos nas entranhas do estádio, quando enfim chegamos em frente ao palco encontramos Gemma e Peter lá, já curtindo os shows de abertura. Preston ficou a uma certa distância junto a outros seguranças e todos nos juntamos para cantar Star Girl junto com a banda McBusted.



Os shows de abertura acabaram rápido e, quando a 1D subiu ao palco, eu literalmente me esgoelei. Gemma e Lenna também. Peter, como é esperto e já presenciara a histeria, puxou Charlie para trás e os dois ficaram apenas nos assistindo gritar para os cinco caras em cima do palco.



A primeira coisa que cada um deles fez, depois de cantar Midnight Memories, a música de abertura, foi agradecer ao público. Então Louis virou-se para o lado em que estávamos, ele abriu um gigantesco sorriso e mandou beijos, chamando a atenção de Harry, que começou a mandar beijos para nós também.

— Olhem só! Ava está com aquele moletom novamente — divertiu-se Harry. — Sr. Horan, você vai gostar de ler ele, pela milionésima vez.
— O quê? — perguntou Niall, que estava distraído fazendo gracinhas para algumas fãs que estavam próximas ao palco.
— "Então ele me liga e é como 'Eu ainda te amo' e eu sou como 'Mas você não é Niall Horan'." — leu Louis, fazendo uma voz engraçada, as fãs riram e gritaram. Vi Niall ficar vermelho, mas ele sorriu. Olhei para trás e Charlie estava de braços cruzados e com uma expressão nada simpática, Liam também notou ao olhar na direção dele e de Peter.
— Bem, Louis, pegue leve. Hoje ela está com o namorado e parece que ele não gostou desse moletom — provocou Liam, Charlie piscou surpreso, então acenou com desdém para ele, esforçando-se a sorrir também.

As fãs estavam, literalmente, loucas. Eu estava quase ficando surda e também estava muito envergonhada, odeio quando eles chamam a atenção para mim dessa forma, tão abertamente. Ao perceber isso, Harry puxou um trechinho da música seguinte e Dan, o guitarrista, o acompanhou; os rapazes entenderam o recado e começaram a cantar.

— "I got a heart and I got a soul..." — cantarolou Harry.

Com o começo de 18, eu decidi acalmar Charlie, os garotos cantavam apaixonadamente e eu me virei para o meu namorado, ele continuava emburrado, mas não conteve um sorriso quando eu toquei seu rosto, o beijei delicadamente e em seguida o abracei, ele envolveu minha cintura com seus braços e enfiou as mãos por baixo do meu moletom. E nós dançamos lenta e timidamente de um lado para o outro ao som de 18.


 

Quando a música acabou nós nos separamos, mas ele continuou com o braço ao redor da minha cintura e não se importou que eu gritasse em seu ouvido, ele apenas riu e balançou a cabeça, igual Peter na primeira vez em que veio a um show dos rapazes comigo.
As músicas foram se passando até que enfim chegou Girl Almighty, eu fiquei receosa que os rapazes, para não dizer Niall, fizessem o mesmo show particular para mim, como todas as outras vezes anteriores; mas eu me surpreendi.
Niall não ficou de joelhos para mim, ele nem ao menos olhou para mim durante toda a música, ele simplesmente me evitou ao decorrer da música e cantou ora para o público ora para o camarote, onde a Australiana estava, eu senti algo se partir dentro de mim no fim da música e eu fiquei muito triste, porque ele sempre disse que aquela era a minha música, então por que diabos ele estava cantando a minha música para uma desconhecida?






Um comentário:

Sou como uma escritora, lanço o livro para ser comprado;
Vocês são os compradores e os comentários o pagamento u.u
Faço isso de coração e amo, mas preciso do seu comentário <3

Por: Milinha Malik. Tecnologia do Blogger.

Um Amor Real

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