domingo, 13 de abril de 2014
"Hey, eu não quero que você seja a única que se foi
Eu quero ficar viciado em você, sim
Você está correndo pela minha mente
Eu quero sentir a intensidade
Eu quero ser viciado
Não diga não
Apenas vá..."
— Why Don't We Go There (One Direction)
Londres, Reino Unido
— Leslie Mallette P.O.V
— Leslie Mallette P.O.V
Coloquei minha mochila nas costas e caminhei lentamente puxando minha mala, é tão bom finalmente estar em um lugar onde nada se baseia em Ethan e Leslie, onde ninguém sabe de nada, onde eu posso recomeçar e cuidar do Justin, sinto falta dele, éramos tão apegados.
Peguei um táxi do lado de fora do aeroporto e falei o endereço da casa do Jus para o motorista, olhei pela janela e só então percebi o quanto Londres é diferente do Canadá, lá é tão quente e aqui tem um clima agradável, as pessoas parecem mais simpáticas e lá são tão arrogantes, aqui é uma nova vida e lá é a antiga.
Liguei meu celular e logo apitou três mensagens, duas do Ethan e uma do Justin, apaguei as de Ethan e abri a do Jus.
"Já chegou?? Anda logo mulher, sinto sua falta, não demore. Xx Biebs."
Ri com sua ansiedade e logo respondi:
"Paciência gafanhoto, já estou chegando, também sinto sua falta. Xx Les."
Guardei o celular e fiquei quieta durante o resto da viagem.
Tentei segurar meu queixo no lugar assim que saí do carro, confirmei com o motorista se era o endereço certo e o paguei antes de voltar a encarar a enorme mansão por trás dos muros altos.
Toquei o interfone e logo um Bieber risonho apareceu na tela pequena, seu sorriso me fez sorrir automaticamente.
— Ei Les, pode entrar, vou te receber aqui na frente — Justin avisou.
— Tudo bem — concordei.
O portão se abriu e eu alcancei minha mala, entrei arrastando-a atrás de mim.
Não demorou para que eu visse o rapaz branquelo sem camisa correr pelo gramado para me encontrar, larguei minha mochila junto a mala e me joguei em seus braços, permitindo-o me apertar cada vez mais.
Seus músculos me fizeram gemer de dor e minhas costelas estalaram, Jus me soltou e me encarou por longos anos, talvez séculos, até sorrir novamente.
— Não acredito que está aqui, Les, ainda não acredito — ele falou risonho.
— Nem eu acredito ainda — brinquei jogando minha mochila para ele segurar. — Preciso dormir — acrescentei manhosa, ele riu.
— Tudo bem, vamos, vou te mostrar seu quarto.
Ele saiu na frente carregando minha mochila e eu o segui puxando minha mala, logo entramos no casarão que antes me deixara de boca aberta.
Justin não me apresentou a casa por escolha minha, já que estava muito cansada da viagem e provavelmente levaríamos a madrugada inteira para ver aquele enorme casa.
Jus me levou direto para o meu quarto, ele se jogou na cama e me ajudou a colocar a mala em cima da mesma, começamos a desarrumar minha mala enquanto conversávamos, nos atualizando de tudo o que acontecera no Canadá e aqui em Londres, coisas da família, do coração, das amizades; quem mais falou foi ele.
Depois de quase 1 hora e meia eu fui tomar um banho e ele ficou no quarto assistindo tevê, coloquei um pijama que trouxe comigo para o banheiro e voltei pro quarto, deitei na cama ao lado dele e ficamos alguns segundos em silêncio, apenas escutando a tevê, até que ele suspirou e olhou para mim, virei meu rosto lentamente para encará-lo.
— O que, realmente, te fez vir para cá? Eu sei que não foi por causa do seu lance com o Ethan, se não você já teria vindo antes — ele quis saber, Jus não sabe o real motivo de eu estar aqui com ele, só sabe que vim por causa de Ethan.
— Eu preciso de um tempo, Biebs, eu só preciso de um tempo de tudo, me sinto perdida lá no Canadá, eu só queria voltar e ficar perto de você por um tempo — murmurei, rezando silenciosamente para que ele acreditasse, não era uma total mentira.
— E me ajudar com essa fase, eu sei disso, minha mãe que mandou te chamar, não foi? — ele perguntou erguendo uma sobrancelha, desconfiado.
— De certa forma sim, ela sabe que eu estava me sentindo sufocada lá, que nem ao menos saia de casa, então ela pensou que, assim como você poderia me ajudar, eu também poderia te ajudar. Não a culpe, ela só pensou no nosso bem — implorei com medo de revelar tudo para ele.
— Tem razão, podemos nos ajudar — Jus falou e me abraçou apertado, em seguida depositou um beijo molhado em minha testa —, juntos somos mais fortes, baby.
— Sim, somos sim, senti sua falta, Biebs — confessei baixinho, ele riu.
— Também senti a sua, Les — ele respirou fundo, ainda com a cabeça enterrada em meu pescoço. — Agora conte-me, o que aconteceu para você terminar um namoro de 5 anos assim, do nada?
— Não foi do nada, só Ethan e eu sabemos o porquê do fim — falei indiferente, tentando não alimentar a curiosidade dele.
— E qual é o porquê do fim? — ele insistiu, me olhando atentamente.
— Estávamos enfrentando algumas crises nos nossos últimos meses juntos, eu estava estranhando o jeito que ele ficou agressivo de uma hora pra outra, ele mudou completamente, sabe... da água para o vinho... ele começou a arranjar mais discussões entre nós dois, sem motivo algum, nossas brigas se tornaram cada vez mais frequentes, o ciúme dele estava incontrolável — respirei fundo antes de continuar —, ele arranjava briga por onde passávamos, se um cara ao menos olhasse para mim já era motivo de ele sair no tapa, eu já estava de saco cheio, então, um dia cheguei na casa dele e, como de costume, entrei no quarto dele sem bater, foi quando eu o encontrei cheirando cocaína, só de abrir a porta eu já senti aquele cheiro horrível invadir minhas narinas, senti vontade de vomitar, e quando o vi com aquilo eu me descontrolei, gritei com ele por quase 10 minutos, mas ele não me respondia, só encarava o chão, onde eu tinha espalhado o pó e pisado em cima, eu fui embora furiosa com ele e ele nem ao menos foi atrás de mim.
— Ele não te procurou? — Jus perguntou abismado.
— Sim, demorei um pouco para dormir naquela noite, quando estava finalmente conseguindo ele tocou a campainha e começou a esmurrar a porta, dei graças a Deus por não morar mais com os meus pais, se não eles saberiam o que Ethan tinha naquele dia, ele foi lá em casa às 3 da manhã, gritando e esmurrando a porta, quando eu a abri ele entrou quebrando tudo, gritando, ele estava descontrolado, fora de si, tirei ele da minha casa com a ajuda do meu vizinho que, por sorte, escutou os barulhos e os gritos, nem ao menos precisei dizer a ele que terminamos, só passei a evitá-lo, ignorei suas ligações e foi quando sua irmã veio me procurar e perguntar o que estava acontecendo, pedi que ela não me procurasse mais, que queria me afastar do Ethan e nunca mais queria vê-lo, esses cinco meses foram angustiantes, tive que voltar a morar com meus pais para ele me deixar em paz, mas nem isso adiantou.
— Ele continua... se drogando? — ele perguntou, pálido.
— Eu não sei, não fiz questão de saber nada sobre ele desde o acontecido.
— Isso é... horrível... — ele ficou quieto, assimilando tudo o que eu havia lhe contado, então seus olhos vidraram em mim. — Ele chegou a te bater? — perguntou, agora nervoso.
— Bom, sim, uma vez, foi quando nós terminamos pela primeira vez, mas eu fui idiota o suficiente para dar outra chance a ele, no entanto, ele nunca mais me bateu depois disso.
— Ele já estava se drogando nessa época?
— Creio eu que sim, mas eu não sei direito.
— Que idio... — ele engoliu as palavras antes de terminar e voltou a ficar pálido.
— Eu não quero te perder como eu perdi ele, Justin, por isso eu estou aqui — falei o abraçando bem forte —, eu não aguentaria perder você também.
— Você não vai me perder, eu estou bem aqui — ele me tranquilizou acariciando meus cabelos —, eu sempre vou estar aqui.
— Prometa que vai parar, por favor, procure uma clínica de reabilitação, por favor Jus, não deixe que isso te domine, não quero que você se vicie de vez — apelei, soando quase desesperada.
— Eu não vou deixar, não se preocupe. Não preciso de clínica, você é a minha reabilitação, não se preocupe — ele repetiu, sua voz estava mais suave, como se ele estivesse cantando para mim, afundei minha cabeça em seu peito enquanto ele me abraçava — e a única coisa em que vou me viciar de vez é em você, eu vou ficar viciado em você, Les, vai por mim — ele falou, me fazendo rir.
— Obrigada por tentar — sussurrei mais tranquila.
— Obrigada por vir — ele levantou meu queixo para nivelar nossos olhares —, eu te amo, sabia disso Les?
— Sim, eu sei, eu também te amo Jus, muito mesmo — dei um beijo em sua bochecha e voltei a abraçá-lo.
Justin permaneceu comigo até eu dormir, acho que ele ficou comigo o resto da noite, pois quando acordei de madrugada ele ainda estava abraçado a mim, como se me fizesse de ursinho de pelúcia, agradeci por estar aqui com ele.
++++
Acordei as 9 da manhã, era tão cedo, mas mesmo assim fiz um esforço para me levantar, Jus já não estava comigo, então pensei que eu poderia ter sonhado que ele estava comigo na madrugada, saí do quarto procurando por ele e o encontrei no andar de baixo, na cozinha, ele estava conversando com algumas empregadas enquanto elas preparavam o café da manhã, me sentei ao lado dele na mesa e ele passou o braço pelos meus ombros, me dando um beijo na bochecha em seguida.
Fiquei olhando-o enquanto ele conversava sem parar com a senhora que cozinhava na nossa frente, seus cabelos ainda estavam bagunçados e seus olhos levemente avermelhados, ainda estava sem camisa e sua aparência estava mais radiante do que quando cheguei, o sorriso não saia de seus lábios, principalmente quando me pegava estudando seus pequenos detalhes matinais.
Estava tão distraída olhando-o que me assustei quando a cozinheira colocou um prato de ovos e bacon na minha frente, Justin riu do meu susto e logo começou a comer, dei de ombros e comecei a comer também.
Não aguentei limpar meu prato, ao contrário de Justin, que repetiu duas vezes, terminei minha refeição bebendo um copo de suco de manga, meu favorito, e olhando novamente para meu primo, que ainda estava radiante, por um breve momento pensei que ele até poderia brilhar, de tão feliz que estava, deduzi que seria pela minha presença, também estou assim por causa dele.
Nos despedimos das cozinheiras e ele me levou para a sala, onde uma enorme televisão reinava bem no centro e um sofá tomava ponta a ponta, separando a sala do corredor.
Me sentei no espaçoso sofá e Justin se sentou ao meu lado, sem deixar nenhuma brecha de espaço entre nós, ele pegou um controle e ligou a tevê, ficamos um longo tempo assistindo até que ele pegou o celular, que estava vibrando, ele leu, sorriu e me olhou ainda sorrindo.
— Vamos ter visitas.
— Jura? Eba, quero mesmo conhecer seus amigos famosos — brinquei fazendo uma dancinha estranha e ele riu. — Mas não é nenhum rapper, é? Nada contra, só não vou me sentir muito à vontade com alguém tipo o Lil Wayne aqui conosco — falei timidamente e ele riu mais ainda.
— Não, não é nenhum rapper, você vai gostar, são dois rapazes muito legais, o Alfredo também vai vir.
— Faz tempo que quero conhecer esse Alfredo, quero ver se ele é de confiança mesmo — falei fazendo careta, Jus gargalhou ao ouvir minhas palavras.
— Não se preocupe, ele é bem legal.
— Assim espero.
Voltamos a assistir o filme, do qual não sei o nome, enquanto esperávamos as visitas de Justin.
Quando finalmente tocaram a campainha ele foi até o interfone ver quem era e eu o segui sorrateiramente, olhei pela telinha e dentro do carro estavam Zayn Malik e Niall Horan, no banco de trás estava Alfredo Flores, o amigo do Jus, congelei por alguns segundos até me lembrar de que ainda estava de pijama, deixei escapar um grito histérico e corri até a escada, em direção ao quarto, para trocar de roupa, Justin olhou pra mim, escondendo sua diversão enquanto me via correr loucamente escada acima.
Invadi o quarto e procurei um roupa decente, fui pro banheiro e tomei um banho super rápido, penteei os cabelos, fiz uma make básica e me vesti; em 15 minutos estava pronta, calcei as pantufas do Justin, que estavam ao lado da cama, e tentei manter a calma, desci as escadas lentamente e os quatro estavam na sala, assistindo a um jogo de basquete.
Estava no penúltimo degrau quando tropecei nas pantufas gigantes do Jus e quase caí, deixando escapar um grito baixo de pavor, foi o bastante para os quatro me olharem rapidamente, Justin, como sempre, estava rindo, os outros três se ajeitaram no sofá para me ver melhor, me aproximei timidamente e me sentei ao lado do Justin, que rapidamente me apresentou para os amigos.
— Rapazes, essa é a minha querida prima Leslie Mallette, ela chegou ontem. Les, esses são Alfredo, Zayn e Niall — Jus falou, apontando para cada um deles.
— Muito prazer, Leslie — cumprimentou-me Alfredo, estendendo a mão para mim.
— Les, pode me chamar de Les — falei, apertando a mão dele.
— Está tudo bem, Les? — perguntou Niall, se referindo a quase queda da escada.
— Sim, sim, estou bem, obrigada — respondi com um pequeno sorriso agradecido.
— Muito prazer Les, sou o... — começou Zayn, mas foi interrompido pelo meu primo.
— Sunshine — interrompeu Jus —, ele é o Sunshine...
Primeiríssimo capítulo suas divas,
espero que gostem.
mas eu quero um favor,
será se consigo mais de 4 comentários?
Tentem pra mim, pleaseeeee.
Amo vocês minhas divas <33
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Por: Milinha Malik. Tecnologia do Blogger.
Um Amor Real
Sinopse
"https://one-direction-picture.blogspot.com/2024/04/um-amor-real-prologo.html">Prólogo
achei suuuuuuperrr fofo ,continuaa por favor
ResponderExcluirmia
Continuaaa
ResponderExcluir;BEA
continuuua pff <3
ResponderExcluirgostei, amei, ta divino
-Danii
Perfeito primeiro capitulo
ResponderExcluirAmeiiiii♥ continua pleaseeeee. ♥
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