quarta-feira, 22 de abril de 2015
"Mas, tão certo quanto o erro de ser barco a motor
E insistir em usar os remos,
É o mal que a água faz quando se afoga
E o salva-vidas não está lá, porque não vemos..."
— Daniel Na Cova Dos Leões (Legião Urbana)
— Que porra você fez? — rosnei irritado, Mellie sumiu pelo corredor com Meggie nos braços.
— Dei o seu número pra àquela gata, ué — falou Niall indiferente, jogando-se no sofá ao lado de Chase.
— Vou fazer você me comprar outro chip, seu irlandês de merda — reclamei dando um tapa na cabeça dele e seguindo para a cozinha.
— Mais respeito com a minha nacionalidade, seu britânico de merda — gritou ele em resposta.
— Foda-se sua nacionalidade — resmunguei para mim mesmo, enquanto servia-me de suco de manga, o que Mavis adorava.
De repente, enquanto bebericava meu copo de suco, eu tive um vislumbre de Mavis correndo pela cozinha, rindo descaradamente e fugindo de mim, como quando eu corria atrás dela, fazendo-lhe cócegas.
Um sorriso largo estampou meu rosto e Chase apareceu do nada, encarando-me assustado.
— Cara, você tá bem? — perguntou intrigado.
— Sim, eu... Só me lembrei de uma piada, nada demais — resmunguei rapidamente, vendo Mavis passar ao lado de Chase e correr pelo corredor, rindo alto. Como ele pode não notar?
— Tem certeza que está bem? — insistiu Chase, olhando na mesma direção que eu, mas mesmo assim sem notar a minha garota risonha.
— Melhor impossível — murmurei largando meu corpo na pia e seguindo pelo corredor, seguindo Mavis até o meu quarto.
Fechei a porta atrás de mim e o quarto ficou completamente escuro, as janelas ainda estavam fechadas e não havia nenhuma fonte de luz no quarto, somente a que emanava de Mavis, a minha Mavis.
Com passos lentos eu me aproximei dela, que ainda sorria largamente e mantinha seus olhos claros fixos em mim, assim como os meus estavam fixos nela.
Ergui a mão para tocar seu rosto, seus lindos traços perfeitos, ainda intocados pelo tempo, seus olhos brilhantes, seus lábios esticados em um belo sorriso, seu nariz fino e delicado, suas orelhas pequenas, seu pescoço. Meu Deus, eu queria beijá-la.
Mas no momento em que as pontas dos meus dedos tocaram sua bochecha corada, o meu celular começou a vibrar no bolso da calça, então, em um piscar de olhos, Mavis desapareceu, me deixando sozinho no escuro.
— Mas que porra — reclamei buscando o aparelho no bolso. — Que é? — rosnei ao atender sem ver quem era.
— Ãh... Desculpe, sei que é cedo, mas decidi te ligar mesmo assim — falou a voz doce e sensual de Stella, meus nervos se despedaçaram de tão irritado que eu fiquei.
— Tudo bem — falei secamente, ainda tentando me controlar para não gritar com ela.
— Então, vou direto ao ponto, topa sair comigo amanhã? — perguntou ela, direta e obstinada. Revirei os olhos exasperado.
— Desculpa... Eu... Não vai dar, tenho que levar Meggie ao pediatra e ainda preciso encontrar um, já que a pediatra dela se mudou — resmunguei mais irritado ainda.
— Sabe de uma coisa? Eu tenho uma pediatra ótima para te indicar, o que acha? — perguntou ela, soltei um suspiro e enfim baixei a guarda.
— Seria ótimo, obrigado.
Stella me passou o número e eu tive de acender a luz para encontrar papel e caneta, quando anotei ela se despediu e desligou, como se nem ao menos lembrasse que me chamara para sair instantes atrás, eu fiquei aliviado por isso.
Guardei o celular no bolso e segui para a sala com o papel da pediatra nas mãos, Mellie estava com os rapazes no sofá e em cima da mesinha de centro estava a babá eletrônica, então Megan já dormiu.
— O que é isso? — perguntou Niall.
— O telefone de uma pediatra, marca uma hora amanhã cedo? — pedi entregando o papel à Mellie, ela assentiu e levantou-se para pegar o telefone.
— Quem te deu? — perguntou Chase.
— A garota do parque — resmunguei caindo no sofá ao lado dele.
— Para quem o Niall deu seu número? — falou Chase surpreso.
— Ela mesma.
— Amanhã às 8 da manhã, Hazza — falou Mellie, guardando o papel com o número dentro da agenda telefônica.
— Obrigado Mel, acho que vou chamar a Mare para ir conosco — murmurei me espreguiçando.
— E sua mãe? — perguntou Niall.
— Ele voltou para Cheshire essa semana, parece que a Gemma está planejando se mudar para cá também e minha mãe quer ajudá-la — expliquei olhando para a tevê.
— Ótimo, família Styles toda em Liverpool — falou Chase rindo.
— Você vai adorar a Gem, ela é linda — falou Niall todo empolgado, mas ele logo se recompôs, pois recebeu um olhar assassino de Mellie. — Que foi, amor? Eu não disse nada — sussurrou acanhado, Mel não resistiu e sorriu.
Foi bom ver os dois juntos e apaixonados, foi bom ter uma dose de lembrança dos sentimentos bons que eu sentia quando Mav estava ao meu lado, mas, por outro lado, foi doloroso, muito doloroso.
Então eu me levantei, despedi-me do pessoal e segui pesaroso até o meu quarto, a escuridão estava de volta, mas Mavis não estava nela, no entanto eu sentia seu cheiro no ar, seu doce perfume.
Joguei-me na cama e, com muita relutância — e uma garrafa pequena de vodka —, meu cérebro conseguiu se desligar por uma noite.
♫♫♫
Eu não conseguia dizer se lá fora já amanhecera ou não, a cortina ainda estava fechada e o quarto inteiro estava afogado na escuridão, depois de muito contestar eu consegui esticar o braço e pegar meu celular na cômoda. Se passava das 7 da manhã, então eu teria pouco tempo para arrumar a Megan e partir pra pediatra.
Levantei-me em um salto. Corri para o banheiro e bati meu recorde de banho, em apenas 5 minutos eu já estava arrumado e já seguia para o quarto de Megan, Mare estava lá com ela, o que me deu um grande alívio, pois ela já estava pronta.
— Olá querido — cumprimentou-me Mare.
— Olá Mare, que bom que está aqui — murmurei dando-lhe um beijo na bochecha, ela sorriu.
— Mel me pediu para vir, como cheguei cedo decidi arrumar a Megan, não é querida? — falou mimando Meggie.
— Obrigado Mare — agradeci comovido ao vê-las juntas, Mare olhava para Megan com uma paixão tão grande que meu coração se comprimiu.
— Vamos? Caso contrário perderemos a hora — alertou Mare, ela deitou Meggie no bebê conforto e prendeu o cinto nela.
Abri a porta para Mare sair, segurei o bebê conforto pela alça e carreguei Meggie até o subsolo, aonde estava o estacionamento. Depois de prender bem o bebê conforto ao banco de trás do meu carro, nós enfim seguimos para o consultório da Dra. Parker.
O escritório da doutora Parker era inteiramente branco e impecavelmente arrumado. A secretária era muito eficiente e simpática, assim que chegamos ela nos acomodou na sala de espera — rodeada de brinquedos de todos os tipos — e nos serviu café e água.
Por sermos a primeira consultada desta manhã, a Dra. Parker ainda estava se preparando, então tivemos que esperar cerca de cinco minutos até a jovem secretária nos avisar que "Dra. Parker irá recebê-los".
Como deixamos o bebê conforto no carro, foi muito mais fácil seguir para dentro da sala da médica pediatra com Megan nos braços. Mare carregava a bolsa grande de Megan e foi a primeira a entrar na sala, ela cumprimentou a Dra. Parker e, perplexo, eu segui seu exemplo, ainda sem acreditar em quem era a Dra. Parker.
— Harry — cumprimentou-me Stella, ela sorria orgulhosamente.
— Stella, oi... Eu não sabia — murmurei me sentando em uma poltrona e colocando Megan sentada em minhas pernas, ela se distraia com a gola da minha camisa.
— É, desculpe, acho que isso é culpa minha, eu deveria tê-lo informado quem era a médica — ela riu discretamente e voltou sua atenção para os papéis em cima da mesa, Mare olhou curiosa para mim, eu apenas dei de ombros.
Stella leu a ficha de Megan e, quando enfim terminou, ela pediu para que eu deitasse Megan em uma maca no canto da sala, assim fiz e me afastei, para que ela pudesse trabalhar.
Mare e eu assistimos toda a consulta à distância, Stella era simpática e, aparentemente, acalmava Megan, então não foi muito difícil fazer com que ela ficasse quietinha. E, no fim, ela ainda ganhou um pirulito cor-de-rosa por se comportar, ela ficou toda contente e suja.
— Bom, devo dizer que Megan é uma menininha muito esperta para ter somente 3 meses, ela é adorável — disse Stella, quando voltou a se sentar atrás de sua mesa. — Ela está muito bem, não há nada de errado, ela é saudável e está com todas as vacinas em dia, então não tem com que se preocupar — comentou Stella, anotando algo na ficha de Meggie.
— Então está tudo certo, não é? — perguntou Mare.
— Sim, claro. Está tudo perfeitamente certo — concordou Stella, sorrindo largamente para minha sogra.
— Ótimo, ótimo — Mare sorriu contente e tirou Meggie dos meus braços, para limpá-la do grude cor-de-rosa.
— Então nos vemos mês que vem, vou marcar com a sua secretária — falei já me pondo de pé.
— Claro, ligue se precisar de algo, qualquer coisa — Stella se pôs de pé rapidamente e estendeu a mão para mim, eu a apertei formalmente e peguei a bolsa de Meggie.
— Até mais, docinho — falou Stella, beijando a testa de Megan.
— Até logo, Dra. Parker — despediu-se Mare.
Acenamos e saímos do consultório de Stella Parker, só então eu pude respirar profundamente e me recompor.
Dentro do carro, Mare olhou para mim e sorriu com compaixão.
— Aquela moça está louca por você, querido — ela disse.
— Eu não quero nada com ela, Mare, não quero nada com ninguém. Eu estou bem sozinho com a minha filha — resmunguei ligando o carro, ela sorriu.
— Uma hora você irá seguir em frente, Harry.
— Não, nunca! — falei veemente, ela riu, mas não disse mais nada.
— Vamos? Caso contrário perderemos a hora — alertou Mare, ela deitou Meggie no bebê conforto e prendeu o cinto nela.
Abri a porta para Mare sair, segurei o bebê conforto pela alça e carreguei Meggie até o subsolo, aonde estava o estacionamento. Depois de prender bem o bebê conforto ao banco de trás do meu carro, nós enfim seguimos para o consultório da Dra. Parker.
O escritório da doutora Parker era inteiramente branco e impecavelmente arrumado. A secretária era muito eficiente e simpática, assim que chegamos ela nos acomodou na sala de espera — rodeada de brinquedos de todos os tipos — e nos serviu café e água.
Por sermos a primeira consultada desta manhã, a Dra. Parker ainda estava se preparando, então tivemos que esperar cerca de cinco minutos até a jovem secretária nos avisar que "Dra. Parker irá recebê-los".
Como deixamos o bebê conforto no carro, foi muito mais fácil seguir para dentro da sala da médica pediatra com Megan nos braços. Mare carregava a bolsa grande de Megan e foi a primeira a entrar na sala, ela cumprimentou a Dra. Parker e, perplexo, eu segui seu exemplo, ainda sem acreditar em quem era a Dra. Parker.
— Harry — cumprimentou-me Stella, ela sorria orgulhosamente.
— Stella, oi... Eu não sabia — murmurei me sentando em uma poltrona e colocando Megan sentada em minhas pernas, ela se distraia com a gola da minha camisa.
— É, desculpe, acho que isso é culpa minha, eu deveria tê-lo informado quem era a médica — ela riu discretamente e voltou sua atenção para os papéis em cima da mesa, Mare olhou curiosa para mim, eu apenas dei de ombros.
Stella leu a ficha de Megan e, quando enfim terminou, ela pediu para que eu deitasse Megan em uma maca no canto da sala, assim fiz e me afastei, para que ela pudesse trabalhar.
Mare e eu assistimos toda a consulta à distância, Stella era simpática e, aparentemente, acalmava Megan, então não foi muito difícil fazer com que ela ficasse quietinha. E, no fim, ela ainda ganhou um pirulito cor-de-rosa por se comportar, ela ficou toda contente e suja.
— Bom, devo dizer que Megan é uma menininha muito esperta para ter somente 3 meses, ela é adorável — disse Stella, quando voltou a se sentar atrás de sua mesa. — Ela está muito bem, não há nada de errado, ela é saudável e está com todas as vacinas em dia, então não tem com que se preocupar — comentou Stella, anotando algo na ficha de Meggie.
— Então está tudo certo, não é? — perguntou Mare.
— Sim, claro. Está tudo perfeitamente certo — concordou Stella, sorrindo largamente para minha sogra.
— Ótimo, ótimo — Mare sorriu contente e tirou Meggie dos meus braços, para limpá-la do grude cor-de-rosa.
— Então nos vemos mês que vem, vou marcar com a sua secretária — falei já me pondo de pé.
— Claro, ligue se precisar de algo, qualquer coisa — Stella se pôs de pé rapidamente e estendeu a mão para mim, eu a apertei formalmente e peguei a bolsa de Meggie.
— Até mais, docinho — falou Stella, beijando a testa de Megan.
— Até logo, Dra. Parker — despediu-se Mare.
Acenamos e saímos do consultório de Stella Parker, só então eu pude respirar profundamente e me recompor.
Dentro do carro, Mare olhou para mim e sorriu com compaixão.
— Aquela moça está louca por você, querido — ela disse.
— Eu não quero nada com ela, Mare, não quero nada com ninguém. Eu estou bem sozinho com a minha filha — resmunguei ligando o carro, ela sorriu.
— Uma hora você irá seguir em frente, Harry.
— Não, nunca! — falei veemente, ela riu, mas não disse mais nada.
Hey girls,
bom, não tenho nada nada a declarar kkk
Apenas obrigada pelos comentários anteriores e, por favor por favor
comentem mais pra mim =(
kisses divas, amo vc <3
bom, não tenho nada nada a declarar kkk
Apenas obrigada pelos comentários anteriores e, por favor por favor
comentem mais pra mim =(
kisses divas, amo vc <3
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Por: Milinha Malik. Tecnologia do Blogger.
Um Amor Real
Sinopse
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