segunda-feira, 30 de outubro de 2017

"Amor igual ao teu
Eu nunca mais terei
Amor que eu nunca vi igual
Que eu nunca mais verei..."
– Onde Você Mora? (Cidade Negra)



— Olá, querida. Se sente bem?  ela perguntou e me ajudou a ajeitar o bebê nos braços, Zayn se afastou um pouco mas ficou assistindo com os olhos marejados.
— Sim, até que sim — sussurrei, me concentrando nos traços delicados de Oline, a minha garotinha parecia muito com o pai, desde os cabelos negros até os lábios finos. Oline abriu os olhos e eu respirei fundo, não era a cópia perfeita de Zayn afinal, tinha os meus olhos azuis, ainda um pouco escurecidos mas ficariam azuis iguais aos meus.
— Ela tem o seus olhos, querida — disse Suzan e eu sorri. — Na verdade, os dois têm.
— Declan também?  perguntou Zayn sentando-se ao meu lado para ver Oline de perto.
— Sim, ainda é cedo, mas pela tonalidade eu percebo que vão ter os olhos azuis cristalinos — ela sorriu e pegou Declan do outro berço. — Aqui, senhor, pode segurá-lo — ela colocou Declan nos braços de Zayn e nós seguramos os dois lado a lado.

Declan dormia tranquilamente, era lindo, os cabelos ralos eram loiros e ele tinha as bochechas coradas. Oline estava acordada, deslizando os imensos olhos claros ao redor e balançando agitadamente os braços e a cabeça, as perninhas estavam presas pelo casulo feito com a manta.
A enfermeira Suzan me ensinou as técnicas básicas para amamentar e eu treinei com Oline enquanto Declan dormia nos braços de Zayn. Depois de me ajudar ela nos deixou a sós e James e Anne se aproximaram para conhecer os gêmeos.


♂♀♂♀

Passamos três dias no hospital e eu já me sentia muito bem quando sai de lá, parto normal é realmente muito mais fácil de lidar, eu não saberia como cuidaria dos meus dois bebês se estivesse com pontos na minha barriga. Zayn não desgrudou da gente, ele colocou o bar sob total cuidado de Jack, o gerente e amigo dele, e desde então não tira os olhos dos bebês e de mim. Sua família chegou há dois dias e estão hospedados em um hotel perto da nossa casa, já que o quarto vago que havia em nossa casa foi redecorado para os bebês.
Zayn e eu decidimos chegar em casa sozinhos, sem recepções das nossas famílias, para curtir os nossos bebês um pouco antes das visitas começarem a aparecer para conhecer os gêmeos. Zayn estacionou o carro em frente a nossa garagem e nós dois saímos para pegar os bebês nas cadeirinhas no banco traseiro, Declan e Oline dormiam tranquilamente e só acordaram quando já estávamos dentro de casa, seguindo para o quarto deles.
quarto ficou adorável, Zayn e eu terminamos ele faltando apenas uma semana para a chegada dos gêmeos e nós conseguimos deixar o lugar bem aconchegante e bonito. O quarto tem duas janelas que dão para o quintal, onde Hades geralmente fica, e a luz do sol entra por ali e ilumina o quarto durante todo o dia.
Falando em Hades, estou morrendo de saudade daquele filhotinho arteiro, ele está na casa de Liam durante alguns dias até que nos acostumemos com os bebês e possamos trazê-lo de volta para casa, mas não vou demorar para implorar que Zayn vá buscá-lo, pois me parte o coração ficar longe daquele bagunceiro.
Zayn e eu colocamos os dois bebês confortos em cima das poltronas brancas junto à parede, Declan e Oline dormiam profundamente, se assustando ocasionalmente quando ouviam algum barulho mais alto, fui até ao guarda-roupas e peguei dois pares de luvinhas para colocar nos bebês, minha avó costumava dizer que quando as mãozinhas estão cobertas os bebês se assustam menos. Entreguei as luvinhas rosas para Zayn vesti-las em Oline e coloquei as azuis em Declan, que abria os olhinhos vez ou outra por reflexo.
Deixamos os dois dormindo nos berços e fomos para a cozinha preparar algo para comermos, Zayn colocou a babá eletrônica no balcão da cozinha e começou a cozinhar para a gente, enquanto eu me sentei e o admirei cantarolar pela cozinha.
Durante o almoço eu me revesei para amamentar Oline e Declan, depois do almoço Zayn e eu trocamos as fraldas e quando eles voltaram a dormir nós dois nos deitamos em nossa cama e conversamos baixinho, meio cochilando e nos abraçando no momento de calmaria.


♂♀♂♀

Correndo de um cômodo a outro com a babá eletrônica em meu bolso, eu limpei as estantes, tirei o pó, arrumei as almofadas do sofá e estava enlouquecendo, orando baixinho para que nem Declan e nem Oline acordassem antes que eu conseguisse arrumar a casa. Hoje faz exatamente 5 meses que os gêmeos nasceram e os padrinhos deles, James e Anne, inventaram de fazer uma festinha para comemorar, o que significa que eu tenho que deixar a casa pronta para os amigos mais chegados, enquanto Zayn está no bar, James foi buscar o bolo na confeitaria e Anne está no meu quarto terminando um cartaz decorado com os nomes dos bebês.
Coloquei a última travessa de bolinhas de queijo na mesa e respirei fundo, agora só falta a decoração de Anne, o bolo que James foi buscar e os convidados chegarem, conferi a babá eletrônica de perto e ouvi o maravilhoso silêncio. Eu amo os meus bebês, amo mais do que a mim mesma, mas é tão maravilhoso quando eles estão dormindo.
Os primeiros meses com os gêmeos foi completamente aterrador, Zayn e eu se quer saíamos de casa, tudo se resumia a fraldas, vômitos, mamadeiras e choros. Tivemos péssimas noites de sono nos primeiros três meses e Zayn praticamente entregou o bar de bandeja nas mãos de Jack, ele e eu nos entregamos completamente à tarefa de sermos pais e fizemos um bom trabalho, agora estamos em um momento mais estável e está mais fácil conciliar os afazeres de casa com a tarefa de ser mãe de gêmeos, tanto que Zayn já voltou a trabalhar no bar durante o dia.

— Tudo bem, querida. Já acabou, agora você pode ir tomar um belo banho e se aprontar enquanto eu termino a decoração, depois podemos cuidar de Declan e Oline, vá, vá! — ordenou Anne, me empurrando em direção ao quarto, não resisti, estava mesmo precisando de um banho.

Tive o cuidado de colocar a babá eletrônica no banheiro, ultimamente ela tem sido a minha grande companheira, a carrego para todos os lados. Na metade do banho eu ouvi o chorinho de Oline, sei distinguir bem o choro dos dois, logo a voz de Anne também soou pelo aparelho e eu consegui relaxar e terminar o banho.
Depois de me vestir eu entrei no quarto dos bebês e encontrei Anne brincando com Declan e Oline na cama que Zayn e eu colocamos no quarto. Além dos dois berços nós colocamos uma cama para trocarmos os bebês, já que ter dois trocadores é exagero.

— Escolha! — gritou Anne animadamente, ela se afastou da cama e eu vi os meus bebês pelados, vestindo apenas fraldas e chapéus longos e listrados, estavam muito fofinhos.
— Como assim escolher? — perguntei confusa e ela me mostrou um chapéu de flores e uma gravata.
— Os chapéus gêmeos ou chapéu de flores e gravata?  ela perguntou e então tirou os chapéus listrados para colocar o chapéu de flores na Oline e a gravata em Declan, ficaram adoráveis.



— Os chapéus listrados ficaram mais bonitos — falei já me deitando ao lado dos bebês na cama e beijando os dois e fazendo cócegas, eles começaram a rir mostrando a gengiva banguela.
— Onde estão os meus anjinhos? — ouvimos a voz grossa de Zayn na sala, Oline arregalou os olhinhos e começou a se agitar, ela adora tanto o pai, Declan também, mas Oline é muito apegada a Zayn.
— No quarto, querido — gritei em resposta, Anne pegou Declan no colo e começou a balançá-lo fazendo barulho de avião.
— Que coisa mais fofa — disse Zayn quando viu os dois com os chapéus listrados. — Oi meu garotinho — Zayn beijou Declan e se deitou ao meu lado, o beijei nos lábios e ele sorriu e pegou Oline nos braços, erguendo-a acima da cabeça e fazendo-a rir.
— Já está tudo pronto, só falta você se arrumar e o James chegar — disse Anne a Zayn.
— Ah, sim. Então vou tomar um banho, fica com a mamãe, princesa — ele disse a Oline e então colocou ela deitada de bruços em cima da minha barriga.

Zayn entrou no banheiro e Anne e eu levamos os gêmeos para o quintal, onde a festa já estava organizada, colocamos Declan e Oline nas cadeirinhas de bebês Jolly Jumper e demos a eles alguns brinquedos que fazem barulho para distraí-los.
O tempo estava delicioso, o sol se escondia atrás de algumas nuvens e o vento refrescava o quintal, não havia previsão de chuva e estava um domingo perfeito, a minha família viria e os amigos mais próximos também, Zayn com certeza faria uma chamada de vídeo com a família dele que está no Havaí e então a comemoração ficará completa.
Enquanto os gêmeos pulavam e brincavam Anne e eu pegamos as comidas que estavam na sala e as colocamos na mesa que estava no quintal, ela pendurou o cartaz que fez e nós colocamos algumas bexigas ao redor do cartaz. Zayn se juntou a nós assim que terminamos, estava lindo usando uma calça jeans escura e uma camisa preta do Arctic Monkeys, ele cheirava a sabonete e ao perfume 212 para homens da Carolina Herrera, não resisti e grudei nele, cheirando-o e beijando-o no pescoço, o que o fez rir.
Não demorou para James chegar com o lindo bolo quadrado divido ao meio, de um lado lilás escrito o nome de Oline e do outro lado em verde estava escrito o nome de Declan, o bolo ficou maravilhoso e eu tive que conter o impulso de meter o dedo nele.



A festa estava ótima, os gêmeos estavam passando de colo em colo quando na verdade só queriam ficar pulando para cima e para baixo nas cadeiras e ouvindo os sons que saíam do tapetinho musical deles, mas tamanha atenção os deixaram agitados e até mesmo risonhos, principalmente quando alguém enfiou um pirulito de chocolate em cada mão gorduchinha e rosada. Rezei para Hayley não vê-los comendo chocolate, ela enlouqueceria pois chocolate na maioria das vezes dá cólica em Declan, fiz vista grossa porque ele parecia muito feliz em comer aquilo, mas na minha mente já estava planejando em colocar algumas gotinhas de remédio em sua língua antes que chegasse a madrugada e ele nos enlouquecesse chorando de dor.
Peguei duas latinhas de cerveja no freezer e voltei para o quintal, me juntei à Harry e Liam e entreguei uma latinha para cada. Olhei ao redor e vi Louis grudado em Hayley, ignorei a pontada de ciúme que sentia naturalmente ao vê-la perto de qualquer cara, principalmente os seus exs, e relaxei, afinal ele estava distraindo-a do chocolate que Declan babava vorazmente.

— Ela está maravilhosa — disse Harry e eu voltei minha atenção para ele.
— O que disse? — perguntei, Harry repetiu e Liam assentiu com a cabeça.
— Está incrível — ele concordou.
— Por acaso vocês estão falando da minha mulher? — perguntei seriamente, eles riram.
— De quem mais seria? — debochou Harry.
— Sim, ela está incrível, ela é incrível  rendi-me por fim, afinal era a verdade e Hayley estava realmente impressionante naquele vestido, ou sem ele, de qualquer jeito para ser sincero.
— Vocês estão se saindo muito bem com tudo isso — disse Liam e eu assenti mais uma vez.
— É, está sendo uma experiência fantástica, estou surpreso com tudo, pra falar a verdade, mas estou me acostumando.
— Mais surpresos ainda estamos nós, ninguém imaginava que Hayley ia se quer assumir o relacionamento com alguém, imagine se casar e ter filhos. Isso é meio surreal  murmurou Harry.
— Pois é, ainda mais comigo, eu adoro isso  falei sorrindo, os dois reviraram os olhos e eu me senti mais vitorioso ainda.
— No entanto, apesar de não aceitarmos, ficou muito óbvio que ela ficaria com ele depois do acidente no antigo bar — disse Liam e Harry concordou. Me senti estranho de repente, relembrar os dias sombrios é sempre difícil para mim e para Hayley, por isso evitamos tocar no assunto, mas na verdade foram esses dias que fizeram Hayley enxergar que eu era o cara certo para ela.
— Enfim, apesar de amargurados, estamos muito felizes por vocês, cara — disse Harry e deu tapinhas em meu ombro, sorri e balancei a cabeça.
— Eu sei, obrigado. Só não consigo controlar muito bem o ciúme quando vejo-os tão perto dela, acho que é normal, devido ao nosso histórico — falei indicando Louis e Hayley rindo, eles olharam e concordaram.
— Imagino, também me sentiria assim no seu lugar — disse Liam.

Depois de mais felicitações vindas dos meus dois exs-concorrentes, eu os deixei conversando e dei uma circulada pela festa, cumprimentei amigos, alguns familiares de Hayley, tirei sorrateiramente os pirulitos das mãos dos meus filhos e então posei ao lado da minha esposa. Foi inevitável não me sentir o maior cara do mundo quando ela abriu aquele imenso sorriso e me abraçou, fiquei até envergonhado por sentir ciúmes dela com Louis. Mas ele ficou vermelho quando eu cheguei, provavelmente eu deveria sentir ciúme dele, mas naquele momento eu só queria beijar a minha mulher e deixá-la me cheirar, porque sentir ela enfiando o nariz em meu pescoço é gostoso demais e não há melhor sensação no mundo.
Aproveitando que Louis se afastara para nos dar privacidade, eu aproximei minha boca do ouvido de Hayley e mordi suavemente o lóbulo de sua orelha, ela riu.

— Vamos fugir, rapidinho. Anne pode tomar conta de tudo — sussurrei em seu ouvido, ela fechou os olhos e deitou a cabeça em meu ombro.
— Vamos, por favor!

Pedimos a Anne e James para ficarem de olho na festa e nos gêmeos e então fugimos para dentro de casa, desviamos de algumas pessoas e então nos trancamos no banheiro principal. Podíamos ouvir a agitação do lado de fora e a adrenalina corria por minhas veias, era excitante demais saber que havia umas cinquenta pessoas ali fora e nós dois estávamos nos beijando no banheiro, podendo ser pegos no flagra a qualquer momento.
Peguei Hayley no colo e a sentei na pia de mármore branco, me encaixei entre suas pernas e mordisquei a pele macia e cheirosa de sua clavícula, lentamente corri os dedos por seus braços, tirando o cardigan que ela usava e deixando seus braços livres. 
Eu queria beijá-la em todos os lugares possíveis, mas em um momento mais apropriado poderíamos fazer isso, agora precisávamos ser rápidos. Deslizei minhas mãos por suas coxas e subi o seu vestido lentamente, revelando a pele aveludada por baixo dele, ela mordiscou o meu lábio e sorriu.


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Subi seu vestido até o busto, deixando-a seminua da cintura para baixo, puxei-a para a ponta da pia e pressionei a minha virilha contra a dela, mostrando-lhe o quando eu ansiava por estar dentro dela.

— Vamos, Zayn. Precisamos voltar! — ela sussurrou enquanto arrancava a minha camisa pela cabeça, ri e abri o zíper da minha calça.

Abaixei a minha calça junto com a cueca e Hayley sorriu ao ver meu membro, é sempre muito satisfatório ver sua reação quando estou nu, dá vontade de jogá-la na cama e fingir que não existe mais nada no mundo além de nós dois.
Voltei a beijar o pescoço de Hayley e delicadamente puxei a sua calcinha vermelha para o lado, lentamente encaixei o meu membro em sua vagina e ela arfou quando a penetrei de vagar, Hayley entrelaçou as pernas ao meu redor e inclinou o quadril, me recebendo melhor.
A empolgação do lado de fora do banheiro só me deixou mais animado, apoiei minhas mãos na parede e mexi o quadril com força, Hayley mordia os lábios e tentava se controlar para não gemer alto, enquanto mantinha as duas mãos em minha boca, tentando me calar.
Senti-a se comprimir ao meu redor e gozei bem no momento em que batidas fortes açoitaram a porta, Hayley respirou fundo pausadamente para se recuperar e eu gritei alguma coisa sobre estar ocupado, apoiei meu corpo no dela e fechei os olhos por alguns segundos.

— Isso foi muito gostoso — ela sussurrou em meu ouvido e eu ri.
— Sim, acho que preciso descansar os olhos um pouco, será se Oline não quer tirar um cochilo?  perguntei e ela sorriu.
— Acho que não, entupiram a nossa garotinha de doces, acho que nem ela e nem Declan dormirão por no mínimo três meses!  ela suspirou e eu ergui a cabeça para encontrar os seus lindos olhos azuis, os mesmos que agora embelezavam os rostinhos de nossos filhos. 
— É melhor separar o remédio de cólica, então — brinquei, ela assentiu e me beijou castamente nos lábios.
— Com certeza, querido — ela concordou e ouvimos mais batidas na porta.
— Já vai!! — gritei impaciente.

Hayley e eu nos vestimos novamente e nos ajeitamos para tentar parecermos inocentes, mas os olhares que recebemos de Anne e James nos denunciavam completamente, eles sabiam bem o que estávamos fazendo e o primo de Hayley, que estava quebrando a porta do banheiro, nos olhou da mesma forma quando saímos do vestíbulo.
Trocando sorrisos cúmplices, Hayley e eu pegamos nossos filhos nos braços e os levamos para perto do bolo para cantarmos parabéns e fingir que eles comeriam aquele bolo. 
Por isso eu queria fazer festa apenas com um ano, aí eles poderiam ao menos provar o bolo e não apenas sujar os lábios com um pouquinho de glacê.




2 comentários:

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Por: Milinha Malik. Tecnologia do Blogger.

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